Persistência da imunidade vacinal contra parvovírus canino e vírus da cinomose canina para determinação de protocolo vacinal em cães: impactos e desafios no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19472

Palavras-chave:

Antígeno; CDV; CPV-2; Vacinas.

Resumo

Protocolos vacinais são estabelecidos para cães e gatos, considerando o tempo de circulação dos anticorpos maternos dos filhotes, o tipo de antígeno utilizado para fazer as vacinas e o tempo de imunidade vacinal. Este estudo teve como objetivo abordar a duração da imunidade vacinal contra o parvovírus canino (CPV-2) e o vírus da cinomose canina (CDV), como fator determinante para a escolha do protocolo vacinal adequado, além de destacar as principais implicações encontradas no Brasil que dificultam a aplicação desses protocolos atuais, como os desafios técnicos para utilizá-los. Para tanto, este artigo descreveu algumas informações sobre os tipos de vacinas atuais, a duração da imunidade contra o CPV-2 e o CDV, bem como os respectivos protocolos vacinais que foram aplicados. As buscas foram feitas nas bases de dados PuMed, SciELO, Google Scholar, Periódicos Capes e livros acadêmicos, por meio dos seguintes descritores: diretrizes de vacinação; resposta imune humoral; estratégia de vacinação; cinomose; infecção por parvovírus; e duração da imunidade à vacina. Diante dos fatos, entende-se que a revacinação anual contra o CPV-2 e CDV para cães deve ser avaliada individualmente, pois a imunidade vacinal tem duração média de três anos, ou seja, a melhor alternativa para o animal seria a aplicação de testes sorológicos de rotina, com o objetivo de avaliar se a titulação dos anticorpos permanece protetora. Outra alternativa é o uso de vacinas bivalentes ou trivalentes.

Referências

Abdelmagid, O. Y., Larson, L., Payne, L., Tubbs, A., Wasmoen, T., & Schultz, R. (2004). Evaluation of the efficacy and duration of immunity of a canine combination vaccine against virulent parvovirus, infectious canine hepatitis virus, and distemper virus experimental challenges. Veterinary Therapeutics: Research In Applied Veterinary Medicine, 5, 173-186.

Alves, C. D. B. T., Granados, O. F. O., Budaszewski, R. F., Streck, A. F., Weber, M. N., Cibulski, S. P., Pin, L. D., Ikuta, N., & Canal, C. W. (2018). Identification of enteric viruses circulating in a dog population with low vaccine coverage. Brazilian Journal of Microbiology, 49, 790-794.

Banerji, N., Kapur, V., & Kanjilal, S. (2007). Association of Germ-line Polymorphisms in the Feline p53 Gene with Genetic Predisposition to Vaccine-Associated Feline Sarcoma. Journal of Heredity, 98, 421-427.

Bohm, M., Thompson, H., Weir, A., Hasted, A. M., Maxwell, N. S., & Herrtage, M. E. (2004). Serum antibody titres to canine parvovirus, adenovirus and distemper vírus in dogs in the UK which had not been vaccinated for at least three years. The Veterinary Record, 154, 457-463.

Costa, V. G., Saivish, M. V., Rodrigues, R. L., Silva, R. F. L., Moreli, M. L., & Krüger, R. H. (2019). Molecular and serological surveys of canine distemper virus: a meta-analysis of cross-sectional studies. PlosOne, 14, e0217594.

Day, M. J., Horzinek, M. C., Schultz, R. D., & Squires, R. A. (2016). Guidelines for the vaccination of dogs and cats. Journal of Small Animal Practice, 57, E1-E45.

Day, M. J., Crawford, C., Marcondes, M., & Squires R. A. (2020). Recomendações sobre a vacinação para médicos veterinários de pequenos animais da América Latina: um relatório do Grupo de Diretrizes de Vacinação da WSAVA. Journal of Small Animal Practice, 1-39.

Dezengrini, R., Weiblen, R., & Flores, E. F. (2007). Seroprevalence of parvovirus, adenovirus, coronavirus and canine distemper virus infections in dogs of Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brazil. Ciência Rural, 37, 183-189.

Ford, R. B. (2004). Recomendações para Vacinação de Cães e Gatos. In: Birchard, S. J., & Sherding, R. G. Manual saunders clínica de pequenos animais. São Paulo: Roca, 109-116.

Gore, T. C., Lakshmanan, N., Duncan, K. L., Coyne, M. J., Lum, M. A., & Sterner, F. J. (2005). Three-year duration of immunity in dogs following vaccination against canine adenovirus type-1, canine parvovirus, and canine distemper virus. Veterinary Therapeutics: Research In Applied Veterinary Medicine, 6, 5-14.

Greene, C. E., Schultz, R. D., & Ford, R. B. (2001). Canine Vaccination. Veterinary Clinics: Small Animal Practice, 31, 473-492.

Headley, S. A., Oliveira, T. E. S., Pereira, A. H. T., Moreira, J. R., Michelazzo, M. M. Z., Pires, B. G., Marutani, V. H. B., Xavier, A. A. C., Di Santis, G. W., Garcia, J. L., & Alfieri, A. A. (2018). Canine morbillivirus (canine distemper virus) with concomitant canine adenovirus, canine parvovirus-2, and Neospora caninum in puppies: a retrospective immunohistochemical study. Scientific Reports, 8, 13477.

Labarthe, N., Merlo, A., Mendes-de-Almeida, F., Costa, R., Dias, J., Autran-de-Morais, H., & Guerrero, J. (2016). Colavac/Fiavac - Estratégias para vacinação de animais de companhia: cães e gatos. Clínica Veterinária, 124, 114-120.

Lappin, M. R. (2010). Prevenção de Doenças Infecciosas. In: Nelson, R. W., & Couto, C. G. Medicina Interna de Pequenos Animais. Rio de Janeiro: Elsevier, 1304-1305.

Larson, L. J., & Schultz, R. D. (2007). Three-year serologic immunity against canine parvovirus type 2 and canine adenovirus type 2 in dogs vaccinated with a canine combination vaccine. Veterinary Therapeutics: Research In Applied Veterinary Medicine, 8, 305-310.

Mitchell, S. A., Zwijnenberg, R. J., Huang, J., Hodge, A., & Day, M. J. (2012). Duration of serological response to canine parvovirus-type 2, canine distemper virus, canineadenovirus type 1 and canine parainfluenza virus in client-owned dogs in Australia. Australian Veterinary Journal, 90, 468-473.

Moore, G. E., & Hogenesch, H. (2010). Adverse Vaccinal Events in Dogs and Cats. Veterinary Clinics: Small Animal Practice, 40, 393-407.

Munday, J. S., Stedman, N. L., & Richey, L. J. (2003). Histology and immunohistochemistry of seven ferret vaccination-site fibrosarcomas. Veterinary Pathology, 40, 288-293.

Paul, M. A., Appel, M., Barret, R., Carmichael, L. E., Childers, H., Cotter, S., Davidson, A., Ford, R., Keil, D., Lappin, M., Schultz, R. D., Thacker, E., Trumpeter, J. L., Welborn, L., & American Animal Hospital Association Canine Vaccine Task Force. Report of the American Animal Hospital Association (AAHA) Canine Vaccine Task Force: executive summary and 2003 canine vaccine guidelines and recommendations. Journal of the American Animal Hospital Association, 39, 119-131.

Pereira, A. S., Shitsuka, D.M., Parreira, F. J. & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da Pesquisa Científica. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria.

Rashid, A., Rasheed, K., Asim, M., & Hussain, A. (2009). Risks of Vaccination: a Review. Journal of Venomous Animals and Toxins including Tropical Diseases, 15, 19-27.

Roth, J. A., & Spickler, A. R. (2010). Duration of immunity induced by companion animal vaccines. Animal Health Research Reviews, 11, 165-190.

Scavone, R. (2014). O Uso de Vacinas. In: Tizard, I. R. Imunologia veterinária. Elsevier, 585-606.

Strasser, A., May, B., Teltscher, A., Wistrela, E., & Niedermüller, H. (2003). Immune modulation following immunization with polyvalent vaccines in dogs. Veterinary Immunology and Immunopathology, 94, 113-121.

Twark, L., & Dodds, W. J. (2000). Clinical use of sérum parvovirus and distemper vírus antibody titers for determining revaccination strategies in healthy dogs. Journal of the American Veterinary Medical Association, 217, 1021-1024.

Vila-Nova, B., Cunha, E., Sepúlveda, N., Oliveira, M., Braz, B. S., Tavares, L., Almeida, V., & Gil, G. (2018). Evaluation of the humoral immune response induced by vaccination for canine distemper and parvovirus: a pilot study. BMC Veterinary Research, 14, 348.

Vilela, M. (2016). Os novos desafios do protocolo de vacinação. Revista Vet Science Magazine, 23, 20-35.

Wolf, A. M. (2010). Canine and feline vaccination: protocols, products, and problems. In: 110th Penn Annual Conference. 16-23.

Downloads

Publicado

25/08/2021

Como Citar

DUARTE, R. B.; FELIZARDA, S. M.; OLIVEIRA, M. P.; SOARES, J. M.; TAQUES, Ísis I. G. G. .; MEIRELLES-BARTOLI, R. B.; RAMOS, D. G. de S.; BRAGA, Ísis A. Persistência da imunidade vacinal contra parvovírus canino e vírus da cinomose canina para determinação de protocolo vacinal em cães: impactos e desafios no Brasil . Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 11, p. e127101119472, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i11.19472. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/19472. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas