Sífilis gestacional: impacto epidemiológico no estado do Maranhão, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i2.2110

Palavras-chave:

Epidemiologia; Sífilis; Gravidez; VDRL.

Resumo

O presente estudo teve como objetivo traçar a epidemiologia da sífilis gestacional no estado do Maranhão de 2012 a 2017, descrevendo a faixa etária, o método de diagnóstico, a classificação clínica que mais acomete as gestantes, o momento do diagnóstico dos casos positivos de sífilis congênita e a realização do pré natal. Em uma abordagem quantitativa, a pesquisa utilizou como fonte de dados, o Sistema Nacional de Agravos e Notificações (SINAN). Observou-se os parâmetros de faixa etária, classificação clínica da doença, teste treponêmico e não treponêmico, nos casos resultantes em sífilis congênita avaliou-se a realização do pré natal, e o momento do diagnóstico de sífilis gestacional nesses casos. De acordo com os dados obtidos, 4090 casos de sífilis gestacional foram notificados no período entre 2012 e 2017, onde 2873 representam mulheres com o agravo na faixa etária entre 20-39 anos. O diagnóstico clínico de sífilis primária é maior em todos os anos analisados. No que se refere à triagem pré-natal (VDRL), verificou-se que 84,4% das sorologias positivas foram identificadas no primeiro teste, contudo após a realização do teste confirmatório, 57,8% tiveram resultados positivos. Constatou-se um aumento na incidência dos casos de sífilis gestacional nos anos analisados, observando apenas uma queda em 2016. Dos casos avaliados que resultou em sífilis congênita, 79,3% das mulheres afirmam terem feito o pré-natal, sendo a maioria diagnosticada nesse momento e grande parte ainda no momento do parto, demonstrando um problema na atenção básica de saúde do estado.

Biografia do Autor

Evaldo Hipólito Oliveira, Universidade Federal do Piauí

Centro de Ciências da Saúde
Curso de Farmácia

Disciplinas de Microbiologia Clínica e Imunologia Clínica

Referências

Avelleira, J. C. R., Bottino, G. (2006). Sífilis: diagnóstico, tratamento e controle. Anais Brasileiros de Dermatologia, 81(2): 111-126.

Barbosa, D. R. M., Almeida, M. G., Costa, J. R. & Almeida, D. F. S. (2013). Perfil epidemiológico da sífilis congênita no Maranhão. II Conference online-Management, Education and Health Promotion Disponível em: http://www.convibra.org/upload/paper/2013/79/2013_79_7890.pdf. Acesso em 16 de nov. 2019.

Barbosa, D. R. M., Almeida, M. G., Silva, A. O., Araújo, A. A., Santos, A. G. (2017). Perfil epidemiológico dos casos de sífilis gestacional. Revista de Enfermagem UFPE, 11(5): 1867-1874, mai.

Brasil. (2012). Ministério da Saúde. Gestação de alto risco: manual técnico. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. 5ed. Brasília: Ministério da Saúde.

Brasil. (2015). Ministério da Saúde. Ceftriaxona para tratamento da Sífilis em gestantes com alergia confirmada à penicilina. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS. Relatório de Recomendação, n. 153. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, p. 16.

Brasil. (2015). Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas: Atenção Integral às Infecções Sexualmente Transmissíveis. 2 ed.

Brasil. (2017). Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim epidemiológico Sífilis. Brasília, DF. 48(36).

Brasil. (2018). Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). DF.

Brasil. (2019). Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, p. 55-69.

Costa, C. C., Freitas, L. V., Sousa, D. M. N., Oliveira, L. L., Chagas, A. C. M. A., Lopes, M. V. O., Damasceno, A. K. C. (2013). Sífilis congênita no Ceará: análise epidemiológica de uma década. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 47(1): 152-159.

Domingues, R. M. S. M. et al. (2013). Manejo da sífilis na gestação: conhecimentos, práticas e atitudes dos profissionais pré-natalistas da rede SUS do município do Rio de Janeiro. Ciência & Saúde Coletiva. 18(5): 1341-1351, maio.

Domingues, R. M. S. M., Leal, M. C. (2016). Incidência de sífilis congênita e fatores associados à transmissão vertical da sífilis: dados do estudo Nascer no Brasil. Cad. Saúde Pública. 32(6). Epub June.

Furtado, M. F. S., Brasil, G. V. S., Aragão, F. B. A., Santos, G. R. B., Pereira, S. L. M., Fontoura, C. C., Santos, J. F., Gomes, F. C. S. (2017). Fatores epidemiológicos da sífilis em gestantes no município de São Luís-MA. Revista Uningá., 52(1): 51-55.

Guimarães, M. M. (2019). DataSUS: Maranhão. Disponível em: <http://datasus.saude.gov.br/index.php/nucleos-regionais/maranhao>. Acesso em: 10 nov. 2019.

Guimarães, T. A. et al. (2018). Sífilis em gestantes e sífilis congênita no Maranhão. Arquivos de Ciências da Saúde, 25(2): 24-30, 20 jul.

Guinsburg, R., Santos, A. M. N. (2010). Critérios diagnósticos e tratamento da sífilis congênita. Sociedade Brasileira de Pediatria. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/tratamento_sifilis.pdf. Acesso em: 16 de nov. 2019.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2019). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: . Acesso em: 01 nov. 2019.

Mesquita, K.O., Lima, G. K., Flôr, S. M. C., Freitas, C. A. S. L., Linhares, M. S. C. (2012) Perfil epidemiológico dos casos de sífilis em gestantes no município de Sobral, Ceará, de 2006 a 2010. Sanare, Sobral, 11(1): 13-17, jan. /jun.

Moreira, K. F. A., Oliveira, D. M., Alencar, L. N., Cavalcante, D. F. B., Pinheiro, A. S., Orfão N. H. (2017). Perfil dos casos notificados de sífilis congênita. Cogitare Enfermagem, 22(2).

Oliveira, K. T. A. et al. (2019). Caracterização da sífilis em gestantes no município de Codó – Maranhão no período de 2012 a 2017. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 19(1): 1-6, 10 jan.

Organização mundial da saúde. (2008). Eliminação Mundial da Sífilis Congênita: Fundamento lógico e estratégia para ação. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/43782/9789248595851_por.pdf?ua=1. Acesso em: 16 de nov. 2019.

Pereira, A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1. Acesso em: 19 nov. 2019.

Porto, C. S. (2012). Saúde no Brasil: A sífilis na atualidade. Monografia (Especialização em Análises Clínicas) - Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma.

Resolução da Comissão Intergestores Bipartite que dispõe sobre a conformação de 19 Regiões de Saúde e de 08 Macrorregiões. (2012). (CIB/MA) N° 44/2011 de 16 de junho de 2012 (Estado). Regionalizacão da Saúde. MA.

Rodrigues C. S., Guimarães M. D. C. (2004). Grupo Nacional de Estudo sobre Sífilis Congênita. Positividade para sífilis em puérperas: ainda um desafio para o Brasil. Rev Panam Salud Publica. 16(3): 168–75.

Saab, F. (2009). Prevalência de sífilis em gestantes que abortaram atendidas pelo programa de atenção à gestante- PPG do estado de Sergipe, de 2005 à 2007. 102 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde). Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília, Brasília.

Saraceni, V. et al. (2005). Mortalidade perinatal por sífilis congênita: indicador da qualidade da atenção à mulher e à criança. Cadernos de Saúde Pública, 21(4): 1244-1250, ago. FapUNIFESP.

Saraceni,V et al. (2007). Vigilância da sífilis na gravidez. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 16(2): 103-111.

Secretaria de Estado da Saúde. (2016). Guia de bolso para manejo de sífilis em gestantes e sífilis congênita. Centro de Controle de Doenças Programa Estadual de DST/AIDS. São Paulo, p. 112.

Downloads

Publicado

01/01/2020

Como Citar

VERDE, R. M. C. L.; OLIVEIRA, E. H.; MAGALHÃES, L. M.; LIMA, M. M. P. de; FERREIRA, S. R. dos S. Sífilis gestacional: impacto epidemiológico no estado do Maranhão, Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 2, p. e83922110, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i2.2110. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/2110. Acesso em: 20 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde