Aplicabilidade da teoria de Orem na Assistência aos pacientes ostomizados
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19939Palavras-chave:
Estomia; Teoria de Enfermagem; Autocuidado; Cuidados de Enfermagem; Qualidade de vida; Autoimagem.Resumo
Ostomia ou estoma representa a abertura feita em um procedimento cirúrgico para a exteriorização do intestino através da cavidade abdominal. O impacto das mudanças decorrentes dos estomas afeta diretamente a autoimagem, podendo ocasionar sentimento de tristeza, repulsa e insegurança diante da sensação de mutilação e incapacidade de ter uma vida normal. Nesse sentido, o presente artigo trata-se de uma revisão integrativa da literatura e tem como objetivo, verificar a aplicabilidade da Teoria de Orem aos pacientes ostomizados em estudos já realizados. Os pacientes ostomizados apresentam uma alteração na qualidade de vida, uma vez que o procedimento cirúrgico desencadeia mudanças na autoestima, na saúde mental e na rotina desses indivíduos. Nessa perspectiva, a Teoria de Orem se apresenta como uma ferramenta capaz de identificar os desvios de saúde do indivíduo, estabelecer intervenções baseadas nas Teorias dos Sistemas de Enfermagem e promover o autocuidado eficaz. Por fim, as ostomias comprometem não só as dimensões biológica, os padrões fisiológicos e a autoimagem, mas também as relações psicossociais do indivíduo. Nesse contexto, a Teoria de Enfermagem de Orem é fundamental para os pacientes ostomizados, visto que engloba uma assistência holística ao sinalizar os desvios de saúde e classificar o sistema de enfermagem adotado em cada caso.
Referências
Aguiar, F. A. S., Jesus, B. P., Rocha, F. C., Cruz, I. B., Neto, G. R. A., Rios, B. R. M., Piris, A. P., & Andrade, D. L. B. (2019). Colostomia e autocuidado: significados por pacientes estomizados. Rev. enferm. UFPE on line, 105-110.
Almeida, E. J., & Silva, A. L. (2015). Caracterização do Perfil Epidemiológico dos Estomizados em Hospitais da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal. Estima–Brazilian Journal of Enterostomal Therapy, 13.
Barbutti, R. C. S., Silva, M. C. P. & Abreu, M. A. L. (2008). Ostomia, uma difícil adaptação. Revista da SBPH, 11(2), 27-39.
Bento, A. V. (2012). Como fazer uma revisão da literatura: Considerações teóricas e práticas. Revista JA (Associação Académica da Universidade da Madeira), 7(65), 42-44.
Cascais, A. F. M. V; Martini, J. G., & Almeida, P. J. S. (2007). Ostomy impact in the process of human living. Texto & Contexto-Enfermagem, 16(1), 163-167.
Coelho, A. R., Santos, F. S., & Poggetto, M. T. S. (2013). A estomia mudando a vida: enfrentar para viver. Revista Mineira de Enfermagem, 17(2), 258-277.
Demoro, C. C. S., Fontes, C. M. B., Trette, A. S., Cianciarullo, T.I., & Lazarini, I. M. (2018). Applicability of Orem: training of caregiver of infant with Robin Sequence. Rev. Bras. Enferm., 71(3), 1469-1473 <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672018000901469&lng=en&nrm=iso>.
.
Freire, D. A., Angelim, R. C. M., Souza, N. R., Brandão, B. M. G. M., Torres, K. M. S., & Serrano, S. Q. (2017). Autoimagem e autocuidado na vivência de pacientes estomizados: o olhar da enfermagem. Revista Mineira de Enfermagem, 21.
Kimura, C. A., Guilhem, A. B., Kamada, I., Abreu, B. S., & Fortes, R. C. (2017) Oncology ostomized patients’ perception regarding sexual relationship as an important dimension in quality of life. J. Coloproctol, 37(3), 199-204.
Leone, D. R. R., Neves, A. C. O. J., Prado, R. T., & Castro, E. A. B. (2021). Assistência de enfermagem em diálise peritoneal: aplicabilidade da teoria de orem - estudo de método misto. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 25, n. 3, p.1-9.
Medeiros, L. P., Silva, I. P., Lucena, S. K. P., Sena, J. F., Mesquita, E. K. S., Oliveira, D. M. S., & Cota, I. K. F. (2017). Atividades da intervenção de enfermagem cuidados com a ostomia. Rev. enferm. UFPE on line, 5417-5426.
Mota, M.S., Gomes, C. G; Silva, C.D., Gomes, V. L. O., Pelzer, M. T., & Barros, E. J. L. (2016). Autocuidado: uma estratégia para a qualidade de vida da pessoa com estomia. Investigación en Enfermería: Imagen y Desarrollo, 18, 63-78.
Oliveira, I. V., Silva, M. C; Silva, E.L; Freitas, V. F; Rodrigues, F. R; & Caldeira, L. M. (2018) Cuidado e saúde em pacientes estomizados. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, 31(2).
ROCHA, J. J. R. (2011) Estomas intestinais (ileostomias e colostomias) e anastomoses intestinais. Medicina (Ribeirão Preto), 44, 51-56.
Rodrigues, H. A., Bicalho, E. A. G., & Oliveira, R. F. (2019) Cuidados de enfermagem em pacientes ostomizados: uma revisão integrativa de literatura. Psicologia e Saúde em debate, 5, 110-120.
Santos, C. H. M., Bezerra, M. M., Bezerra, F. M. M., & Paraguassú, B. R. (2007). Perfil do paciente ostomizado e complicações relacionadas ao estoma. Revista Brasileira de Coloproctologia, 27, 16-19.
Santos, R.P., Fava, S. M. C. L., & Dazio, E. M. R. (2019). Self-care of elderly people with ostomy by colorectal cancer. J. Coloproctol. 39(3), 265-273
Silva, N. M., Santos, M. A., Barroso, B. C. T., Rosado, S. R., Teles, A. A. S., & Sonobe, H. M. (2019). Estratégias de Atendimento Psicológico a Pacientes Estomizados e seus Familiares. Psicol. cienc. prof., 39, 1-16.
Souza, M. T., Silva, M. D. S., & Carvalho, R. (2010) Revisão integrativa: o que é e como fazer. Revista Einstein., 8, 102-106.
Tossim, B. R., Souto, V. T., Terra, M. G., Siqueira, D. F., Mello, A. L., & Silva, A. A. (2016) As práticas educativas e o autocuidado: evidências na produção científica da enfermagem. Revista Mineira de Enfermagem20.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Cassiane da Silva Portela Pinto; Izadora Avelar Neto; Tatiana Menezes Noronha Panzetti; Alzinei Simor; Ingrid Magali de Souza Pimentel; Carolyny Rosa Freire de Sá; Lorena Vasconcelos Almeida Soares; Klebson Rodrigues da Silva; Caroline Martins Melo; Lais Gabriela da Silva Neves; Camila Andresa Monte Bezerra; Catharina das Graças de Almeida Martins; Hugo Vinicius Rodrigues da Silva; Marco Antonio Ramos de Carvalho
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.