Implicações da multiplicidade de atribuições para a saúde da mulher

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20415

Palavras-chave:

Saúde da Mulher; Promoção da Saúde; Enfermagem; Qualidade de vida.

Resumo

A cada dia, a mulher tem ampliado suas conquistas, porém, além da possibilidade de inserção no mercado de trabalho e nos estudos, elas levaram consigo diversas outras atribuições, como as responsabilidades domésticas e o ato de cuidar dos filhos e familiares, o que se constitui em um grande desafio. Consciente dessa realidade torna-se necessário melhor entendimento das condições de vida e saúde das mulheres, em seu aspecto integral. Nesse contexto, o objetivo desse estudo é compreender os efeitos da multiplicidade de atribuições para a saúde da mulher. Trata-se de um estudo exploratório, de abordagem qualitativa, ancorado no referencial teórico-metodológico da dialética. Questionário semiestruturado e entrevistas foram realizadas junto a 17 mulheres com faixa etária entre 20 e 59 anos, que possuíam multiplicidade de atribuições. Os dados foram analisados pelo conteúdo, na perspectiva de Bardin. Os dados empíricos revelaram que as atribuições que mais influenciam na saúde das mulheres foram as que comportam a relação com a casa e afazeres domésticos, com os filhos e família, e com o trabalho. A flexibilização e o autocuidado se mostram como desafio para a preservação do bem-estar e qualidade de vida e manutenção do equilíbrio físico, social e mental.

Biografia do Autor

Isabela Flávia dos Santos, Universidade Federal de São João del Rei

Enfermeira pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Especialista em Atenção Básica e Saúde da Família, pela Residência em Enfermagem (RESENF) da Universidade Federal de São João del Rei, Campus CCO.

Luciana Netto, Universidade Federal de São João del Rei

Doutora em Enfermagem. Professora da Universidade Federal de São João del-Rei – UFSJ. Divinópolis, MG – Brasil.

Referências

Bardin L. (2016). Análise de conteúdo. Lisboa, Portugal: Edições 70, LDA.

Barreto, M. L. (2017). Health inequalities: a global perspective. Cien Saude Colet, 22(7), 2097-2108.

Bezerra, J. F., Lara, S. R. G., Nascimento, J. L. & Barbieri, M. (2018).Care for women subjected to sexual violence and public health policies: an integrative literature review.Rev Bras Promoç Saúde, 31(1), 1-12.

Bhattacharya, A., Camacho, D., Kimberly, L. L. & Lukens, E.P. (2019). Women’s Experiences and Perceptions of Depression in India: A Metaethnography. Qualitative Health Research, 29(1), 80-95.

Braga, N. L., Araujo, N. M. & Maciel, R. H. Working conditions of women: An integrative review of Brazilian literature. Psicol. teor. prat. 2019; 21 (2): 232-251.

Brasil. Ministério da Saúde. (2004).Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes. Brasília (DF): Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nac_atencao_mulher.pdf

Costa, F. A. (2018). Women, work and family: the impacts of work in women's subjectivity and in its family relationships.Pretextos, 3 (6), 434-452.

Comes, Y., Pereira, L. L., Sima, P., Ribeiro, I., Vivas, G. & Rosales, C. (2020). Women's health and empowerment: a study of case of the More Doctors Program in municipalities with presence of Cuban doctors. Rev Panam Salud Publica, 44, 1-7.

Divinópolis. (2020). Sistema de Informação em Saúde (SIS). Divinópolis (MG): Secretaria Municipal de Saúde.

Fontanella, B. J. B., Ricas, J. & Turato, E. R. (2008). Saturation sampling in qualitative health research: theoretical contributions.Cad. Saúde Pública, 24(1), 17-27.

Hay, K., McDougal, L., Percival, V., Henry, S., Klugman, J., Wurie, H., … Raj, A. (2019). Disrupting gender norms in health systems: making the case for change. Lancet, 393 (10190), 2535-2549.

Heymann, J., Levy, J. K., Bose, B., Ríos-Salas, V., Mekonen, Y., Swaminathan, H., … Darmstadt, G.L. (2019). Improving health with programmatic, legal, and policy approaches to reduce gender inequality and change restrictive gender norms. Lancet, 393 (10190), 2367-2377.

Koch, I.V. (2010). A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto.

Michelatoyoshiy, S. & Kienen, N. (2018). Time management: a behavior analysis interpretation. Psicol. educ., 47, 67-77.

Minayo, M. C. S. (2015). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 34tª edição. Petrópolis: Vozes.

Organização Mundial de Saúde (OMS). (2011). Mulheres e saúde: evidências de hoje, agenda de amanhã. http://biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2021/04/mulheres-saude-evidencias-hoje-agenda-amanha.pdf

Pedrosa, M. & Zanello, V. (2016). (In)visibility of violence against women in mental health. Psic.: Teor. e Pesq., 32, 1-8.

Piolli, K. C., Decesaro, M. N. & Sales, C. A. (2018). (Not) taking care of yourself as a woman while being a caregiver of a partner with cancer. Rev Gaúcha Enferm, 39 (e2016-0069), 1-7.

Rabelo, A. R. M. & Silva, K. L. (2019). Care of the self and power relations: female nurses taking care of other women. Rev. Bras. Enferm., 69 (6), 1204-1214.

Rocha, R. Z., Galeli, P. R. & Antoni, C. (2019). Social and affective support of women who have experienced intimate partner violence. Contextos Clínicos, 12 (1), 124-152.

Samosir, O. B., Kiting, A. S. & Aninditya, F. (2020). Role of Information and Communication Technology and Women’s Empowerment in Contraceptive Discontinuation in Indonesia. J Prev Med Public Health, 53(2), 117-125.

Santos, L.S. & Diniz, G.R.S. (2018). Mental health of houseWives: a feminist-phenomenological-existential perspective. Psicol. clin., 30(1), 37-59.

Senicato, C., Azevedo, R.C.S. & Barros, M.B.A. (2018). Common mental disorders in adult women: identifying the most vulnerable segments. Cien Saude Colet, 23(8), 2543-2554.

Silva Junior, L. A. & Leão, M. B. C. (2018). Atlas.ti software as a resource for content analysis: analyzing robotics in science teaching in Brazilian theses. Ciênc. educ. (Bauru), 24(3), 715-728.

Simao, A. B. (2019). Between the ideal and the real: perceptions and practices about the division of domestic and care activities in Brazil. Rev. bras. estud. popul., 36(e0078), 1-7.

Soaigher, K. A., Acencio, F. R. & Cortez, D. A. G. (2016). The power of vanity and self care in quality of life. Cinergis, 18(1), 69-72.

Tong, A., Sainsbury, P. & Craig, J. (2007). Consolidated criteria for reporting qualitative research (COREQ): a 32-item checklist for interviews and focus groups. Int J Qual Health Care, 19(6), 349-357.

Vieira, P. R., Garcia, L. P. & Maciel, E. L. N. (2020). The increase in domestic violence during the social isolation: what does it reveals?. Rev. bras. epidemiol., 23(e200033), 1-5.

Vilela, N. G. S. & Lourenço, M. L. (2018). Work-Family Conflict: A Multiple Case Study with Working Women.Pensando fam., 22(2), 52-69.

Zanettini, A., Urio, A., Souza, J. B. & Geremia, D. S. (2019). The Motherhood Experiences and the Conception of Mother-Baby Interaction: Interfaces Between Primiparous Adult Mothers and Adolescents. J. res.: fundam. care. 2019; 11(3), 655-663.

Ziwchak, D. J. V. & Aristides, J. L. (2019). Perception of family members regarding their role in caring for the child and adolescent users of a CAPS for children and adolescents. Arq. Ciênc. Saúde UNIPAR, 23(3), 181-187.

Downloads

Publicado

24/09/2021

Como Citar

SANTOS, I. F. dos .; NETTO, L. Implicações da multiplicidade de atribuições para a saúde da mulher. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 12, p. e376101220415, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i12.20415. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/20415. Acesso em: 27 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde