Análise dos perfis epidemiológicos da leishmaniose visceral e da coinfecção leishmaniose visceral-HIV no Piauí, 2007 a 2019
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20247Palavras-chave:
Leishmaniose Visceral; Infecções por HIV; Epidemiologia.Resumo
O presente estudo tem como objetivo analisar os perfis epidemiológicos da Leishmaniose Visceral (LV) e da coinfecção Leishmaniose Visceral-HIV (LV-HIV) no estado Piauí, no período de 2007 a 2019. O método de pesquisa utilizado foi o estudo epidemiológico descritivo, do tipo quantitativo, referente ao perfil epidemiológico dos casos de leishmaniose visceral e da coinfecção LV-HIV no Piauí do período de 2007 a 2019, notificados e confirmados no SINAN (Sistema de Informações de Agravos de Notificação). Dos 2.797 casos de leishmaniose visceral notificados foram descartados os casos “brancos/ignorados” (n=486) assinalados no subcampo 34 da ficha de notificação SINAN LV, totalizando uma amostra de 2.311 casos, dos quais 2.015 (87,2%) apresentavam apenas LV e 296 (12,8%) coinfecção LV-HIV. No Piauí, a LV é considerada um grave problema de saúde pública e foi constatado que os pacientes com leishmaniose visceral com e sem coinfecção HIV eram, em sua maioria, homens e procedentes da zona urbana, com idade de 1 a 4 anos para a LV e 20 a 39 anos para LV-HIV, com o principal método de confirmação laboratorial em ambos os grupos, tendo um bom percentual de cura (80%), uma alta letalidade (10,13%) e recidiva (10%).
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