Levantamento florístico na Caatinga: comparação entre uma área preservada e uma área degradada no Sertão Pernambucano
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20153Palavras-chave:
Caatinga; Espécies; Índices; Preservação.Resumo
O objetivo desse trabalho foi coletar e identificar espécies nativas da composição florista em duas áreas diferentes na cidade de Salgueiro-PE. A coleta foi realizada no município Formiga, em uma área de mata nativa preservada e no sítio Uri, onde foi visto a área degradada. Em todas as áreas foram demarcados 2 transectos retangulares (10x30m) distribuídos no entorno de cada área, cada transecto era composto por três parcelas quadrangulares (10x20m) separadas por um intervalo de 10m. Foram coletadas 102 espécies na área degradada e distribuídas em famílias botânicas. Na área preservada foram encontrados 375 indivíduos pertencentes a famílias e espécies diferentes, possuindo um número maior de espécies, ou seja, uma maior biodiversidade e uma rica variedade arbóreo-arbustiva em relação a área degradada. O valor encontrado de Shannon-Weaver (H’) na área degradada (A) 1, 75 e na área preservada (B) 2,51, indicando que área B é mais diversa e que A. E quanto ao índice de dominância de Simpson (C) o valor observado foi de 0,90 na área (A) e 0,76 na área (B). Os valores observados de equabilidade foi de foi de 0,90 para a área preservada e 0,84 para a área degradada, ou seja, o baixo valor reflete que há uma menor uniformidade referente à distribuição vegetal na área degradada. De cordo com os índices de diversidade podemos perceber que a área degradada perde sua diversidade em espécies, ou seja, perde sua riqueza que pode influenciar nas características do solo, da fauna e nas interações bióticas e abióticas.
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