Qualidade de vida de pacientes estomizados atendidos no Centro de Atenção à Saúde de Sergipe
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.20881Palavras-chave:
Estomia; Saúde; Qualidade de Vida; Bolsa de colostomia.Resumo
Objetivo: Avaliar perfil epidemiológico, qualidade de vida (QV) de pacientes com estomia intestinal. Metodologia: Estudo transversal e quantitativo, de janeiro à maio de 2021, com estomizados maiores de 18 anos, atendidos no Centro de Atenção à Saúde de Sergipe. Aplicou-se questionário sociodemográfico, dados sobre a estomia e avaliação da QV (Stoma–QoL – variante brasileira), sobre os domínios físico, psicológico, ambiental, relações sociais e sexuais. Utilizou-se testes Shapiro-Wilk e Mann- Whitney (p≤0,05). Resultados: Avaliou-se 100 pacientes, 54% masculino, 70% maior de 50 anos, casados, cor parda, renda média de 2573,00 reais, da 1ª à 4ª série do ensino fundamental. Destes 93% eram colostomizados e 53% de caráter definitivo, a principal causa foi câncer colorretal. Identificou-se que 58% não se sentem sexualmente atraentes e 45% se sentem ansiosos quando a bolsa enche. Os pacientes que afirmaram não sentir sintomas negativos após a estomia têm melhor QV em relação ao demais que sentiram os sintomas, 20% relatam acompanhamento psicológico e desses 75% tiveram melhora na QV. Ter apoio familiar e de amigos são bons preditores para melhor QV. Conclusão: Não houve diferença entre os sexos dos estomizados, a maioria maior de 50 anos, casados, com baixa renda e escolaridade. Predominou a colostomia de caráter definitivo pelo câncer colorretal. No geral, apresentaram boa QV, condizendo com sua autopercepção, com insatisfação na sexualidade, e questões mecânicas do estoma. O atendimento especializado, acompanhamento psicológico e participação em grupos com a mesma condição, melhora o enfrentamento e auxilia no conhecimento dos cuidados, reduzindo os impactos negativos causados na QV.
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