Prevalência e preditores associados ao HIV e sífilis entre mulheres, do sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.20989Palavras-chave:
Epidemiologia; Prevalência; Fatores de risco; Infecções sexualmente transmissíveis.Resumo
Investigar a prevalência geral de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e os fatores associados à sífilis e ao HIV em mulheres atendidas no Sistema Integrado de Saúde (SINAS). Estudo de banco de dados transversal com 6.993 pacientes atendidos em um centro de referência no estado do Paraná, Brasil, de janeiro de 2013 a dezembro de 2015. A prevalência geral foi de 2,39% para sífilis e HIV, sendo 0,65 e 0,22% para gestantes e 3,07 e 0,78% para mulheres não grávidas, respectivamente. Após o ajuste das variáveis no modelo de regressão logística, os principais preditores associados à sífilis foram as faixas etárias de 41 a 59 e 60 a 83 anos (p <0,001), mulheres não grávidas (p <0,01), estado civil casado (p <0,001), uso de drogas (p <0,01) e DST anterior (<0,001). Para o HIV, os preditores foram cidade de residência (<0,001), motivo da busca (p <0,01), relatou DST prévia (p <0,001). A população atendida apresentou maior prevalência de sífilis quando comparada ao panorama internacional, enquanto os valores do HIV foram menores. Os preditores associados às IST foram mulheres heterossexuais não grávidas, com idade entre a segunda e a quarta década de vida, ensino superior e que não usavam preservativos regularmente. Este estudo apresenta informações relevantes para a avaliação e desenvolvimento de medidas que previnam, controlam e estão relacionadas ao diagnóstico e tratamento das IST investigadas.
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