Hidropsia fetal: desafios nas etiologias

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21259

Palavras-chave:

Hidropsia; Fetal; Etiologias.

Resumo

Introdução: A hidropisia fetal é definida como a presença de coleções de fluidos anormais em dois ou mais compartimentos extravasculares fetais e do corpo cavidades. Existem cerca de 150 diferentes causas subjacentes conhecidas hoje potencialmente levando a esta alteração fetal. Objetivo: Analisar as etiologias envolvidas na ocorrência de casos de hidropsia fetal. Métodos: Realizada uma revisão sistemática da literatura por meio das bases de dados MedLine, Pubmed e Scielo, entre o período de 2015 a 2021, utilizando as expressões: “Hidropsia, fetal, etiologias." Discussão: Divide-se a hidropsia fetal em imune e não imune. A imune resulta da anemia secundária a  eritroblastose por aloimunização, dessa forma quando há uma exposição materna a antígenos fetais, gera uma resposta imunológica  que resulta na produção de anticorpos. Antecedentes de transfusões sanguíneas, partos prévios, traumas e história prévia de aloimunização são caracterizados como fatores de risco. Dessa forma, a imunoprofilaxia com imunoglobulina anti-D está indicada para todas grávidas RhD, com progenitor masculino RhD positivo, com hemorragia materno fetal abundante durante o parto ou eventos com potencial sensibilizador no período pré natal. Conclusão: Para um tratamento efetivo, é fundamental a identificação do tipo de hidropsia fetal do paciente e, em seguida, a etiologia da doença, a qual é bastante variável na Hidropsia Fetal Não Imune.

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Publicado

10/10/2021

Como Citar

DANTAS, R. F. de A. .; SANTOS, T. R.; CANO, M. E. B. .; CHAVES, M. E. B. C. .; SILVA, A. C. B. da . Hidropsia fetal: desafios nas etiologias. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 13, p. e247101321259, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i13.21259. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/21259. Acesso em: 25 nov. 2024.

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Artigos de Revisão