Plantas medicinais utilizadas no tratamento fitoterapêutico da urolitíase em cães – uma revisão integrativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20876

Palavras-chave:

Fitoterapia; Plantas medicinais; Urolitíase; Cães.

Resumo

A urolitíase é uma enfermidade na qual urólitos se formam no trato urinário a partir de fatores predisponentes individuais de cada espécie e com agravamento os animais podem ter obstrução da uretra e vir a óbito. Neste trabalho foi feita uma revisão integrativa sobre as plantas medicinais mais utilizadas para o tratamento de urolitíase em cães. O objetivo deste trabalho é colaborar com a comunidade veterinária para ampliação do uso da fitoterapia para tratar essa patologia, principalmente pelo seu caráter recidivante. A sua formação pode ocorrer em raças com superssaturação urinária mais evidente, predisposição genética, idade, ingestão hídrica diária diminuída, problemas metabólicos, medicações que alterem o pH urinário, nutrição inadequada e predisposição a alterações do trato urinário. O tratamento medicamentoso e nutricional é questionável, pois há tipos diferenças na composição das pedras e a resposta a esses pode variar muito e, em casos mais sérios, há necessidade de cirurgia. Às altas taxas de recidiva, a utilização de plantas medicinais oferece opções voltadas ao bem-estar dos animais. Portanto, as pesquisas inovadoras sobre a sua utilização dessas plantas informam como elas podem ser consumidas de forma segura e com ótimo efeito farmacológico. Com isso, mais tutores buscam profissionais que prescrevam de forma preventiva essas plantas, evitando emergências cirúrgicas e possível morte do seu animal. Os fitoterápicos do sistema urinário controlam a inflamação, e aumentam a diurese evitando a agregação dos cristais e possível crescimento, além de favorecer a eliminação dos mesmos pela uretra.

Biografia do Autor

Ana Claudia Granato, Universidade Federal do Triâgulo Mineiro

Researcher

Referências

Berent, A. C. (2016). Advances in urinary tract endoscopy. The Veterinary clinics of North America. Small animal practice. 46, 113-135.

Bezerra, W. K. T.; das Silva, M. D. G.; Bezerra, A. M. F.; Santo Bezerra, K. K.; Vieira, A. L.; Pereira, D. S.; Borba Borges, M. G. (2014). O uso de fitoterapia com ação anti-inflamatória que atuam no sistema gênito-urinário. Informativo Técnico do Semiárido, 8, 24-36.

Campos, B. I. D. (2020). Relatórios de Estágio realizado na Farmácia Lusa de Paredes e no Centro Hospitalar Universitário do Porto, Porto.

Chew, D.; Dibartola, S.; Schenck, P. (2011). Canine and feline nephrology and urology. 2nd ed. Saint Louis (MO): Elsevier Saunders.

Cruces, I.; Patelli, T.; Tashima, C.; Mello-Peixoto, E. (2013). Plantas medicinais no controle de urolitíase. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 15, 780-788.

Dagostin, S. F. F. (2016). Utilização de Vaccinium macrocarpon (Cranberry) para prevenção de infecção urinária recorrente: revisão da literatura e divulgação a profissionais de saúde. Dissertação (Pós-graduação em Farmacologia) - Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma.

Duarte, R. C.; Andrade, L. A.; Oliveira, T. (2017). Revisão da planta Costus spiralis (JACQ.) Rroscoe: pluralidade em propriedades medicinais. Revista Fitos, 11, 119-249.

Fraqueza, A. C. M. (2018). A Fitoterapia na profilaxia e terapêutica de infeções do trato urinário não complicadas: o caso particular da cistite. Dissertação (Mestrado para Ciências Farmacêuticas Faculdade de Ciências e Tecnologias) - Universidade do Algarve, Faro.

Grauer, G. F. (2000). Urolitisis Canina. In: Nelson, R. W.; Couto, C.G. Medicina Interna de Animales Pequenos. Buenos Aires: Mosby, 687-698.

Grauer, G. F. Canine urinary tract infections. NAVC Clinician's Brief, p. 19-21, Kansas, 2012.

Guedes, R. A.; Marques, L. T.; Novaes, M. T.; Rodrigues, W. D.; Severi, J. A. (2016). Fitoterapia na medicina veterinária. Tópicos em Ciência Animal V, 1, 137-147.

Hesse, A.; Neiger, R. (2011). A colour handbook of urinary stones in small animal medicine. Manson, 56-65.

Jericó, M. M.; Andrade Neto, J. P.; Kogika, M. M. Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos. Rio de Janeiro: RJ, 2015. 2v. 2464p.

Koehler, L. A.; Osborne, C. A.; Buettner, M. T.; Lulich, J. P.; Behnke, R. (2008). Canine urolithiasis: Frequently asked questions and their answers. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice. 39, 161-181.

Lee, N. Y.; Khoo, W. K.; Adnan, M. A.; Mahalingam, T. P.; Fernandez, A. R.; Jeevaratnam, K. (2016). The pharmacological potential of Phyllanthus niruri. Journal of Pharmacy and Pharmacology, 68, 953-969.

Leite, J. P. V.; Pimenta, D. S.; Gomes, R. S.; Dantas-Barros, A. M. (2007). Contribuição ao estudo farmacobotânico da Echinodorus macrophyllus (Kunth) Micheli (chapéu-de-couro) Alismataceae. Revista Brasileira de Farmacognosia, 17, 242-248.

Litster, A. L.; Thompson, M. F.; Moss, S. M.; Trott, D. J. (2011). Feline bacterial urinary tract infections: an update on an evolving clinical problem. Veterinary Journal, 187, 18-22.

Lulich J. P., Osborne, C. A., Bartges, J.W.; Lekcharoensuk C. (2004). Distúrbios do trato urinário inferior dos caninos. In. ETTINGER, Stephen, J.; Feldman, E. C. Tratado de medicina interna veterinária – Doença do cão e do gato. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1847-1874.

Lulich, J. P.; Adams, L. G.; Grant, D.; Albasan, H.; Osborne, C. A. (2008). Changing paradigms in the treatment of urolithiasis by lithotripsy. The Veterinary

Clinics of North America. Small Animal practice. 39, 143-160.

Magalhães, F. D. A. (2013). Urolitíase em cães. Monografia (Facudade de Farmácia) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Malajovich, M. A. Biotecnologia 2011. Rio de Janeiro: Edições da Biblioteca Max Feffer do Instituto de Tecnologia ORT, 2012. p. 39-50.

Marques, L. C. (2013). Phyllanthus niruri (quebra-pedra) no tratamento de urolitíase: Proposta de documentação para registro simplificado como fitoterápico. Revista Fitos, 5, 20-33.

Martins, A. A. M. (2017). Avaliação do potencial antilitiasico do extrato etanólico das folhas da Persea americana Mill. em modelo experimental. Dissertação (Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde) - Universidade federal da Grande Dourados, Dourados.

Nirumand, M. C.; Hajialyani, M.; Rahimi, R.; Farzaei, M. H.; Zingue, S.; Nabavi, S. M.; Bishayee, A. (2018). Dietary plants for the prevention and management of kidney stones: preclinical and clinical evidence and molecular mechanisms. International Journal of Molecular Sciences, 19, 765-789.

Olszewski, V. R. (2017). Cranberries (Vaccinium macrocarpon Aiton) a nutrição de cães: influência na digestibilidade, palatabilidade e no curso de infecções do trato urinário. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Zootecnia - Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

Pereira, A. S.; Shitsuka, D. M.; Parreira, F.J.; Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa cientifica. Diposible in: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1. Acessed in: 27 set 2021.

Queiroga, G. M. T. (2015). Plantas medicinais e fitoterápicos como alternativa terapêutica às infecções urinárias: um diagnóstico dessa realidade na saúde pública de Mossoró. Dissertação (Programa de pós-graduação em ambiente tecnologia e sociedade) - Universidade Federal do Semi árido, Mossoró.

Raditic, D. M. (2015). Complementary and integrative therapies for lower urinary tract diseases. Veterinary Clinics: Small Animal Practice, 45, 857-878.

Rodrigues, A. R. V. (2014). Fitoterapia nas infeções urinárias. Dissertação (Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas) - Universidade de Coimbra, Côimbra.

Rodrigues, M. C. T. (2021). Estudo retrospetivo da litíase urinária em cães e gatos. Tese (Doutorado Faculdade de Medicina Veterinária) - Universidade de Lisboa, Lisboa.

Santos, M. S. S. D. A (2016). Fitoterapia na Prevenção e Tratamento de Infeções do Trato Urinário. Dissertação (Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas) - Universidade da Beira Interior, Covilhã.

Santos, R. R.; Fonseca, F. S. A. da; Fonseca, R. S.; Martins, E. R. (2017). Fenologia e quimiodiversidade do ‘Chapéu-de-couro’ (Echinodorus grandiflorus e Echinodorus macrophyllus). Caderno de Ciências Agrárias, 9, 115-118.

Silva, C. S. E. D. S. (2012). Plantas utilizadas como chás com propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Faculdade de Ciências da Saúde, Lisboa.

Singh, S. K.; Agarwal, M. M.; Sharma, S. (2011). Medical therapy for calculus disease. British Journal of Urology, 107, 356-368.

Souza, A. D. Z.; Heck, R. M.; Ceolin, T.; Borges, A. M.; Ceolin, S.; Lopes, A. C. P. (2012). O cuidado com as plantas medicinais relacionadas às infecções do trato uninário: um desafio à enfermagem. Revista de Pesquisa: Cuidado é fundamental online, 4, 2367-2376.

Souza, M. T. de; Silva, M. D. da; Carvalho, R. de. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein (São Paulo), v. 8, n. 1, p. 102-106, 2010.

Sturgess, K. (2009). Dietary management of canine urolithiasis. In Practice. 31, 306-312.

Teixeira, A. C. D. J. (2012). Fitoterapia aplicada à prevenção e tratamento de infecções urinárias. Dissertação (Mestre em Ciências Farmacêuticas) - Universidade Fernando Pessoa, Porto.

Teixeira, J. B. P.; Santos dos, J. V. (2011). Fitoterápicos e interações medicamentosas. Juiz de Fora: Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora.

Temoteo, J. L. M. (2017). Avaliação fitoquímica, microbiológica e citotóxica da cavalinha (Equisetum arvense). Dissertação (Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas) – Universidade Federal de Alagoas, Maceió.

Veiga, E. C. (2012). Composição química de Echinodorus macrophyllus (kunth) micheli (chapéu-de-couro): uma abordagem teórica. Monografia - Faculdade de Educação e Meio Ambiente (FAEMA), Ariquemes.

Waki, M.; Kogika, M. M. (2015). Urolitíase em Cães e Gatos. In: Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos. Jericó, M.; Neto, J. P. A.; Kogika, M. M. 1ª edição, Editora Roca.

Downloads

Publicado

28/09/2021

Como Citar

ROCHA, C. O. .; GRANATO, A. C. Plantas medicinais utilizadas no tratamento fitoterapêutico da urolitíase em cães – uma revisão integrativa. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 12, p. e501101220876, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i12.20876. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/20876. Acesso em: 27 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão