Descarte das bolsas produzidas em um centro de hemoterapia de uma região do Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.19344Palavras-chave:
Bancos de sangue; Bolsas Plásticas para Preservação de Sangue; Serviço de Hemoterapia; Serviço de hemoterapia.Resumo
O presente trabalho teve como objetivos analisar a frequência do descarte das bolsas produzidas em um centro de hemoterapia de uma região do nordeste do Brasil. Trata-se de uma análise retrospectiva de candidatos à doação de sangue, no período no período de setembro de 2107 a agosto de 2018. Os dados foram extraídos do software do setor de informática do Hemocentro e organizados e classificados no programa Excel 365 E pelo software IBM Statistical Package for the Social Sciences, 22.0. No período compreendido entre de setembro de 2017 a agosto de 2018, foram realizadas 28.800 destas, 5.8289 (20,2%), sendo 21,1% (1.229) foram referentes ao descarte de concentrados de hemácias, 41,5% (2419), concentrado de plaquetas, 36,2% (2.111) concentrado de plasma e o sangue total 1,2% (69). Os motivos dos expurgos foram em recorrência de variáveis como intercorrência no fracionamento, intercorrência na distribuição, expiração do prazo de validade, acondicionamento inadequado, sorologia reagente, coombs indireto e intercorrência no estoque. Os resultados do presente estudo propõem um plano de ação, envolvendo a reavaliação dos protocolos operacionais, com avaliações periódicas das demandas de descarte, visando readequar a oferta e reduzir ou até extinguir o descarte de bolsas de hemocomponentes, o que direcionaria a uma redução de custos financeiros e perdas sociais.
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