A representatividade de treinadoras do sexo feminino em uma competição oficial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19305

Palavras-chave:

Mulheres; Competições; Técnicos esportivos; Técnicos esportivos.

Resumo

O estudo objetivou identificar e comparar a quantidade de treinadores e treinadoras de esportes coletivos presentes na 31° edição dos Jogos da Juventude do Paraná (JOJUPs) 2018. Foi realizado um levantamento através do site oficial da competição promovida pela Secretaria do Esporte e do Turismo do Paraná. Foram analisadas as súmulas de todos os jogos das modalidades: Basquetebol, Futebol, Futsal, Handebol e Voleibol, masculinas e femininas, a fim de identificar se os técnicos eram homens ou mulheres. Os resultados apontam que em um total de 740 postos possíveis de treinadores esportivos apenas 12,67% são ocupados por mulheres,  totalizando 96 mulheres, enquanto 87,03% dos cargos são ocupados por homens, o que representa 644 homens. Dentre as modalidades, tanto nas categorias masculinas, quanto nas femininas a presença de homens como técnicos é maior, no Basquetebol, das 53 equipes 85% tinham homens como treinadores e apenas 15% eram lideradas por uma mulher; Futsal dos 190 times, 95% eram treinados por homens, enquanto apenas 5% eram treinadas por mulheres; Futebol, dos 128 times 96% treinadores e apenas 4% treinadoras; Handebol, das 50 representações, 80% tinham treinadores homens e 20%  tinham treinadoras; Voleibol, nos 64 times 84% eram treinadores homens, enquanto 16% eram treinadoras mulheres. Ao final deste trabalho foi possível constatar que ainda é muito baixo o número de mulheres em cargos de treinadoras esportivas das modalidades coletivas presentes no  JOJUPs.

Referências

Almirante, C. M. O perfil dos professores de Educação Física na rede municipal de Joao Pessoa no ensino fundamental I. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2012. Recuperado de: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/tede/4691?locale=pt_BR. Acesso em: Acesso em: 24 fev. 2019.

Balardin, G. F., Voser, R. da C., Duarte, M. A., & Mazo, J. Z. (2018). O futebol feminino no Brasil e nos Estados Unidos: semelhanças e diferenças no esporte. RBFF - Revista Brasileira de Futsal e Futebol, 10(36), 101-109. Recuperado de http://www.rbff.com.br/index.php/rbff/article/view/549.

Brasil (1941). Presidência da República. Decreto-Lei nº 3.199, 14 de abril de 1941. Estabelece as bases de organização dos desportos em todo o país. Diário Oficial da União - Seção 1 - 18/4/1941, Página 7452. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-3199-14-abril-1941-413238-publicacaooriginal-1-pe.html. Acesso em: 10 out. 2020.

Burton, L. J. (2015). Underrepresentation of women in sport leadership: A review of research. Sport Management Review, 18(2), 155–165. doi: https://doi.org/10.1016/j.smr.2014.02.004.

Chiés, P. (2006). “Eis Quem Surge no Estádio: É Atalante!” A História das Mulheres nos Jogos Gregos. Movimento (ESEFID/UFRGS), 12(3), 99-121. DOI: https://doi.org/10.22456/1982-8918.2911.

Comitê Olímpico Brasileiro (2018). Time Brasil nos Jogos Rio 2016. Recuperado de: https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/brasil-nos-jogos/participacoes/rio-2016. Acesso em: 17 jan. 2021.

Comitê Olímpico Brasileiro (2021). Integrantes da comissão de atletas. Recuperado de: https://www.cob.org.br/pt/comissao/integrantes-comissao-atletas. Acesso em: 03 jan. 2021.

Comitê Olímpico Internacional (2018). International Olympic Committee Gender Equality Review Project. International Olympic Committee. Recuperado de: https://stillmed.olympic.org/media/Document%20Library/OlympicOrg/News/2018/03/IOC-Gender-Equality-Report-March-2018.pdf. Acesso em: 10 jan. 2019.

Cunningham, G.B., & Sagas, M. (2002). The differential effects of human capital for male and female Division I basketball coaches. Research Quarterly for Exercise and Sport, 73(4), 489–496. DOI: https://doi.org/10.1080/02701367.2002.10609051.

Fasting, K.; Pfister, G. (2000). Female and Male Coaches in The Eyes of Female Elite Soccer Players. European Physical Education Review, 6(1), 91–110. DOI: https://doi.org/10.1177/1356336x000061001.

Fasting, K, Sand, T. S. & Nordstrand, H. R. (2017). One of the few: the experiences of female elite-level coaches in Norwegian football. Soccer & Society, (3), 1–17. doi: https://doi.org/10.1080/14660970.2017.1331163.

Ferreira, H., Salles, J., Mourão, L., & Moreno, A. (2013). A baixa representatividade de mulheres como técnicas esportivas no brasil. Movimento (ESEFID/UFRGS), 19(3), 103-124. DOI: https://doi.org/10.22456/1982-8918.29087.

Ferreira, H., Salles & J., Mourão (2015). Inserção e permanência de mulheres como treinadoras esportivas no Brasil. Journal of Physical Education, 26(1), 21-29. Recuperado de: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/view/22755. Acesso em: 12 jan. 2021.

Gil, A. C (2019). Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª ed. São Paulo: Atlas.

Goellner, S. (2005). Mulher e esporte no brasil: entre incentivos e interdições elas fazem história. Pensar a Prática, 8(1), 85–100. https://doi.org/10.5216/rpp.v8i1.106.

Goellner, S. (2008). Feminismos, mulheres e esportes: questões epistemológicas sobre o fazer historiográfico. Movimento (ESEFID/UFRGS), 13(2), 173-196. DOI: https://doi.org/10.22456/1982-8918.3554.

Gomes, E. M. P. (2008). A participação das mulheres na gestão do esporte brasileiro: desafios e perspectivas. Rio de Janeiro: Quartet: FAPERJ.

Gratton, C & Jones, I (2015). Research methods for sports studies. 3ª ed. Routledge: New York.

Instituto Ethos (2010). Perfil social, racial, e de gênero das 500 maiores empresas do Brasil e suas ações afirmativas – Pesquisa 2010. São Paulo: Instituto Ethos. Recuperado de: https://www.ethos.org.br/wp-content/uploads/2012/12/4Perfil-Social-Racial-e-de-G%C3%AAnero-das-500-Maiores-Empresas-do-Brasil-e-suas-A%C3%A7%C3%B5es-Afirmativas-Pesquisa-2010.pdf. Acesso em: 04 jan. 2019.

Kamphoff, C. S., Armentrout, S. M. & Driska, A (2010). The token female: women’s experiences as division I collegiate head Coaches of men’s teams. Journal of Intercollegiate Sport, 3(2), 297-15. DOI: https://doi.org/10.1123/jis.3.2.297.

Kilty, K (2006). Women in Coaching. Human Kinetics Journal, 20(2), 222-234. DOI: https://doi.org/10.1123/tsp.20.2.222. Acesso em: 23 jan. 2019.

Koche, J. C. (2011). Fundamentos de metodologia científica. Petrópolis: Vozes.

Marques, J. C. & Cafeo, M. R. G (2017). Jogos Olímpicos do Rio 2016 e Esportes de Alto Contato na Imprensa Brasileira: a Invisibilidade da Força da Mulher em Troca de sua Beleza Física. Âncora - Revista Latino-americana de Jornalismo, 4(1), 28-51. DOI: https://doi.org/10.22478/ufpb.2359-375X.2017v4n1.35845.

Norman, L. (2010). Feeling Second Best: Elite Women Coaches’ Experiences. Sociology of Sport Journal, 27(1), 89–104. DOI: https://doi.org/10.1123/ssj.27.1.89.

Oliveira, G., Cherem, E. & Tubino, M. J.G (2008). A inserção histórica da mulher no esporte. Editora Universa. Revista Ciência e Movimento, 16(2), 118-125. DOI: http://dx.doi.org/10.18511/rbcm.v16i2.1133.

Oliveira, G. A. S. & Teixeira, A. P. de O (2009). Trabalhando um novo caminho: A gestão esportiva. Revista Gênero, 10(1) 101-118. DOI: https://doi.org/10.22409/rg.v10i1.43.

Oliveira, G. A. S (2002). Representações sociais de mulheres técnicas sobre o comando de equipes esportivas de alto nível. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Recuperado de: http://www.nuteses.temp.ufu.br/tde_busca/processaPesquisa.php?pesqExecutada=2&id=149&listaDetalhes%5B%5D=149&processar=Processar. Acesso em: 19 out. 2018.

ONU Mulheres (2015). Comitê Olímpico Internacional e ONU Mulheres firmam parceria sobre meninas e esporte. Recuperado de: http://www.onumulheres.org.br/noticias/comite-olimpico-internacional-e-onu-mulheres-fazem-parceria-para-meninas-e-esporte. Acesso em: 04 jan. 2019.

Peachey, J. W. & Burton, L J. (2011). Male or Female Athletic Director? Exploring Perceptions of Leader Effectiveness and a (Potential) Female Leadership Advantage with Intercollegiate Athletic Directors. Sex Roles, 64(5-6), 416–425. DOI: https://doi.org/10.1007/s11199-010-9915-y.

Paraná (2019). Lei nº 19.848, de 03 de maio de 2019. Diário Oficial do Estado do Paraná, Poder Executivo, Curitiba, PR. Recuperado de: http://www.imprensaoficial.pr.gov.br/. Acesso em: 21 jan. 2021

Paraná Esporte (20202). Nota Oficial: Cancelamento dos Jogos da Juventude do Paraná. Secretaria da Educação e do Esporte. Recuperado de: https://www.esporte.pr.gov.br/Noticia/NOTA-OFICIAL-Cancelamento-dos-Jogos-da-Juventude-do-Parana. Acesso em: 14 dez. 2020.

Paraná Esporte (2021). Quem é quem. Secretaria da Educação e do Esporte. Recuperado de em: https://www.esporte.pr.gov.br/Pagina/Quem-e-quem. Acesso em: 03 jan. 2021.

Passero, JG, Barreira, J., Calderani Junior, A., & Galatti, LR (2019). (Des) Igualdade de Gênero: Uma Análise Longitudinal da Participação das Mulheres nas Funções de Treinadora e Arbitral na Liga Brasileira de Basquete Feminino (2010-2017). Notebooks of Sports Psychology, 19(1), 252-261. DOI: https://doi.org/10.6018/cpd.348611.

Passero, J., Barreira, J., Tamashiro, L., Scaglia, A., & Galatti, L. (2020). Futebol de mulheres liderado por homens: uma análise longitudinal dos cargos de comissão técnica e arbitragem. Movimento (ESEFID/UFRGS), 26, e26060. DOI: https://doi.org/10.22456/1982-8918.100575.

Ramos, S. dos S (2016). Futebol e mulheres no Rio Grande do Sul: a trajetória esportiva de Eduarda Marranghello Luizelli (Duda). Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Ciência do Movimento Humano, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Recuperado de: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/151421. Acesso em: 06 fev. 2020.

Reade, I, Wendy, R. & Leanne, N (2009). The Under-Representation of Women in Coaching: A Comparison of Male and Female Canadian Coaches at Low and High Levels of Coaching. International Journal of Sports Science & Coaching, 4(4), 505–520. DOI: https://doi.org/10.1260/174795409790291439.

Reuters (2018). COI implementará 25 recomendações para promover igualdade de gêneros. Publicado em 08 de mar. de 2018. Recuperado de: https://extra.globo.com/esporte/coi-implementara-25-recomendacoes-para-promover-igualdade-de-generos-22469589. Acesso em: 04 jan. 2019.

Ribeiro, B. Z., Felipe, M. De C. R., Silva, M. R. Da & Calvo, A. P. C (2013). Evolução histórica das mulheres nos Jogos Olímpicos. EFDeportes.com, Revista Digital, 179(1), s/p. Recuperado de: https://www.efdeportes.com/efd179/mulheres-nos-jogos-olimpicos.htm. Acesso em: 02 jan. 2019.

Rocha, C. T. da C (2006). Gênero em ação: rompendo o Teto de vidro? Novos contextos da tecnociência. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Recuperado de: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/88843. Acesso em: 02 fev. 2019.

Rubio, K. & Simões, A. C (2007). De espectadoras a protagonistas - a conquista do espaço esportivo pelas mulheres. Movimento (ESEFID/UFRGS), Porto Alegre, 5(11), 50-56. DOI: https://doi.org/10.22456/1982-8918.2484.

Secretaria do Esporte e do Turismo (2018). Escritório Regional do Esporte e do Turismo. Governo do Estado do Paraná. Recuperado de: http://www.esporte.pr.gov.br. Acesso em: 08 jan. 2019.

Secretaria da Educação e do Esporte (2021). Institucional. Governo do Estado do Paraná. Recuperado de: https://www.educacao.pr.gov.br. Acesso em 19 jan. 2021.

Silva, L. A., Jacó, J. F., & Krahenbühl, T. (2021). As (não) convocações de mulheres para cargos de liderança nas comissões técnicas no Handebol brasileiro nos anos de 2014-2020. Pensar a Prática, 24. DOI: https://doi.org/10.5216/rpp.v24.65760.

Shaw, S. & Frisby, W. (2006). Can Gender Equity Be More Equitable?: Promoting an Alternative Frame for Sport Management Research, Education, and Practice. Journal of Sport Management, 20(4), 483–509. DOI: https://doi.org/10.1123/jsm.20.4.483.

Soares, J. F., Mourão, L., Lovisi, A., & Novais, M. (2018). Performatividades de gênero e a abjeção dos corpos de mulheres no levantamento de peso. Movimento (ESEFID/UFRGS), 24(1), 107-118. DOI: https://doi.org/10.22456/1982-8918.70027.

Torga, M. (2019). Com a palavra, as gestoras: A trajetória de mulheres em cargos de gestão no futebol brasileiro. 2019. Dissertação (Mmestrado em Educação Física e Desportos) - Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora. Disponível em: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11674. Acesso em: 16 jan. 2020.

Downloads

Publicado

27/08/2021

Como Citar

JAIME, M. de O.; ARDENGUE, M.; ANDRADE, V.; MONTEIRO, G. B.; MALAGUTTI, J. P. M. A representatividade de treinadoras do sexo feminino em uma competição oficial. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 11, p. e169101119305, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i11.19305. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/19305. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde