Plantas medicinais de uso tradicional na região sul paraense: um estudo etnobotânico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20778

Palavras-chave:

Plantas medicinais; Fitoterapia; Medicina popular; Regionalidade.

Resumo

As plantas são parte integrante da cultura da civilização, usadas como fonte alimentar ou finalidade terapêutica. Com o passar do tempo as propriedades curativas dos vegetais foram sendo cada vez mais descobertas e utilizadas. Um saber cultural e valioso passado de geração para geração. Entretanto, no Brasil, as pesquisas que avaliam o grau de utilização das plantas como medicamentos e sua inclusão na cultura popular são escassas, apesar de existir grande tradição de seu uso em vários biomas. Frente a isto, a presente pesquisa analisou por meio de questionário, quais as espécies de plantas medicinais mais utilizadas na medicina tradicional local e qual sua finalidade terapêutica. Foi realizada uma pesquisa qualitativa do tipo exploratória/descritiva com os habitantes da zona urbana da cidade de Redenção localizada na região sul Paraense, onde foram realizadas entrevistas, utilizando-se um questionário como instrumento da pesquisa. Constatou-se que os entrevistados, de modo geral, afirmam fazer uso das espécies medicinais e que a em sua maioria o fazem da forma correta. Observou-se, também que a principal forma de transmissão de conhecimento é por meio da família. Nesta pesquisa ficou evidente, que as plantas mais utilizadas pelos moradores desta cidade são Capim cidreira, Boldo-do-chile ou boldo-verdadeiro, Erva-cidreira, Hortelã e Matruz ou Erva de Santa Maria, sendo as folhas a parte mais utilizada e o chá como principal meio de preparo.

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Publicado

02/10/2021

Como Citar

FERREIRA, M. V.; LEBUINO, L. P. .; SANTOS, J. S. . Plantas medicinais de uso tradicional na região sul paraense: um estudo etnobotânico. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 12, p. e592101220778, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i12.20778. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/20778. Acesso em: 27 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde