Proservação de tratamentos endodônticos realizados na clínica odontológica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19724Palavras-chave:
Proservação; Qualidade do tratamento endodôntico; Odontologia.Resumo
O objetivo deste estudo foi realizar a proservação dos tratamentos endodônticos, através da observação clínica e radiográfica, o tipo de tratamento foi aplicado, identificar os grupos dentários que foram tratados, verificar quantos casos tiveram sucesso, levantar em quantas sessões foi realizado o tratamento endodôntico, levantar o tipo de medicação intracanal foi utilizada, levantar quais soluções irrigadoras e técnicas de instrumentação foram utilizadas, qualidade das radiografias, qualidade da obturação e levantar quantos dentes tratados endodonticamente foram restaurados e quantos dentes foram perdidos. Foram selecionados 100 prontuários de pacientes que realizaram tratamento endodôntico na clínica odontológica. Foi possível realizar a proservação clínica e radiográfica de 44 dentes, dos quais 30 foram incisivos e 14 pré-molares. As radiografias foram avaliadas por duas endodontistas calibradas. Os resultados mostraram que todos dentes foram classificados como tendo qualidade de tratamento satisfatória. Quando ao limite de obturação, não foi encontrado nenhum dente sobreobturado ou subobturado, todos (n=100) estavam obturados no limite cemento-dentina-canal (CDC). Com relação à condensação do material obturador, todos os dentes (100%) apresentaram condensação adequada, observada pela radiopacidade da obturação na radiografia. Em relação ao tipo de tratamento mais aplicado foi a necropulpectomia, em 96 dentes com lesão (78,57%) e 4 dentes sem lesão (14,28%). Foi realizado apenas 1 biopulpectomia (7,15%). Com relação a medicação intracanal, o hidróxido de cálcio foi utilizado em quase a totalidade dos casos, calen com PMCC (35,71%) e calen (28,57%) seguido por formocresol (21,42) e otosporin (7,15%), o hipoclorito de sódio foi a substância usado em todos os casos (100%). Com relação a função mastigatória, 80 (85,71%) estavam restaurados com resina composta, 10 fazia parte de uma ponte fixa (7,15%) e 10 estavam fraturadas (7,15%). Pode-se concluir que a maioria dos dentes que foram avaliados clínico e radiograficamente observou-se o êxito do tratamento endodôntico, inclusive com regressão de lesão periapical.
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