O uso da aromaterapia durante o trabalho de parto: caracterização do conhecimento do enfermeiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19417

Palavras-chave:

Práticas integrativas e complementares; Medicina tradicional; Óleos essenciais; Humanização do parto.

Resumo

O parto é o momento singular na vida da gestante e a enfermagem com seu modelo assistencial e holístico, consegue colocar a mulher como protagonista do processo de parto, utilizando ferramentas como a aromaterapia. Este estudo caracterizou o conhecimento sobre a aromaterapia e do uso dos óleos essenciais (OEs) durante o trabalho de parto (TP) por meio de um questionário aplicado as enfermeiras das Maternidades Cândido Mariano e do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HUMAP). A partir dos resultados foi possível verificar que 100% dos profissionais conhecem a aromaterapia. Entretanto, o percentual 69,2% possuem formação técnica e conhecimento sobre os meios de diluição e aplicação dos OEs, os profissionais não fazem preferência por marca de produto, 100% utilizam o óleo essencial (OE) de lavanda e 61,5% o OE de canela nas parturientes. Assim, a aromaterapia já é uma prática regular entre os enfermeiros das instituições, porém se faz necessário a capacitação adequada, para que apliquem a prática com segurança e respaldo científico.

Biografia do Autor

Kamila Martins da Cruz, Universidade Anhanguera

Kamila Martins da Cruz graduou-se no curso de enfermagem em dezembro de 2009 na Universidade Anhanguera-Uniderp. Trabalhou na coordenação e docência de cursos técnicos de enfermagem (Instituto Mato-grossense de Capacitação, SENAC), realizou diversas palestras na área da saúde (Universidades, Escolas técnicas e Empresas). Trabalhou como enfermeira do Hospital de Câncer de Barretos, coordenadora da unidade móvel de prevenção do câncer de mama e colo de útero, responsável pela comunicação corporativa, planejamento, metas e estratégias. Em 2015 cursou residência em Enfermagem Obstetrica pela UFMS. Se especializou em Docência do ensino superior. Em março de 2021, recebeu o título de mestre pelo Programa de Pós-Graduação em meio ambiente e desenvolvimento regional.

Rosemary Matias, Universidade Anhanguera

Graduação em Licenciatura Plena em Química pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e mestrado e doutorado em Química pela Universidade Estadual de Maringá-UEM. É Professor adjunto I da Universidade Uniderp. Tem experiência na área de Produtos Naturais, atuando nos seguintes temas: Isolamento e identificação de constituintes químicos de plantas e monitorado por testes de atividade biológica: antibacteriana, antifúngica, antioxidante, anti-inflamatória, cicatrização, inseticida e alelopatia. Na Pós-Graduação atua também na área de química ambiental e de saúde.

Carla Letícia Gediel Rivero-Wendt, Universidade Anhanguera

Possui graduação em ciências biológicas pela Universidade Federal do Ceará, mestrado e doutorado em genética toxicológica pela Universidade de Brasília. Atua nas grandes áreas da toxicologia, envolvendo produtos naturais e sintéticos. Atualmente é docente e pesquisadora filiada ao programa de pós-graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da Universidade Anhanguera Uniderp e ao programa de pós-graduação em Ambiente e Saúde da Universidade de Cuiabá.

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Publicado

22/08/2021

Como Citar

CRUZ, K. M. da .; MATIAS, R.; RIVERO-WENDT, C. L. G. O uso da aromaterapia durante o trabalho de parto: caracterização do conhecimento do enfermeiro. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 11, p. e68101119417, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i11.19417. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/19417. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde