Avaliação preliminar da própolis verde brasileira como coadjuvante de uma vacina de subunidade contra a leptospirose letal
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20947Palavras-chave:
Leptospirose; Vacinas recombinants; Adjuvante; Própolis verde brasileira.Resumo
A vacinação é uma medida preferencial para o controle da leptospirose. No entanto, as vacinas atuais são bacterinas, com células inteiras mortas pelo calor, que geram proteção sorovar-específica e apresentam efeitos colaterais. Ensaios moleculares revelaram antígenos que podem substituir as vacinas de células inteiras tradicionais. Entre estes, a proteína de membrana externa LigB, a qual está exposta na superfície de leptospiras virulentas, é um alvo potencial para uma resposta imune protetora. Algumas tentativas malsucedidas de usar esses antígenos como vacinas já foram relatadas. No entanto, a modulação imunológica por meio de adjuvantes e coadjuvantes alternativos pode superar contratempos anteriores. Diante disso, nosso estudo objetivou avaliar a resposta imune protetora em hamsters vacinados com 40 µg de rLigBNI usando adjuvante oleoso (OA), com ou sem própolis verde (GP) como co-adjuvante. Após o desafio, todos os grupos vacinados com rLigBNI, administrado-se ou não GP, revelaram imunogenicidade e imunoproteção estatisticamente significativa (p <0,05). Estudos adicionais serão realizados para avaliar a dose ideal, a proteção contra o desafio heterólogo e a dinâmica da vacina.
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