Perfil epidemiológico do câncer do colo do útero no Estado do Piauí

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21085

Palavras-chave:

Neoplasias do colo do útero; Teste de Papanicolau; Epidemiologia; Sistema único de saúde.

Resumo

O presente estudo tem o objetivo de conhecer o perfil epidemiológico do câncer do colo do útero no Estado do Piauí para possibilitar a compreensão de alguns aspectos relacionados a essa patologia que possui alto potencial preventivo. Trata-se de um estudo com apreciação documental, epidemiológico, retrospectivo, descritivo, com abordagem quantitativa dos dados, obtidos no Sistema de Informação do Câncer (SISCAN), referente ao ano de 2019. Foram analisadas as seguintes variáveis: total de exames, faixa etária, escolaridade, período preventivo, motivação para o exame e realização da citologia anterior. O levantamento de informações mostrou que 77.841 exames foram realizados, a maior quantidade concentrou-se na faixa etária de 35 a 39 anos e 99,58% (77.514) tiveram como motivação o rastreamento. Neste estudo, 73,98% (57.586) das mulheres afirmam terem realizado um exame preventivo anteriormente, 15,81% (12.306) não realizaram o teste, 8,29% (6.453) não sabem e 1,92% (1.494) não apresentavam informação na ficha. Relacionado a escolaridade, o SISCAN não forneceu dados satisfatórios para análise. O rastreamento do CCU é uma ação complexa, o número de mulheres acometidas por essa patologia é considerado alto e significativo. É notória a necessidade de conhecimento sobre o tema em questão para o fortalecimento e redirecionamento das políticas públicas de controle do CCU.

Referências

Almeida, M. M., Lobo, L. M. D. G. A. & Oliveira, F. B. M. (2018). Câncer do colo uterino, hpv e exame papanicolaou: uma reflexão acerca dos conhecimentos das mulheres. Revista Ciência & Saberes-UniFacema. 4 (1), 889-95.

Amaral, A. F., Araújo, E. S., Magalhães, J. C., Silveira, É. A., Tavares, S. B. d. N., & Amaral, R. G. (2014). Impacto da capacitação dos profissionais de saúde sobre o rastreamento do câncer do colo do útero em unidades básicas de saúde. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 36(4), 182–187. https://doi.org/10.1590/s0100-7203201400040004

Andrade, C. T. d., Magedanz, A. M. P. C. B., Escobosa, D. M., Tomaz, W. M., Santinho, C. S., Lopes, T. O., & Lombardo, V. (2012). A importância de uma base de dados na gestão de serviços de saúde. Einstein (São Paulo), 10(3), 360–365. https://doi.org/10.1590/s1679-45082012000300018

Araújo, C. S, Luz, H. A & Ribeiro, G. T. F. (2011). Exame preventivo de Papanicolau: percepção das acadêmicas de enfermagem de um centro universitário do interior de Goiás. Revista Mineira de Enfermagem, 15 (3), 378-85.

Azevedo, A. G., Cavalcante, I. B., Cavalcante, J. B. & Rolim, L. A. D. M. M. (2016). Fatores que influenciam a não realização do exame de Papanicolaou e o impacto de ações educativas. Revista Brasileira de Análises Clínicas, 48, 253-57.

Backes, L. T. H., Bertolin, T. E., Manfredini, V., Klock, C., Calil, L. N., & Mezzari, A. (2014). Alterações citológicas cervicovaginais no Alto Uruguai Gaúcho, Rio Grande do Sul. Revista de Ciências Médicas, 23(2), 65. https://doi.org/10.24220/2318-0897v23n2a2525

Borges, M. F. d. S. O., Dotto, L. M. G., Koifman, R. J., Cunha, M. d. A., & Muniz, P. T. (2012). Prevalência do exame preventivo de câncer do colo do útero em Rio Branco, Acre, Brasil, e fatores associados à não-realização do exame. Cadernos de Saúde Pública, 28(6), 1156–1166. https://doi.org/10.1590/s0102-311x2012000600014

Brasil (2016). Ministério da Saúde. Manual de gestão da qualidade para laboratório de citopatologia. Rio de Janeiro, RJ. http://www.saude.gov.br/images/pdf/2016/maio/12/livro-completo-manual-citopatologia.pdf.

Brasil (2017). Ministério da Saúde. Ministério da Saúde amplia faixa etária para rastreamento do câncer do colo do útero. Rio de Janeiro, RJ.

Brasil (2013). Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. –Brasília: Editora do Ministério da Saúde.

Brasil (2017). Ministério da Saúde. Sistema de Informação do Câncer – SISCAN. Brasília, DF.

Bruno, M. T., Coco, A., Di Pasqua, S. & Bonanno, G. (2019). Management of ASC-US/HPV positive post-menopausal woman. Virology journal, 16(1), 1-4. https://doi.org/10.1186/s12985-019-1145-5

De Carvalho, F. L. O., et al. (2018). HPV como principal precursor do câncer de colo de útero em adolescentes. Revista de Saúde ReAGES, 1 (2), 23-36.

Dell’Agnolo, C. M., Brischiliari, S. C. R., Saldan, G., Gravena, A. A. F., Lopes, T. C. R., Demitto, M. d. O., & Pelloso, S. M. (2014). Avaliação dos exames citológicos de papanicolau em usuárias do sistema único de saúde. Revista Baiana Saúde Pública, 38(4), 854–864. https://doi.org/10.5327/z0100-0233-2014380400007

Farias, A. C. B. D. & Barbieri, A. R. (2016). Seguimento do câncer de colo de útero: estudo da continuidade da assistência à paciente em uma região de saúde. Escola Anna Nery, 20 (4).

Instituto Nacional De Câncer José Alencar Gomes Da Silva (INCA). (2020). Controle do Câncer do Colo do Útero: Conceito e Magnitude. Rio de Janeiro, RJ. https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-do-colo-do-utero/conceito-e-magnitude

Instituto Nacional De Câncer José Alencar Gomes Da Silva (INCA). (2016). Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, 2. ed. rev. atual. Rio de Janeiro, RJ. https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//diretrizesparaorastreamentodocancerdocolodoutero_2016_corrigido.pdf

Instituto Nacional De Câncer José Alencar Gomes Da Silva (INCA). (2019). Estimativa 2020: Incidência de Câncer no Brasil. INCA, Rio de Janeiro, RJ. https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2020-incidencia-de-cancer-no-brasil.pdf

Instituto Nacional De Câncer José Alencar Gomes Da Silva (INCA). (2013). Monitoramento das ações de controle dos cânceres do colo do útero e de mama. Informativo Detecção Precoce, 4(1), jan./abr Rio de Janeiro, RJ. https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//informativo-deteccao-precoce-1-2013.pdf

Instituto Nacional De Câncer José Alencar Gomes Da Silva (INCA). (2020). HPV e câncer: Perguntas mais frequentes. Rio de Janeiro, RJ. https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/qual-e-relacao-entre-hpv-e-cancer

Instituto Nacional De Câncer José Alencar Gomes Da Silva (INCA). (2010). Plano de ação para redução da incidência e mortalidade por câncer do colo do útero. Rio de Janeiro, RJ. https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//plano-de-acao-para-reducao-da-incidencia-e-mortalidade-por-cancer-do-colo-do-utero-2010.pdf

Instituto Nacional De Câncer José Alencar Gomes Da Silva (INCA). (2020). Tipos de Câncer: Câncer do Colo do Útero. Rio de Janeiro, RJ, 2020. https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero

Jorge, R. J. B., Diógenes, M. A. R., Mendonça, F. A. d. C., Sampaio, L. R. L., & Jorge Júnior, R. (2011). Exame Papanicolaou: sentimentos relatados por profissionais de enfermagem ao se submeterem a esse exame. Ciência & Saúde Coletiva, 16(5), 2443–2451. https://doi.org/10.1590/s1413-81232011000500013

Kose, F. M., & Naki, M. M. (2014). Cervical premalignant lesions and their management. Journal of the Turkish German Gynecological Association, 15(2), 109–121. https://doi.org/10.5152/jtgga.2014.29795

Lopes, V. A. S., & Ribeiro, J. M. (2019). Fatores limitadores e facilitadores para o controle do câncer de colo de útero: uma revisão de literatura. Ciência & Saúde Coletiva, 24(9), 3431–3442. https://doi.org/10.1590/1413-81232018249.32592017

MINISTÉRIO DA SAÚDE. (2020). Departamento de Informática do SUS - DATASUS. Informações de Saúde, Epidemiológicas e Morbidade: banco de dados. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/dhdat.exe?SISCAN/cito_colo_residpi.def

Moura, A. D. A. (2010). Conhecimento e motivações das mulheres acerca do exame de papanicolau: subsídios para a para a prática de enfermagem. Rev. Rene, Fortaleza, 11(1), 94-104.

Nascimento, G. W. D. C., Pereira, C. C. D. A., Nascimento, D. I. D. C., Lourenço, G. C., & Machado, C. J. (2015). Cobertura do exame citopatológico do colo do útero no Estado de Minas Gerais, Brasil, no período entre 2000-2010: um estudo a partir dos dados do Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO). Cadernos Saúde Coletiva, 23(3), 253–260. https://doi.org/10.1590/1414-462x201500030059

Nóbrega, A. L., et al. (2014). A importância da assistência de enfermagem para a realização do exame citopatológico: um olhar bibliográfico. Informativo Técnico do Semiárido, 8(2), p. 01-08.

Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J. & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM.

Pinto, D. d. S., Fuzii, H. T., & Quaresma, J. A. S. (2011). Prevalência de infecção genital pelo HPV em populações urbana e rural da Amazônia Oriental Brasileira. Cadernos de Saúde Pública, 27(4), 769–778. https://doi.org/10.1590/s0102-311x2011000400016

Rangel, G., Lima, L. D. d., & Vargas, E. P. (2015). Condicionantes do diagnóstico tardio do câncer cervical na ótica das mulheres atendidas no Inca. Saúde em Debate, 39(107), 1065–1078. https://doi.org/10.1590/0103-110420161070261

Rico, A. M., & Iriart, J. A. B. (2013). "Tem mulher, tem preventivo": sentidos das práticas preventivas do câncer do colo do útero entre mulheres de Salvador, Bahia, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 29(9), 1763–1773. https://doi.org/10.1590/s0102-311x2013001300016

Rosendo, D. A., et al. (2018) Células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASC-US): seguimento de exames analisados no Instituto Adolfo Lutz. RBAC, 50(3), 265-9.

Silva, D. S. M. d., Silva, A. M. N., Brito, L. M. O., Gomes, S. R. L., Nascimento, M. d. D. S. B., & Chein, M. B. d. C. (2014). Rastreamento do câncer do colo do útero no Estado do Maranhão, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 19(4), 1163–1170. https://doi.org/10.1590/1413-81232014194.00372013

Silva, I. D., Da Silva, M. E. T., Andrade, J. S. d. O., Nunes, B. C. M., & Pego, C. O. (2019). Exame papanicolau: percepção das mulheres sobre os motivos que influenciam a sua não realização. Revista Eletrônica Acervo Saúde, (34), Artigo e1125. https://doi.org/10.25248/reas.e1125.2019

Slovinski, B. G., Slovinski, J. G., & Oliveira, H. R. (2020). Exame preventivo de colo do útero: análise do perfil das usuárias e dos dados de incidência de câncer. Fag journal of health (fjh), 2(2), 273–283. https://doi.org/10.35984/fjh.v2i2.160

Thuler, L. C. S., Aguiar, S. S. d., & Bergmann, A. (2014). Determinantes do diagnóstico em estadio avançado do câncer do colo do útero no Brasil. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 36(6), 237–243. https://doi.org/10.1590/s0100-720320140005010

Thuler, L. C. S., Bergmann, A., & Casado, L. (2012). Perfil das Pacientes com Câncer do Colo do Útero no Brasil, 2000-2009: Estudo de Base Secundária. Revista Brasileira de Cancerologia, 58(3), 351–357. https://doi.org/10.32635/2176-9745.rbc.2012v58n3.583

WHO. World Health Organization. (2012). Câncer. Genebra [internet]. WHO: https://www.who.int/health-topics/cancer

WHO. World Health Organization. (2019). Folha informativa: HPV e câncer do colo do útero. https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5634:folha-informativa-hpv-e-cancer-do-colo-do-utero&Itemid=839

Downloads

Publicado

10/10/2021

Como Citar

BEZERRA, W. B. de S.; NASCIMENTO, P. P. do; SAMPAIO, S. S. de C. Perfil epidemiológico do câncer do colo do útero no Estado do Piauí. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 13, p. e182101321085, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i13.21085. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/21085. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde