Interações de medicamentos alopáticos com fitoterápicos à base de Ginkgo biloba e Valeriana officinalis

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20444

Palavras-chave:

Fitoterapia; Fitoterapia. Interação Medicamentosa. Ginkgo Biloba. Valeriana Officinalis.; Interação medicamentosa; Ginkgo biloba; Valeriana Officinalis.

Resumo

A fitoterapia é uma ciência que estuda a ação das plantas no uso terapêutico e os medicamentos produzidos a partir desse estudo são chamados de fitoterápicos. As interações medicamentosas (IM) podem afetar a eficácia e segurança de tratamento com fitoterápicos, dessa forma, sua utilização deve ocorrer de forma correta, eficaz e segura. Objetivou-se identificar interações medicamentosas potencias entre fármacos e medicamentosas fitoterápicos a base de Ginkgo biloba (GB) e Valeriana officinalis (VO), bem como os potenciais eventos adversos destas interações. O estudo proposto é baseado em uma análise do uso de alguns fitoterápicos com medicamentos alopáticos, sendo uma pesquisa nas bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE/PubMed), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), Google Acadêmico, com o período de tempo proposto de 2010 a 2020, usando como descritores: Interação Medicamentosa Ginkgo biloba, Interação Medicamentosa Valeriana officinalis. Sendo inclusos as interações que constarem no programa de interações IBM Micromedex® e excluídas as interações de severidade leve e/ou que não constarem no programa. Foram identificados potenciais IM do GB com anti-inflamatórios e anticoagulantes, aumentando o risco de sangramento e potenciais IM da VO com fármacos depressões do sistema nervoso central. O uso desses fitoterápicos precisa de monitoramento, principalmente quando o paciente já faz uso de polifarmácia.

Referências

Abebe, W. (2002). Herbal medication: potential for adverse interactions with analgesic drugs. Journal of Clinical Pharmacy and Therapeutics, 27(6), 391–401. https://doi.org/10.1046/j.1365-2710.2002.00444.x.

.

Al-Attraqchi, O. H. A., Deb, P. K., & Al-Attraqchi, N. H. A. (2020). Review of the Phytochemistry and Pharmacological Properties of Valeriana officinalis. Current Traditional Medicine, 6(4), 260–277. https://doi.org/10.2174/2215083805666190314112755.

Alexandre, R. F., Bagatini, F., & Simões, C. M. O. (2008a). Interações entre fármacos e medicamentos fitoterápicos à base de ginkgo ou ginseng. Revista Brasileira de Farmacognosia, 18(1), 117–126. https://doi.org/10.1590/s0102-695x2008000100021.

Alexandre, R. F., Bagatini, F., & Simões, C. M. O. (2008b). Potential interactions between drugs and valerian or garlic herbal medicines. Revista Brasileira de Farmacognosia, 18(3), 455–463. https://doi.org/10.1590/S0102-695X2008000300021.

Botelho, L. L. R., Cunha, C. C. A., & Macedo, M. (2011). O método da revisão integrativa nos estudos organizacionais. Gestão e Sociedade. Belo Horizonte.5(2),121-136.

Bressler, R. (2005). Herb-drug interactions: interactions between Ginkgo biloba and prescription medications. Geriatrics, 60(4), 30–33. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15823059.

Carneiro, A. L. C., & Comarella, L. (2016). Principais interações entre plantas medicinais e medicamentos. Revista Saúde e Desenvolvimento, 09(5), 1–16.

Dias, E. C. M., Trevisan, D. D., Nagai, S. C., Ramos, N. A., & Silva, E. M. (2018). Uso de fitoterápicos e potenciais riscos de interações medicamentosas: reflexões para prática segura. Revista Baiana de Saúde Pública, 41(2). https://doi.org/10.22278/2318-2660.2017.v41.n2.a2306.

Galluzzi, S., Zanetti, O., Binetti, G., Trabucchi, M., & Frisoni, G. B. (2000). Coma in a patient with Alzheimer’s disease taking low dose trazodone and ginkgo biloba. Journal of Neurology Neurosurgery and Psychiatry, 68(5), 679–680. https://doi.org/10.1136/jnnp.68.5.679.

Gelatti, G. T., Oliveira, K. R. de, & Colet, C. de F. (2016). Potenciais interações relacionadas ao uso de medicamentos, plantas medicinais e fitoterápicos em mulheres no período do climatério. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online, 8, 4328–4346. https://doi.org/https://doi.org/10.9789/2175-5361.2016.v8i2.4328-4346.

Granger, A. S. (2001). Ginkgo biloba precipitating epileptic seizures. Age and Ageing, 30(6), 523–525. https://doi.org/10.1093/ageing/30.6.523.

Hernández, D. S., Castro, M. M. S., & M. J. F. D. (2007). Método Dáder: guía de seguimiento farmacoterapéutico. Granada: Grupo de Investigación en Atención Farmacéutica, Universidade de Granada.

Izzo, A. A., & Ernst, E. (2001). Interactions Between Herbal Medicines and Prescribed Drugs. Drugs, 61(15), 2163–2175. https://doi.org/10.2165/00003495-200161150-00002.

Jiang, X., Williams, K. M., Liauw, W. S., Ammit, A. J., Roufogalis, B. D., Duke, C. C., … McLachlan, A. J. (2005). Effect of ginkgo and ginger on the pharmacokinetics and pharmacodynamics of warfarin in healthy subjects. British Journal of Clinical Pharmacology, 59(4), 425–432. https://doi.org/10.1111/j.1365-2125.2005.02322.x.

Lin, Y. Y., Chu, S. J., & Tsai, S. H. (2007). Association between priapism and concurrent use of risperidone and Ginkgo biloba [2]. Mayo Clinic Proceedings, 82(10), 1289–1290. https://doi.org/10.4065/82.10.1289.

Maia, L. S., Souza, L. Q. R. de, Neto, A. P. de A., Andrade, M. A., Silva, R. M. da, Medeiros, C. I. S., & Filho, A. A. de O. (2019). Phytotherapic potential of valerian officinalis applied to odontology. Journal of Medicine and Health Promotion, 4, 1291–1297. https://doi.org/10.1088/1751-8113/44/8/085201.

Meisel, C., Johne, A., & Roots, I. (2003). Fatal intracerebral mass bleeding associated with Ginkgo biloba and ibuprofen. Atherosclerosis, 167(2), 367. https://doi.org/10.1016/s0021-9150(03)00015-7.

Nicoletti, M. A., Oliveira-Júnior, M. A., Bertasso, C. C., Caporossi, P. Y., & Tavares, A. P. L. (2007). Principais interações no uso de medicamentos fitoterápicos. Infarma - Ciências Farmacêuticas, 19, 32–40.

Ricca, M. L. M. (2020). Desenvolvimento de Biscoitos Veterinários contendo extrato de Ginkgo biloba. Brazilian Journal of Health Review, 3(3), 5715–5744. https://doi.org/10.34119/bjhrv3n3-139.

Silva, T. F. O. da, Marcelino, C. E., & Gomes, A. J. P. S. (2010). Utilizações e interações medicamentosas de produtos contendo o Ginkgo biloba. Colloquium Vitae, 1, 54–61. https://doi.org/10.5747/cv.2010.v02.n01.v027.

Smith, M., Lin, K., & Zheng, Y. (2001). An open trial of nifedipine-herb interactions Nifedipine with St Johns wort, Ginseng or Ginkgo biloba. Clin Pharmacol Ther, 69–86.

Gelatti, G. T., De Oliveira, K. R., & Colet, christiane de fátima. (2016). Potenciais interações relacionadas ao uso de medicamentos, plantas medicinais e fitoterápicos em mulheres no período do climatério. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, 8(2), 4328–4346. https://doi.org/10.9789/2175-5361.2016.v8i2.4328-4346.

Ugalde, M., Reza, V., González-Trujano, M. E., Avula, B., Khan, I. A., & Navarrete, A. (2005). Isobolographic analysis of the sedative interaction between six central nervous system depressant drugs and Valeriana edulis hydroalcoholic extract in mice. The Journal of Pharmacy and Pharmacology, 57(5), 631–639. https://doi.org/10.1211/0022357056000.

Wolf, H. R. D. (2006). Does Ginkgo biloba special extract EGb 761 provide additional effects on coagulation and bleeding when added to acetylsalicylic acid 500 mg daily? Drugs in R&D, 7(3), 163–172. https://doi.org/10.2165/00126839-200607030-00003.

Yin, O. Q. P., Tomlinson, B., Waye, M. M. Y., Chow, A. H. L., & Chow, M. S. S. (2004). Pharmacogenetics and herb-drug interactions: Experience with Ginkgo biloba and omeprazole. Pharmacogenetics, 14(12), 841–850. https://doi.org/10.1097/00008571-200412000-00007.

Downloads

Publicado

18/09/2021

Como Citar

TEIXEIRA, L. da S. .; SOUZA, D. R. .; FANTIN, A. B. .; SILVA, C. D. L. e. Interações de medicamentos alopáticos com fitoterápicos à base de Ginkgo biloba e Valeriana officinalis. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 12, p. e232101220444, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i12.20444. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/20444. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde