Autonomia intelectual do paciente: relação entre o contato e a busca por conhecimentos sobre determinada doença na Atenção Primária
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21260Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde; Estratégia Saúde da Família; Educação em saúde.Resumo
A Organização Mundial de Saúde informa que a maioria da população mundial viverá 60 anos ou mais. Para que se tenha uma vida mais longa, com qualidade de vida, o fator saúde é imprescindível. Consequentemente, ter acesso a informações claras e confiáveis, sobre as doenças com as quais convive, é uma ferramenta importante para prevenção e terapêutica das doenças. Assim, objetivou-se pesquisar, através de aplicação de questionário, a temática de eleição, pela clientela, para a ação de rodas de conversa em um ambulatório público, e verificar se o contato com a doença, influencia no interesse de busca por conhecimentos sobre a mesma. A experiência ocorreu na sala de espera do Ambulatório Sette de Barros, após aprovação Ética - parecer 2.925.286. O questionário impresso foi aplicado para 378 pessoas, nos meses de setembro e novembro de 2018. A pesquisa identificou que: (i) com relação aos temas eleito para discussão o mais votado foi depressão com 292 votos; seguido por hipertensão arterial (261); dislipidemia (256) e insônia 247; (ii) a maioria dos entrevistados demonstrou ter contato com alguém que apresenta hipertensão arterial (311 respondentes), seguido de depressão (291 optantes), insônia (289) e diabetes (287). Infere-se que há uma relação positiva entre escolha pela temática e a vivência dos pacientes com as doenças, já que é mais recorrente que os indivíduos apresentem dúvidas sobre o tema e a Atenção Primária mostra-se como um dos locais de busca por informações seguras e acessíveis sobre temáticas relacionadas a saúde.
Referências
Apóstolo, J., Ventura, A., Caetano, C. & Costa, S. (2008) Depressão, ansiedade e stresse em utentes de cuidados de saúde primários. Coimbra: Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. 46p. https://www.scielo.br/pdf/rlae/v19n2/pt_17.pdf
Brasil. DATASUS CNES. (2015). http://datasus.saude.gov.br/cadastro-nacional-de-estabelecimentos-de-saude.
Costa, T. S. (2015). Rastreamento de sintomas depressivos em usuários assistidos pela Estratégia de Saúde da Família em um município de pequeno porte no nordeste brasileiro [tese]. São Paulo: Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. 98f. http://ojs.unesp.br/index.php/ revista_proex/oai?verb=ListRecords&set=revista_proex&metadataPrefix=oai_dc
Del Porto, J. A. (1993). Depressões. In: Ramos O. L, Rot-Schild H. A. Atualização terapêutica. (16a ed.), Artes Médicas. 949-951 e 1171-1172.
Echer, I. C. (2005) Elaboração de manuais de orientação para o cuidado em saúde. Rev Lat Am Enferm. 13(5), 754-757.
Ferreira, L., Barbosa, J. S. A., Esposti, C. D. D. & Cruz, M. M. (2019A). Educação Permanente em Saúde na atenção primária: uma revisão integrativa da literatura. Saúde debate. 43:120, 223-239.
Ferreira, M. J. M., Ribeiro, K. G., Almeida, M. M., Sousa, M. S., Ribeiro, M. T. A. M., Machado, M. M. T. & Kerr, L. R. F. S. (2019B). Novas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Medicina: oportunidades para ressignificar a formação. Interface, Botucatu. 23(1).
Fontana, A. M. Manual de Clínica em Psiquiatria. Editora Atheneu, 2005.
Gomide, M. F. S., Pinto, I. C., Bulgarelli, A. F., Santos, A. L. P. & Gallardo, M. P. S. (2018). A satisfação do usuário com a atenção primária à saúde: uma análise do acesso e acolhimento. Interface. Botucatu, 22(65), 387-398.
Guibuni, I. A., Moraes, J. C., Guerra Junior, A. A., Costa, E. A., Acurcio, F. A., Costa, K. S., Karnikowski, M. G. O., Soeiro, O. M., Leite, S. N. & Álvares, J. (2017). Características principais dos usuários dos serviços de atenção primária à saúde no Brasil. Revista de saúde Pública. 17(2).
Gusso, G. & Lopes, J. M. C. (2018). Tratado de Medicina de Família e Comunidade. Artmed, 2
Kugbey,N., Meyer-Weitz, A. & Asante, K. O. (2019) Acesso a informações sobre saúde, alfabetização em saúde e qualidade de vida relacionada à saúde entre mulheres que vivem com câncer de mama: depressão e ansiedade como mediadores. National Library of Medicine. 102 (7), 1357-1363.
López, M. M., Mohrbach, D. Y., Puyana, C. R., Anderson, M. I. P., Mejía, P. A. C., Fortes, S., Quiroz, J. R. & González, M. L. V. (2018) La Medicina Familiar y Comunitaria como fuente de cuidados de Salud Mental. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. 13(10), 54-68.
Liu, P. L., & Jiang, S. A. (2019). Comunicação centrada no paciente medeia a relação entre a aquisição de informações de saúde e a confiança do paciente nos médicos: uma comparação de cinco anos na China. Comunicação em saúde. 36(2).
Moretti-Pires, R. O., & Bueno, S. M. V. (2009). Freire e formação para o Sistema Único de Saúde: o enfermeiro, o médico e o odontólogo. Acta Paul Enferm. 22(44), 39-44.
Oliveira, M. F., & Cota, L. G. S. (2018). A pedagogia freiriana nas práticas de educação em saúde. Diversitates International Journal, 10(1), 46-58.
Oliveira, S. F., & Machado, F. C. A. (2020). Percepção dos profissionais da Estratégia Saúde da Família sobre processos educativos em saúde. Revista Ciência Plural. 6(1), 56-70.
Pereira, A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. Biblioteca Central da UFSM. https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Li c_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1
Organização Mundial da Saúde (OMS) (2017). 10 fatos sobre envelhecimento e saúde. https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/10-facts-on-ageing-and-health
Starfield, B. (2002) Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: UNESCO, Ministério da Saúde, 2002. http://www.dominiopublico.gov.br/download/textoue000039.pdf
Vieira, M. S. N., Matias, K. K. & Queiroz, M. G. (2021). Educação em saúde na rede municipal de saúde: práticas de nutricionistas. Ciênc. Saúde Colet. 26(02).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Márcia Farsura de Oliveira; Pollyanna Álvaro Ferreira Spósito; Caroline Silva de Araujo Lima; Marli do Carmo Cupertino
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.