Prospecção e modelagem de indicadores de produção de energia primária no Brasil com apoio da teoria dos grafos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.19199Palavras-chave:
Energia primária; Teoria dos grafos; Software Ucinet; SNA.Resumo
Esta pesquisa apresenta um estudo sobre o cenário da produção de energia primária no Brasil no período de 1970 a 2018, bem como as principais fontes que contribuíram para a matriz energética nacional. Para mapear as tendências na produção de energia primária, foi aplicada a Análise de Redes Sociais. Também são apresentados os modelos matemáticos que representam a variação na centralidade e densidade da produção de energia primária. Com base nos resultados e na literatura sobre a economia do Brasil no período de 1970 a 2018, discutem-se os movimentos realizados pelos formuladores de políticas públicas que culminaram na redução dos investimentos no setor, mesmo que a demanda fosse sempre crescente. No entanto, continuaria associado aos resultados de pequenos aumentos do PIB e do IDH. Outro resultado foi a evolução e oferta do petróleo como fonte primária não renovável para todo o período da pesquisa. Percebeu-se a alternância de ofertas de fontes não renováveis que, partindo do predomínio da lenha, passando para a geração de energia hidráulica, a mais importante durante duas décadas, e a substituição de subprodutos derivados da cana-de-açúcar, que se estende até a ano 2018. Observou-se também que no período de 2010 a 2018, a participação da oferta por fontes primárias renováveis, em termos percentuais, deixou de se distanciar da participação das ofertas por fontes primárias não renováveis, quase até se dividindo a disponibilidade para a composição da matriz brasileira.
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