Déficits hídricos e doses de adubo orgânico no desenvolvimento de plantas jovens de andiroba
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20770Palavras-chave:
Carapa guianensis, Propriedades medicinais; Regime hídrico; Resistência estomática; Transpiração.Resumo
A andiroba possui grande importância socioeconômica para a Amazônia. Com isso, objetivou-se avaliar o uso da adubação orgânica e turno de rega no desenvolvimento de mudas de andiroba. O experimento foi conduzido em casa de vegetação na UFRA Campus de Capitão Poço - PA. Foram analisadas as seguintes proporções de adubos orgânicos: a) 100% de solo, b) 90% de solo + 10% de adubo orgânico, c) 80% de solo + 20% de adubo orgânico e d) 70% de solo + 30% de adubo orgânico. Além disso, as mudas foram submetidas aos seguintes regimes hídricos: a) diário, b) 5 em 5 dias e c) 10 em 10 dias. Avaliaram-se a altura de plantas (AP), comprimento (CC) e diâmetro do caule (DC), número de folhas (NF), transpiração foliar (E), resistência estomática (Rs), matéria seca de raiz (MSR), caule (MSC), folha (MSF), parte aérea (MSPA) e total (MST), relação MSR/MSPA e as alocações de biomassa nas diferentes partes vegetativas. O delineamento utilizado foi de blocos ao acaso, em esquema fatorial 4 x 3 x 5 (proporções de adubo orgânico, regimes hídricos e tempos de avaliação) para AP, CC, DC e NF e, em esquema fatorial 4 x 3, para as demais variáveis. As médias foram submetidas ao teste de Tukey (p<0,05). As plantas apresentaram desenvolvimento satisfatório com irrigação diária. As doses mais adequadas foram de 10% e 20% para a maioria das variáveis. Dessa forma, fica evidente a necessidade do uso da adubação orgânica com irrigação diária na produção de mudas de andirobeira.
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