Efeito larvicida do óleo essencial das folhas de Ruta graveolens LINNEAU no controle de Aedes aegypti (LINNAEU, 1762) (Diptera: Culicidae)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20028Palavras-chave:
Ruta graveolens Linneau; Óleo essencial; Atividade larvicida; Aedes aegypti.Resumo
Na busca pelo controle químico alternativo contra o Aedes aegypti, muitas pesquisas são desenvolvidas e incentivadas de modo a encontrar novas substâncias bioinseticidas de origem vegetal. Com isso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito larvicida do óleo essencial da arruda (Ruta graveolens Linneau) sobre as larvas do terceiro estádio do Aedes aegypti. A identificação dos componentes químicos presentes no óleo essencial de R. graveolens Linneau foi realizada por cromatografia gasosa-espectrometria de massa (CG/MS). A atividade larvicida foi determinada empregando os métodos de Reed-Muench e Pizzi em larvas do Aedes aegypti. Os resultados demonstraram que o óleo essencial de arruda apresentou a maior atividade larvicida, na concentração de 61,641 ± 1,72 μg mL-1. A eficiência da mortalidade do Aedes aegypti pode estar relacionada à presença de 2-nonanona e 2-undecanona (metilcetonas) no óleo essencial de arruda, componentes importantes de reconhecida eficácia como inseticida. Dessa forma pode-se verificar que o óleo essencial em estudo apresenta compostos químicos com efeito larvicida contra o A. aegypti.
Referências
Adams, R. P. (2007). Identification of essential oil components by gas chromatography/mass spectroscopy. Four ed. Allured, Carol Stream, Ilinois, 2007.
Albarici, T. R., Vieira, P. C., Fernandes, J. B., Silva, M. F. G., & Pirani, J. R. (2010). Cumarinas e alcaloides de Rauia resinosa (Rutaceae). Química Nova, 33 (1), 2130-2134.
Al-Qurainy, A., Khan, S., Ali, M. A., Fahad, M, Al-Hemaid, M. T., & Ashraf, M. (2011). Authentication of Ruta graveolens and its adulterant using internal transcribed spacer (ITS) sequences of nuclear ribosomal DNA. Pakistan Journal of Botany, 43(3), 1613-1620.
Attia, E. Z., El-Baky, R. M. A., Desoukey, S. Y., Mohamed, M. A. E. H., Bishr, M. M., & Kamel, M. S.(2018). Chemical composition and antimicrobial activities of essential oils of Ruta graveolens plants treated with salicylic acid under drought stress conditions. Future Journal of Pharmaceutical Sciences, 4(2), 254-264.
Benelli, G, & Mehlhorn, H. (2016). Declining malaria, rising of dengue and Zika virus: insights for mosquito vector control. Parasitology Research, 115(5), 1747-1754.
Bernardo, L. C., De Oliveira, M. B., Da Silva, C. R., Dantas, F. J., De Matros, J. C., Caldeira, A. A., Moura, R. S., & Bernardo Filho, M. (2002). Biological effects of rutin on the survival of Escherichia coli AB1157 and on the electrophoretic mobility of plasmid PUC9.1 DNA. Cellular and Molecular Biology, 48(5), 517-520.
Cheng, S. S., Changa, H., Changa, S., Tsaib, K., & Chenc, K. (2003). Bioactivity of selected plant essential oils against the yellow fever mosquito Aedes aegypti larvae. Bioresouurse Techology, 89, 99-102.
Colegate, S. M., & Molyneux, R. J. Bioactive natural products: detection, isolation, an structural determination. Boca Raton: CRC, 1993.
De Feo, V., De Simone, F., & Senatore, F. (2002). Potential allelochemicals from the essential oil of Ruta graveolens. Phytochemistry, 61, 573-578.
Gina, M., Rojas, L., & Usubillaga, A. (2008) Estudio del aceite esencial de Ruta graveolens L. que crece en el Estado Mérida, Venezuela. Revista de Faculdade de Farmácia, 50(1),7-9.
Govindarajan, M., Sivakumar, R., Rajeswary, M., & Yogalakshmi K. (2013). Chemical composition and larvicidal activity of essential oil from Ocimum basilicum (L.) against Culex tritaeniorhynchus, Aedes albopictus and Anopheles subpictus (Diptera: Culicidae). Experimental Parasitology, 134, 7-11.
Marques, D. M., Rocha, J. F., Almeida, T. S., & Mota, F. M. (2021). Essential oils of caatinga plants with deletary action for Aedes aegypti: a review. South African Journal of Botany, 143, 69-78.
Mejri, J., Abderrabba, M.., & Mejri, M. (2010). Chemical composition of the essential oil of Ruta chalepensis L: influence of drying, hydro-distillation duration and plant parts. Industrial Crops and Products, 32: 671-673.
Mendes, L. A., Martins, G. F., Valbon, W. R., Souza, T. D. S., Menini, L., Ferreira, A., & Ferreira, M. F. S. (2017). Larvicidal effect of essential oils from Brazilian cultivars of guava on Aedes aegypti L. Industrial Crops & Products, 108, 684-689.
Nasser, S., Costa, M. P. M. da, Ferreira, I. L. M., & Lima, J. B. P. (2021). k-Carrageenan-Bacillus thuringiensis israelensis hydrogels: a promising material to combat larvae of the Aedes aegypti mosquito. Carbohydrate Polymer Technologies and Applications, 2, 1-8.
Orlanda, J. F. F., & Nascimento, A. R. (2015). Chemical composition and antibacterial activity of Ruta graveolens L. (Rutaceae) volatile oils, from São Luís, Maranhão, Brazil. South African Journal of Botany, 99, 103–106.
Pandiyan, N, Mathew, N, & Munusamy, S. (2019). Larvicidal activity of selected essential oil in synergized combinations against Aedes aegypti G. Ecotoxicology and Environmental Safety, 174, 549-556.
Pavela, R., Maggi, F., Lupidi, G., Mbuntcha, H., Woguem, V., Womeni, H. M., Barboni, L., Tapondjou, L. A., & Benelli, G. (2018). Clausena anisata and Dysphania ambrosioides essential oils: from ethno-medicine to modern uses as effective insecticides. Environmental Science and Pollution Research International, 25(11), 10493-10503.
Pirani, J. R., & Groppo, M. Em catálogo de espécies de plantas e fungos do Brasil. Forzza, R. C., et al. Jardim Botânico do Rio de Janeiro: 2010, 592-1600.
Pizzi, M. (1950). Sampling variation of the fifty percent end-point, determined by the Reed-Muench (Behrens) Method. Human Biology, 22, 151-190.
Reed, L. J, & Muench, H. (1938). A simple method of estimating fifty per cent end-points. American Journal of Tropical Medicine and Hygiene, 27, 493-497.
Rustaiyan, A., Khossravi, M., & Sultani-Lotfabadif, Y. M. (2002). Constituents of the essential oil of Ruta chalepensis from Iran. Journal of Essential Oil Research, 14, 378-379.
Silva, P. T., Santos, H. S., Teixeira, A. M. R., Bandeira, P. N., Holanda, C. L., Vale, J. P. C., Pereira, E. J. P., Menezes, J. E. S. A., Rodrigues, T. H. S., Souza, E. B., Silva, H. C., & Santiago, G. M. P. (2019). Seasonal variation in the chemical composition and larvicidal activity against Aedes aegypti of essential oils from Vitex gardneriana Schauer. South African Journal of Botany, 124, 329-332.
Tabanca, N, Demirci, B, Kiyan, H, Ali, A, Bernier, U, Wedge, D. E., Khan, I, & Başer, K. (2012) Repellent and larvicidal activity of Ruta graveolens essential oil and its major individual constituents against Aedes aegypti. Planta Medica, 78, 90.
Viuda-Martos, M, Mohamady, M. A., Fernández-López, J, Abd ElRazik, K. A., Omer, E. A, & Pérez-Alvarez, J. A. (2011). In vitro antioxidant and antibacterial activities of essentials oils obtained from Egyptian aromatic plants. Food Control, 22, 1715-1722.
Yamashita, O. M, Fernandes Neto, E, Campos, O. R & Guimarães, S. C. (2010). Fatores que afetam a germinação de sementes e emergência de plântulas de arruda (Ruta graveolens L.). Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 11(2), 202-208.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 José Fábio França Orlanda; Adenilde Nascimento Mouchrek
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.