Uso de geotecnologias para determinação de áreas de preservação permanente em trecho da Sub-bacia do Rio Piranhas, Semiárido, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20138

Palavras-chave:

Delimitação; Sensoriamento remoto; Mata ciliar.

Resumo

A delimitação de habitats geomorfológicos proporciona a identificação de áreas com maior relevância ecológica. O objetivo deste trabalho foi delimitar, utilizando geotecnologias, a rede de drenagem e fragmentos da mata ciliar da sub-bacia do alto Piranhas/PB. O trabalho foi desenvolvido em trechos do rio Piranhas, iniciando no açúde de São Gonçalo, próximo ao município de Sousa, Paraíba, e seguindo cerca de 20 km a direção da nascente do rio, localizada no município de Bonito de Santa Fé. Foram utilizadas as imagens dos satélites Sentinel 2 B, e a composição de RGB (vegetação, corpos hídricos e solo) foi a RGB: 4 – 3 – 2. As Áreas de Preservação Permanente da sub-bacia foram desenhadas utilizando a ferramenta de delimitação (Buffer). Os layouts dos mapas foram confeccionados no software QGIS versão 2.18.1. Os dados cartográficos gerados se deram no sistema de referência datum SIRGAS2000 e em coordenadas geográficas. Foram identificados locais em que a faixa destinada à preservação sofria degradação. Os impactos ambientais ficam mais evidentes ao modo que se afasta do Açude de São Gonçalo, pondo em evidência a supressão da vegetação nativa, substituída pela pequena agricultura, pastagens e construção de moradias. Os pontos 1 e 3 se encontravam com o maior número de indivíduos de vegetação aberta e densa, e os pontos 2 e 4 com grandes áreas de cultivo e pastagens. Há uma escassez de vegetação nativa, pelo uso inadequado do solo em alguns pontos da Área de Preservação Permanente, em contraposição ao que rege a legislação.

Referências

Alvares, C. A., Stape, J. L., Sentelhas, P. C., Gonçalves, J. L. de M. & Sparovek, G. (2014). Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, 22, 711–728.

ANA - Agência Nacional de Águas (2019). Plano de recursos hídricos da bacia hidrográfica do rio Piancó-Piranhas-Açu. Brasília: ANA.

Araújo, J. K. P., Santos, D.S., Bezerra, R. N. O., Araújo, J. S. O., Brito, M. S., Barbosa, F. M., Gomes, A. C., Macedo, R. O. & Lacerda, A.V. (2018). Estrutura e padrões de distribuição espacial de Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan (Fabales:Fabaceae) presente no estrato regenerante em área de mata ciliar no Cariri Ocidental Paraibano. Revista Brasileira de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, 5(9), 231-238. https://docs.google.com/viewerng/viewer?url=http://revista.ecogestaobrasil.net/v5n9/v05n09a14.pdf&hl=pt_BR

Araujo, J.S.O. (2018). Análise do Componente Arbustivo-arbóreo regenerante em área de mata ciliar degradada no Cariri Paraibano. Sumé: Universidade Federal de Campina Grande.

Brasil. (1997). Lei 9.433 de 08 de janeiro de 1997. Política Nacional de Recursos Hídricos. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9433.htm.

Brasil. (2012). Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Novo Código Florestal Brasileiro. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm

Calheiros, R. O., Tabai, F. C. V., Bosquilia, S. V. & Calamari, M. (2004). Preservação e recuperação das nascentes (de água e de vida). Piracicaba: Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivarí e Jundiaí – CTRN.

Farias, S. R. A. (2004). Operação integrada dos reservatórios Engenheiro Ávidos e São Gonçalo. Campina Grande: Universidade Federal de Campina Grande

Haas, A., Conceição, S. R., Descovi Filho, L. & Henkes, J.A. (2018). Delimitação e caracterização de app através do uso de um sistema de informação geográfica (SIG): o caso das app’s nos cursos de água da sub-bacia do lajeado pardo, noroeste do RS. R. gest. sust. ambient., 7(3), 640-649. https://www.researchgate.net/profile/leonidas_filho2/publication/329454195_delimitacao_e_caracterizacao_de_app_atraves_do_uso_de_um_sistema_de_informacao_geografica_sig_o_caso_das_app's_nos_cursos_de_agua_da_sub-bacia_do_lajeado_pardo_noroeste_do_rs/links/5c09b673299bf139c74463be/delimitacao-e-caracterizacao-de-app-atraves-do-uso-de-um-sistema-de-informacao-geografica-sig-o-caso-das-apps-nos-cursos-de-agua-da-sub-bacia-do-lajeado-pardo-noroeste-do-rs.pdf

Jensen, J. R. (2009). Sensoriamento Remoto do Ambiente: Uma perspectiva sobre recursos terrestres. São José dos Campos, SP: Parêntese.

Lima, J. R., Barbosa, M. P. & Dantas Neto, J. (1998). Avaliação do incremento de açudes e sua relação com o uso do solo, através do uso de imagens TM/Landsat-5: Estudo de Caso. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 2(2), 243-245. http://www.scielo.br/pdf/rbeaa/v2n2/1415-4366-rbeaa-02-02-0243.pdf.

Macedo, H. P. (2014). Uma nova agenda para o semiárido do Nordeste. Rio de Janeiro: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Melo Filho, V. C., Vieira, A. S., Medeiros, A. C., Moreira, A. R. & Maracaja, P. B. (2019). Análise da pegada hídrica no perímetro irrigado de São Gonçalo, localizado no sertão paraibano. GAS – Grupo de Gestão Ambiental no Semiárido, 1(1), 14-24. http://150.165.111.246/revista-ccjs/index.php/rima/article/view/4/3.

Mendes, A. T. (2018). Delimitação da bacia hidrográfica do Rio Santo Antônio pela ferramenta de delimitação automática TauDEM. Revista Brasileira de Geografia Física, 11 (3). https://periodicos.ufpe.br/revistas/rbgfe/article/view/234278/30098

Mendes, I. L. F., Reis Filho, A. A. & Espindola, G. M. (2019). Uso do SIG na delimitação e mapeamento das áreas de preservação permanente do rio Poti (Teresina/PI). Braz. J. of Develop. 5(1), 864-875. http://www.brjd.com.br/index.php/BRJD/article/view/1030/900.

Mesquita, E. A., Cruz, M. L. B. & Pinheiro, L. R. O. (2012). Geoprocessamento aplicado ao mapeamento das formas de uso da terra na área de preservação permanente (APP) da Lagoa do Uruaú – Beberibe/CE. Revista Geonorte, 2(4), 1509-1518. https://www.periodicos.ufam.edu.br/index.php/revista-geonorte/article/view/2238/2081

Nascimento, A. P. P. (2018). Analise multitemporal das matas ciliares do município de ipanguaçu-rn pelo uso do processamento digital de imagens. Natal: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte.

Oliveira, T. H., Machado, C. C. C., Silva, J. S., Galvincio, J. D., Pimentel, R. M. M. & Silva, B. B. (2010). Índice de Umidade (NDWI) e Análise Espaço-Temporal do Albedo da Superfície da Bacia Hidrográfica do Rio Moxotó-PE. Revista Brasileira de Geografia Física, 3, 55-69. doi: https://doi.org/10.26848/rbgf.v3i2.232669

Santos, J. W. M. C., Pessi, D. D. & Loverde-Oliveira, S.M. (2018). Caracterização da flora arbórea na mata ciliar do córrego Arareau no perímetro urbano de Rondonópolis (Mato Grosso). Biodiversidade, 17(1), 127-142. http://www.periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/biodiversidade/article/view/6542/4259.

Silva, B. B., Braga, A. C. & Braga, C. C. (2011). Balanço de radiação no perímetro irrigado São Gonçalo-PB mediante imagens orbitais. Revista Caatinga, 24(3), 145-152. https://periodicos.ufersa.edu.br/index.php/caatinga/article/view/2282/4764.

Silva, B. B., Galvincio, J. D., Montenegro, S. M. G. L., Machado, C. C. C., Oliveira, L. M. M. O. & Moura, M. S. B. (2013). Determinação por sensoriamento remoto da produtividade primária bruta do perímetro irrigado São Gonçalo-PB. Revista Brasileira de Meteorologia, 28(1), 57-64. https://pdfs.semanticscholar.org/af26/49808d00bc0302e9fadffd835acea3a96f27.pdf?_ga=2.191367210.1628534387.1631571702-1677368277.1631571702.

Silva, T. C., Ramos, M. A., Alvarez, I. A., Kill, L. H. P. & Albuquerque, U. P. (2011). Representações dos proprietários e funcionários de fazendas sobre as mudanças e conservação da vegetação ciliar às margens do rio São Francisco, Nordeste do Brasil. Sitientibus série Ciências Biológicas, 11(2), 279–285. https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/58191/1/Artigo-Kiill.pdf.

Siqueira, E. C., Silva, S. N., Lopes, F. G., Andrade, F. E. & Braga, C. F. (2018). Avaliação dos impactos da seca no perímetro irrigado de são Gonçalo-PB. Revista Principia, 40, 21-27. http://periodicos.ifpb.edu.br/index.php/principia/article/viewFile/1285/860.

U.S.G.S. Department of the Interior. U.S. Geological Survey. https://earthexplorer.usgs.gov

Valle Junior, R. F., Val, B. H. P., Carmo, D. A., Souza, M. A. S. C. & Abdala, V. L. (2011). Diagnóstico das áreas de preservação permanente na microbacia hidrográfica do córrego Jataí. Revista Caatinga, 24(3), 153-157. https://periodicos.ufersa.edu.br/index.php/caatinga/article/view/1965/4749.

Victoria, D. C., Hott, M. C. & Miranda, E. E. (2008). Delimitação de áreas de preservação permanente em topos de morros para o território Brasileiro. Revista Geográfica Acadêmica, 2(2) 66-72. https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/17750/1/2203.pdf

Zakia, M. J. B., Ferraz, F. F. B, Righeto, A. M. & Lima, W. P. (2009). Delimitação da zona ripária em uma microbacia. Revista Agrogeoambiental, 1(1), 51-61.

Downloads

Publicado

15/09/2021

Como Citar

RAMOS, G. G.; ANJOS, D. M. dos; LIMA, J. R. de; VASCONCELOS, G. dos S.; RIBEIRO, I. R. Uso de geotecnologias para determinação de áreas de preservação permanente em trecho da Sub-bacia do Rio Piranhas, Semiárido, Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 12, p. e121101220138, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i12.20138. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/20138. Acesso em: 2 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas