Políticas Públicas: a importância da aplicabilidade efetiva para detecção precoce da cardiopatia congênita

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19371

Palavras-chave:

Cardiopatia congênita; Detecção precoce; Saúde da criança; Políticas públicas.

Resumo

Introdução: a cardiopatia congênita (CC) é caracterizada por malformações no coração e/ou nos vasos que o constituem, derivados de erros no desenvolvimento e na evolução cardíaca durante a gestação e que permanecem após o nascimento. A Triagem Neonatal é essencial para a prevenção, promoção e recuperação da saúde de neonatos. Objetivo: avaliar se as políticas públicas realizadas de forma efetiva interferem na detecção precoce da cardiopatia congênita. Métodos: pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FAMERP. Estudo transversal, delineamento descritivo, abordagem quantitativa-analítica, realizado em um hospital de referência do estado de São Paulo. Foi aplicado um questionário com quatro partes: caracterização; dados em relação ao pré-natal; diagnóstico; conhecimento dos familiares. Critérios de inclusão: pais que se prontificaram a participar da pesquisa. Critérios de exclusão: pais não encontrados para responder ao questionário. Resultados: amostra predominantemente feminina, casadas, residentes na Região Sudeste, idade até 30 anos, um filho, Ensino Médio completo e renda familiar de um salário-mínimo. Percebeu-se que 43,14% das gestantes foram a seis ou mais consultas no pré-natal, como o preconizado. Em 60,78% dos neonatos com CC, o diagnóstico aconteceu somente após o nascimento. Houve relatos de mães sobre não haver equipe multiprofissional durante o pré-natal. Conclusão: com profissionais de saúde capacitados e atuação da equipe multidisciplinar, pode-se perceber sinais sugestivos de CC, promover assistência qualificada e detectar precocemente a CC. Considerando os recursos materiais e humanos, é possível iniciar o tratamento no serviço de origem ou encaminhar, inclusive sob recurso de tratamento fora do domicílio (TFD), preconizado pelo Ministério da Saúde.

Referências

Assunção, C. S., Rizzo, E. R., Santos, M. E., Carvalho, J. B., Basílio, M. D., & Messias, C. M. (2020). The Nurse in PrenatalCare: The PregnantWomen. Revista De Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, 11(3), 576–581. https://doi.org/10.9789/2175-5361.2019.v11i3.576-581

Belo, W. A., Oselame, G. B., & Neves, E. B. (2016). Perfil clínico-hospitalar de crianças com cardiopatia congênita. Cadernos de Saúde Coletiva, 24(2), 216-220. http:// doi.org/10.1590/1414- 462X201600020258

Benedet, D. C. F., Wall, M. L., Lacerda, M. R., Machado A. V. M. B., Borges, R., &Zômpero, J. F. J. (2021). Strengthening nurses in prenatal care through reflection-action. RevistaGaúcha de Enfermaggem, 42, e20200187. https://doi.org/10.1590/1983-1447.2021.20200187

Bertoletti, J., Marx, G. C., HattgeJúnior, S. P., &Pellanda, L. C. (2014). Quality of Life and Congenital Heart Disease in Childhood and Adolescence.Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 102(2), 192-198. https://doi.org/10.5935/abc.20130244

Bolaséll, L. T., Foschiera,. N., Luft, C. Z., Crestani, P. L., Woinarovicz, B., Silva, . F., & Schneider, C. (2019). Caracterização de mães de crianças cardiopatas congênitas internadas em uma UTI pediátrica. Psicologia Hospitalar, 17(1), 17-33. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ph/v17n1/17n1a03.pdf

Canal Saúde. (2019). Ministério da Saúde reforça a importância do Teste do Pezinho entre o 3º e 5º dia de vida. https://www.canalsaude.fiocruz.br/noticias/noticiaAberta/ministerio-da-saude-reforca-a-importancia-do-teste-do-pezinho-entre-o-3o-e-5o-dia-de-vida06062019

Cesario, M. S. A., Carneiro, A. M. F., & Dolabela, M. F. (2020). Mães de crianças com cardiopatia congênita: dúvidas e estratégia de intervenção. Revista Eletrônica Acervo Saúde,12(5), e2337.https://doi.org/10.25248/reas.e2337.2020

Chamsi-Pasha, M. A., &Chamsi-Pasha, H. (2016). Critical congenital heart disease screening.AvicennaJournalof Medicine, 6(3), 65-68. http:// doi.org/10.4103/2231-0770.184062

Frota, M. A., Andrade, I.S., Santos, Z. M. S. A., Silva, C. A. B., & Fernandes, A. F. C. (2014). Perfil sociodemográfico familiar e clínico de crianças com cardiopatia congênita atendidas em uma instituição hospitalar. Revista Brasileira em Promoção à Saúde, 27(2), 239-246. http:// doi.org/10.5020/18061230.2014.p239.

Melo, L. D., Araújo, A. B., Teixeira, L. G., Santos, L. R., Pereira, R. J., Fernandes, M. T. A. C. N., Affonso, D. L. S., Rosendo, A. A., Silva, P. H. B., & Taroco, F. E. (2021). Intensive care for congenital heart diseases: Notes on neonatal nursing care. Research, Society and Development, 10(5), e52310515346. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.15346

Menezes, L. T., Porto, M. A., Rodrigues, D. G., Oliveira, J. A. S., & Marques, H. S. (2020). Vivência de mães de crianças com cardiopatia congênita que serão submetidas à cirurgia cardiovascular. Revista da SBPH, 23(1), 134-146. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rsbph/v23n1/12.pdf

Mineiro, J. C., Gurgel, J. M. S., & Gonçalves, R. L. (2011). Cardiopatias Congênitas: uma visão geral. Periódico Científico do Núcleo de Biociências - Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, 1(2), 62-81. https://www.metodista.br/revistas/revistas-izabela/index.php/bio/article/view/241/217

Ministério da Saúde. (2002). Manual de Normas Técnicas e Rotinas Operacionais do Programa Nacional de Triagem Neonatal. Ministério da Saúde, Brasília, DF, Brasil. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/triagem_neonatal.pdf

Ministério da Saúde. (2017). Síntese de evidências para políticas de saúde: diagnóstico precoce de cardiopatas congênitas. Ministério da Saúde, Brasília, DF, Brasil. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sintese_evidencias_politicas_cardiopatias_congenitas.pdf

Movahedian, A. H., Mosayebi, Z,,&Sagheb, S. (2016). Evaluation of Pulse Oximetry in the Early Detection of Cyanotic Congenital Heart Disease in Newborns.Journal of Tehran Univesity Heart Center, 11(2), 73-78. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5027164/

Pedra, S. R. F. F., Zielinsky, P., Binotto, C. N., Zielinsky, P., Binotto, C. N., Martins, C. N., Fonseca, E. S. V. B., Guimarães, I. C. B., Corrêa, I. V. S., Pedrosa, K. L. M., Lopes, L. M., Nicoloso, L. H. S., Barberato, M. F. A, &Zamith, M. M. (2019). Diretriz Brasileira de Cardiologia Fetal-2019. ArquivosBrasileiros de Cardiologia, 112(5), 600-648. http:// doi.org/10.5935/abc.20190075

Portaria nº 1.727, de julho de 2017. Aprova o Plano Nacional de Assistência à Criança com Cardiopatia Congênita. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt1727_12_07_2017.html

PROADIS-SUS. (2020). Projeto Diagnóstico Situacional dos Serviços de Cirurgia Cardíaca Pediátrica habilitados no Sistema Único de Saúde em território nacional. https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-temporarias/externas/56a-legislatura/enfrentamento-pandemia-covid-19/apresentacoes-em-eventos/WilsonLuiz.pdf

Secretaria de Saúde do Estado do Piauí. (2017). Manual referente à concessão do auxílio para tratamento fora de domicílio - TFD no Sistema Único De Saúde – SUS/PI. http://www.saude.pi.gov.br/ckeditor_assets/attachments/860/manual_tfd_alterado_para_cib_2017.pdf

Silva, A. A. B., & Andrade, C. (2020). The role of nurses in prenatal care, education and health promotion.Research, Society and Development, 9(10), e9989109477. http://doi.org/10.33448/rsd-v9i10.9477

Sociedade Brasileira de Cardiologia. (2011). Diagnóstico precoce de cardiopatia congênita crítica: oximetria de pulso como ferramenta de triagem neonatal. http://www.sbp.com.br/pdfs/diagnostico-precoce-oximetria.pdf

Downloads

Publicado

22/08/2021

Como Citar

FELICE, B. E. L. .; WERNECK, A. L. .; FERREIRA, D. L. M. . Políticas Públicas: a importância da aplicabilidade efetiva para detecção precoce da cardiopatia congênita. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 11, p. e56101119371, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i11.19371. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/19371. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde