O uso da maconha (Cannabis sativa L.) na indústria farmacêutica: uma revisão
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.19829Palavras-chave:
Maconha Medicinal; Cannabis; Princípio ativo; Fitoterápicos; Revisão integrativa.Resumo
O objetivo do presente estudo foi expor por meio de uma revisão integrativa da literatura a importância do uso dos princípios ativos advindos da maconha (Cannabis sativa) na indústria farmacêutica. Para tal uma revisão integrativa de literatura foi realizada. Adotou-se como critério que incluam documentos de cunho cientifico, que apresentou relação com a aplicação da maconha na indústria farmacêutica em um recorte temporal entre 2006 a 2021, como intuito em discorrer sobre as evidências científicas dos últimos quinze anos. A utilização dos compostos ativos da Cannabis sativa na indústria ainda é algo pouco explorado, principalmente no Brasil. Um dos principais fatores de que contribui para que não haja maior interesse em torno da utilização da maconha é o uso recreativo ilícito da mesma. Mas esta está sendo liberada para cultivo e estudos de empresas competentes, podendo trazer uma série de benefícios tanto a saúde humana, quando para as indústrias farmacêuticas. A mesma apresenta numerosas ações terapêuticas relacionadas aos metabolitos secundários. É valido ressaltar os efeitos comprovados frente a doenças como epilepsia, ansiedade, depressão, doença de Parkinson, esclerose múltipla e cefaleia. Por esses motivos em concordância com a tendência mundial a qual é notório que os consumidores estão priorizando o uso de produtos à base natural, mostrando o amplo campo de estudo e tecnológicos para desenvolvimentos de estudos posteriores.
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