Soroprevalência da infecção por sífilis, HIV 1/2, toxoplasmose, hepatite B e hepatite C em gestantes assistidas pelo serviço de saúde do município de Penedo-AL
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.21158Palavras-chave:
Gestação; Pré-natal; Infecção perinatal; Soroprevalência; Doenças infecto parasitárias.Resumo
Infecções durante a gestação são frequentes e podem gerar complicações graves, afetando o binômio materno-fetal. O pré-natal é um exemplo clássico de prevenção. Foi realizado um estudo transversal com gestantes para análise dos resultados do teste não treponêmico para sífilis e das sorologias para HIV 1/2, toxoplasmose (IgM e IgG), hepatite B e hepatite C. As prevalências encontradas foram 4,9% (20/408), 0,24% (1/408), 20,83% (85/408), 0,49% (2/408), respectivamente para sífilis, HIV ½, toxoplasmose (IgG) e HBV. Não foi identificado nenhum caso de infecção pelo vírus da hepatite C e toxoplasmose aguda (IgM). Foi possível observar uma alta prevalência nos casos de sífilis, enquanto, as demais infecções mantiveram-se com baixas prevalências. O rastreio dessas infecções é extremamente importante para o diagnóstico e tratamento precoce das gestantes, evitando a transmissão materno-fetal, possibilitando um melhor planejamento estratégico de prevenção e tratamento precoce das gestantes.
Referências
Araujo, E. C., Costa, K. S., Souza e Silva, R., Azevedo, V. N., & Lima, F. A. (2006). Importância do pré natal na prevenção da Sífilis Congênita. Rev Para Med, 20 (1), 47 51.
Araújo, M. A., Freitas, S. C., Moura, H. J., Gondim, A. P., & Silva, R. M. (2013). Prevalence and factors associated with syphilis in parturient women in Northeast, Brasil. BMC Public Health, p. 206. https://doi.org/10.1186/1471-2458-13-206
Baumgarten, V. Z., Longhi, K., Bianchi, M. S., & Gonçalves, C. V. Perfil sorológico das gestantes atendidas no pré-natal de um hospital universitário no sul do Brasil. Revista de Ciências da Saúde – Vittalle, 23(1), 67-74.
Brasil. Ministério da Saúde. Atenção ao Pré-natal de baixo risco - manual técnico. 1ª Ed. Brasília, 2012; p. 230.
Brasil. Boletim Epidemiológico HIV-AIDS. Ministério da Saúde. Ano V nº1 Brasilia: 2017.
Brasil. Boletim Epidemiológico Sífilis. Ministério da Saúde. v. 48 nº 36 Brasilia, 2017.
Caddy, S. C., Lee, B. E., Sutherland, K., Robinson, J. L., Plitt, S. S., Read, R., Singh, A. E. (2011). Pregnancy and neonatal outcomes of women with reactive syphilis serology in Alberta, 2002 to 2006. J Obstet Gynaecol Can, 5(33), 453 459. https://doi.org/10.1016/S1701-2163(16)34878-2
Camara, J. T., Silva, M. G., & Castro, A. M. (2015). Prevalência de toxoplasmose em gestantes atendidas em dois centros de referência em uma cidade do Nordeste, Brasil. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., 37(2), 64-70. http://dx.doi.org/10.1590/SO100-720320150005115.
Cantos, G. A., Prando, M. D., Siqueira, M. V., & Teixeira, R. M. (2000). Toxoplasmose: ocorrência de anticorpos Anti-Toxoplasma gondii e diagnóstico. Rev. Assoc. Med. Bras, 46 (4), 335-341. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302000000400033
Costa, Z. B., Machado, G. C., Avelino, M. M., Gomes Filho, C., Macedo Filho, J. V., Minuzzi, A. L. et al. (2009). Prevalence and risk factors for Hepatitis C and HIV-1 infections among pregnant women in Central Brazil. BMC Infect Dis, 9(116). http://dx.doi.org/10.1186/1471-2334-9-116
Connor, E. M., Sperling, R. S., Gelber, R., Kiselev, P., Scott, G., & O'sullivan, M. J. et al. (1994). Reduction of maternal-infant transmission of human immunodeficiency virus type 1 with zidovudine treatment. Pediatric AIDS Clinical Trials Group Protocol 076 Study Group. N Engl J Med, 331, 1173-1180. http://dx.doi.org/10.1056/NEJM199411033311801
Chakravarti, A., & Rawat, D., Jain, M. A study on the perinatal transmission of the hepatitis B virus. Indian J Med Microbiol, 128-30. http://dx.doi.org/10.4103/0255-0857.16055
De Lorenzi, D. R., & Madi, J. M. (2001). Sífilis Congênita como Indicador de Assistência Pré natal. Rev Bras Ginecol Obstet, 23(10), 647 652.
Domingues, R. M., Saracen, V., Hartz, Z. M., & Leal, M. C. (2013). Sífilis congênita: evento sentinela da qualidade da assistência pré-natal. Rev. Saúde Pública, 47(1), 147-157.
Domingues, R. M, Szwarcwald, C. L, Souza Junior, P. R., Leal, M. C. (2014). Prevalência de sífilis na gestação e testagem pré-natal: Estudo Nascer no Brasil. Rev. Saúde Pública, 48(5), 766-774. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-8910.2014048005114
Erezin, R. I., Bertolini, D. A., & Demarchi, I. G. (2013). Prevalência de sorologia positiva para HIV, hepatite B, toxoplasmose e rubéola em gestantes do noroeste paranaense. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., 35(2), 66-70. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032013000200005
Ferezin, R. I., Bertolini, D., & Demarchi, I. G. (2013). Prevalência de sorologia positiva para HIV, hepatite B, toxoplasmose e rubéola em gestantes do noroeste paranaense. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., 35 (2), 66-70. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032013000200005
Figueiro-Filho, E. A., Senefonte, F. R., Lopes, A. H., Morais, O. O., Souza Júnior, V. G., & Maia, T. L. et al. (2007). Frequência das infecções pelo HIV-1, rubéola, sífilis, toxoplasmose, citomegalovírus, herpes simples, hepatite B, hepatite C, doença de Chagas e HTLV I/II em gestantes, do Estado de Mato Grosso do Sul. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., 40 (2), 181-187. https://doi.org/10.1590/S0037-86822007000200007
Gonçalves, M. A., Matos, C. C., Spegiorin, L. C., Oliani, D. C., Oliani. A. H., & Mattos, L. C. (2010). Seropositivity rates for toxoplasmosis, rubella, syphilis, cytomegalovirus, hepatitis and HIV among pregnant women receiving care at a public health service, São Paulo state, Brazil. Braz J Infect Dis, 14(6), 601-605. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-86702010000600009
Gonçalves, C. V., Peres, A. C., Zatt, D. B., Zanella, N. C., Schneider, E. I., & Daros, P. (2016). Prevalência de infecções de possível transmissão vertical em gestantes de um Hospital Universitário no Sul do Brasil. Ribeirão Preto, 49 (6), 526-532.
Inagaki, A. D., Oliveira, L. A., Oliveira, M. F., Santos, R. C.; Araújo, R. M., & Melo, J. A. et al. (2009). Soroprevalência de anticorpos para toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, sífilis e HIV em gestantes sergipanas. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., 42 (5), 532-536. http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822009000500010
Inagaki, A. D., Cardoso, N. P., Lopes, R. J., Alves, J. A., Mesquita, J. R., & Araújo, K. C. et al. (2014). Análise espacial da prevalência de toxoplasmose em gestantes de Aracaju, Sergipe, Brasil. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., 36 (12), 535-540. http://dx.doi.org/10.1590/So100-720320140005086
Kupek, E., & Oliveira, J. F. (2012). Transmissão vertical do HIV, da sífilis e da hepatite B no município de maior incidência de AIDS no Brasil: um estudo populacional no período de 2002 a 2007. Rev. bras. Epidemiol, 15 (3), 478-487. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-790X20120003000
Mast, E. E., Margolis, H. S., Fiore, A. E., Brink, E. W., Goldstein, S. T., & Wang, S. A. et al. (2005). A comprehensive immunization strategy to eliminate transmission of hepatitis B virus infection in the United States: recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP) part 1: immunization of infants, children, and adolescents. Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR Recomm Rep, 1-31. PMID: 16371945
Machado Filho, A. C., Sardinha, J. F., Ponte, R. L., COSTA, E. P.; SILVA, S. S., & Martinez-Espinosa, F. E. (2010). Prevalência de infecção por HIV, HTLV, VHB e de sífilis e clamídia em gestantes numa unidade de saúde terciária na Amazônia ocidental brasileira. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., 32(4), 176-183. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032010000400005
Melo, V. H., & Pires do Rio, R. M. Assistência Pré-Natal. Projeto Diretrizes – Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, p. 15, 2006.
Miranda, A. E., Rosetti Filho, E., Trindade, C. R., Gouvêa, G. M., Costa, D. M., Oliveira, T. G., & França, L. C. et al. (2009). Prevalência de sífilis e HIV utilizando testes rápidos em parturientes atendidas nas maternidades públicas de Vitória, Estado do Espírito Santo. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., 42(4), p.386-391. http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822009000400006
Perim, E. B., & Passos, A. D. (2005). Hepatite B em gestantes atendidas pelo Programa do Pré-Natal da Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto, Brasil: prevalência da infecção e cuidados prestados aos recém-nascidos. Rev. bras. Epidemiol, 8(3), 272-281. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-790X2005000300009
Pires, O. N., Pimentel, Z. N., Santos, M. V., & Santos, W. A. (2007). Vigilância epidemiológica da sífilis na gravidez no centro de saúde do bairro Uruará Área Verde. J Bras Doenças Sex Transm, 19(3/4), 162 165.
Pinto, C. S., Martins, R. M., Andrade, S. M., Stief, A. C., Oliveira, R. D., & Castro, A. R. (2011). Infecção pelo vírus da hepatite C em gestantes em Mato Grosso do Sul, 2005-2007. Rev. Saúde Pública, 45(5), 974-976. https://doi.org/10.1590/S0034-89102011005000053
Saraceni, V., & Miranda, A. E. (2012). Relação entre a cobertura da Estratégia Saúde da Família e o diagnóstico de sífilis na gestação e sífilis congênita. Cad Saúde Pública, 28 (3), 490 496. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2012000300009
Saloojee, H., Velaphi, S., Goga, Y., Afadapa, N., Steen, R., Lincetto, O. (2004). The prevention and management of congenital syphilis: an overview and recommendations. Bull World Health Organ, 82 (6), 424 30. PMID: 15356934.
Silva, C. M., Alves, R. S., Santos, T. S., Bragagnollo, G. R., Tavares, C. M., & Santos A. A. P. (2018). Epidemiological overview of HIV/AIDS in pregnant women from a state of northeastern Brazil. Rev Bras Enferm, 71, 568-76. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0495
Schrag, S. J., Arnold, K. E., Mohle-Boetani, J. C., Lynfield, R., Zell, E. R., & Stefonek, K. et al. (2003). Prenatal screening for infectious diseases and opportunities for prevention. Obstet Gynecol, 753-60. http://dx.doi.org/10.1016/s0029-7844(03)00671-9
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. (2008). Sífilis congênita e sífilis na gestação. Rev. Saúde Pública, 42(4), 768-772.
Varella, I. S., Wagner, M. B., Darela, A. C., Nunes, L. M., & Müller, R. W. (2003). Prevalência de soropositividade para toxoplasmose em gestantes. J. Pediatr, 79(1), 69-74. http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572003000100012
Vilte, R. M., Azevedo, K. M., Setúbal, S., & Oliveira, S. A. (2016). Seroprevalence of toxoplasmosis, syphilis, hepatitis b, hepatitis c, rubella, cytomegalovirosis and human immunodeficiency virus infection among pregnant patients followed up from 2008 to 2012 at hospital universitário Antônio Pedro, Niterói (RJ). Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis, 28(1), 20-28.
Zemene, E., Yewhalaw, D., Abera, S., Belay, T., Samuel, A., & Zeynudin, A. (2012). Seroprevalence of Toxoplasma gondii and associated risk factors among pregnant women in Jimma town, Southwestern Ethiopia. BMC Infect Dis, 12, 337. http://dx.doi.org/10.1186/1471-2334-12-337
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Natália Tenório de Mendonça Uchôa; Renata Camila da Silva Rêgo; Paulo Vitor Muniz Azevedo; Thiago José Matos Rocha; Erlon Oliveira dos Santos; Flaviana dos Santos Wanderley
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
