Ocorrência de Bruquíneos (Coleoptera: Bruchidae) em Sementes de Emmotum nitens (Benth.) Miers
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20100Palavras-chave:
Coleópteros; Diásporos; Icacinaceae.Resumo
Emmotum nitens (Benth.) Miers, conhecida popularmente como Sobre, Carvalho-do-Cerrado, Salgueiro, entre outros, pertence à família Icacinaceae, está amplamente dispersa pelos Cerrados do Brasil, sendo uma das espécies de maior importância. Os coleópteros da subfamília Bruchidae (Chrysomelidae) são importantes predadores de sementes, principalmente de leguminosas, sendo que suas larvas se alimentam exclusivamente de sementes, atacando principalmente o embrião. O objetivo neste trabalho foi elucidar a oviposição, desenvolvimento e ciclo completo de coleópteros da subfamília Bruchidae em frutos e sementes de E. nitens. Foi observada uma porcentagem de 47% de frutos com a presença de oviposição na face externa (exocarpo) e 21,4% de sementes predadas por estes bruquíneos. Após o seu ciclo completo, os coleópteros adultos emergem pelo orifício presente na parede do mesocarpo. O tempo de seu ciclo e seus instares levam em torno de seis meses.
Referências
Almeida, S. D., Proença, C. E., Sano, S. M., & Ribeiro, J. F. (1998). Cerrado: espécies vegetais úteis. Embrapa-CPAC, 464.
Alves, M. V. P., & Silva, J. C. (2013). Fenologia de Emmotum nitens, Benth., Miers, Icacinaceae, na Reserva Ecológica Cerradão, Embrapa Cerrados, Planaltina, DF. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, 8(1), 18.
Arruda, D. M., Brandão, D. O., Veloso, M. D. D. M., & Nunes, Y. R. F. (2015). Germinação de sementes de três espécies de Fabaceae típicas de floresta estacional decidual. Pesquisa Florestal Brasileira, 35(82), 135-142.
Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. (2009). Regras para análise de sementes.
Castellani, T. T., & Santos, F. A. (2005). Fatores de risco à produção de sementes de Ipomoea pes-caprae. Brazilian Journal of Botany, 28, 773-783.
Center, T. D., & Johnson, C. D. (1974). Coevolution of some seed beetles (Coleoptera: Bruchidae) and their hosts. Ecology, 55(5), 1096-1103.
Cuaranhua, C. J. (2010). Frutificação, dispersão e predação por insetos de frutos/sementes de imbuia (Ocotea porosa).
Felfini, J. M., Fagg, C. W., da SILVA, J. C. S., de Oliveira, E. C. L., Pinto, J. R. R., & Ramos, K. M. O. (2002). Plantas da APA Gama e Cabeça de Veado: espécies, ecossistemas e recuperação. UNB. Departamento de Engenharia Florestal.
Fernandes-Bulhão, C. Padrões fenológicos de espécies arbóreas do Cerradão Distrófico na Reserva Ecológica da Embrapa cerrados. 2002. p-60 (Doctoral dissertation, Dissertação de Mestrado. Universidade de Brasília, Planaltina-DF).
Fonseca, A. G., Júnior, S. L. A., Titon, M., Lemes, P. G., & Machado, E. L. M. (2020). Sementes de Senegalia polyphylla (Fabaceae) atacadas por bruquíneos podem ser viáveis? Pesquisa Florestal Brasileira, 40.
Grenha, V, Macedo, M. V, Monteiro, R. F. (2008). Predação de sementes de Allagoptera arenaria (Gomes) O’ Kuntze (Arecacea) por Pachymerus nucleorum Fabricium (Coleoptera, Crysomelidae, Bruchinae). Revista Brasileira da Entomologia, 52(1), 50-56.
Kageyama, P.Y. & Pinã-Rodrigues, F. C. M. (1993). Fatores que afetam a produção de sementes. In: Aguiar, I. B., Pinã-Rodrigues, F. C. M., Figliolia, M. B. (Coord.). Sementes Florestais Tropicais. ABRATES, 19-46.
Kingsolver, J. M. (2004). Handbook of the Bruchidae of the United States and Canada (Insecta, Coleoptera).
Lomônaco, C. (1994). Predação de sementes de leguminosas por bruquídeos (Insecta: Coleoptera) na Serra dos Carajás, Pará, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 8, 121-127.
Moreira, A. G. (1987). Aspectos demograficos de emmotum nitens (Benth) Miers (icacinaceae) em um cerradão distrofico no Distrito Federal.
Ribeiro, J. F., & Walter, B. M. T. (2008). As principais fitofisionomias do bioma Cerrado. Cerrado: ecologia e flora, 1, 151-212.
Ribeiro, J. F., Silva, J. C. S., & Batmanian, G. J. (1985). Fitossociologia de tipos fisionômicos de cerrado em Planaltina, DF. Revista brasileira de botânica, 8(2).
Ribeiro-Costa, C.S., Almeida, L.M. (2009). Bruchidae (Coleoptera: Chrysomelidae). In: Panizzi, A. & ParraJ.R.P. Bioecologia e Nutrição de Insetos: Base para o manejo Integrado de Pragas. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, Brasil.
Ribeiro-Costa, C. S., & Costa, A. D. S. (2002). Comportamento de oviposição de Bruchidae (Coleoptera) predadores de sementes de Cassia leptophylla Vogel (Caesalpinaceae), morfologia dos ovos e descrição de uma nova espécie. Revista Brasileira de Zoologia, 19, 305-316.
Romero Nápoles, J., Ayers, T. J., & Dan Johnson, C. (2002). Cladistics, bruchids and host plants: evolutionary interactions in Amblycerus (Coleoptera: Bruchidae). Acta zoológica mexicana, (86), 01-16.
Santos, G. P., Araújo, F. D. S., Monteiro, A. J., & Neto, H. F. (2015). Danos Causados por Plocetes SP. (Coleoptera, Curculionidae) e Lendoptera em Sementes de Guiné-do-Mato-Coutareae Hexandra (RUBIACEAE). Ceres, 41(238).
Sari, L. T., Ribeiro-Costa, C. S., & Medeiros, A. C. S. (2002). Insects associated with seeds of Lonchocarpus muehlbergianus hassl. (Fabaceae) in Três Barras, Paraná, Brazil. Neotropical Entomology, 31, 483-486.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Marcus Vinicius Prado Alves; Jose Carlos Sousa Silva; Cassia Duarte Oliveira; Antonia Isadora Fernandes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.