Parasitos gastrintestinais em animais silvestres e exóticos de um Parque Zoobotânico no Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21255Palavras-chave:
Aves; Helmintos; Mamíferos; Mini-FLOTAC; Protozoários.Resumo
Resumo
Um dos obstáculos da conservação ex situ de animais silvestres e exóticos são as doenças que os acometem em cativeiro e, dentre elas, as endoparasitoses são muito frequentes. O objetivo deste trabalho é relatar a ocorrência de endoparasitos em amostras fecais de animais do Parque Zoobotânico Arruda Câmara, em João Pessoa, Paraíba, Brasil, bem como identificar diferenças estatísticas significativas entre os percentuais de cada espécie de parasito encontrada. Para tanto, foram obtidas 66 amostras fecais de 50 espécies de animais, entre mamíferos, aves e répteis. As diferenças estatísticas entre as porcentagens de cada espécie de parasito foram obtidas pelo teste binomial com nível de significância de 5%. Um total de 54,5% (36/66) das amostras fecais foram positivas (p = 0,539), entre as quais 80,5% (29/36) eram de nematoides, seguidos de cestoides 19,4% (07/36), protozoários 13,9% (05/36), e ácaros 16,7% (06/36). Este estudo relata pela primeira vez a associação de Balantidium sp. em Tapirus terrestris, Bertiella sp. em Alouatta caraya, Hymenolepis spp. e Aspiculuris spp. como parasitas espúrios em répteis; e Entamoeba coli e Eimeria spp. com Iguana Iguana no nordeste do país. Este estudo fornece conhecimento sobre alguns dos endoparasitos que podem ocorrer em zoológicos da região Nordeste do país, bem como auxilia na ampliação dos dados ecológicos sobre animais silvestres e exóticos.
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