Itinerário terapêutico: olhar atento sobre a Atenção Primária a Saúde no interior da Amazônia
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.21400Palavras-chave:
Itinerário Terapêutico; Atenção Primária à Saúde; Práticas de saúde.Resumo
O estudo tem por objetivo investigar o itinerário terapêutico na Atenção Primária à Saúde na modalidade da Estratégia Saúde da Família. Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem qualitativa, constituindo-se uma pesquisa de campo realizada no município de Santarém - PA. Participaram da pesquisa, os usuários e profissionais que atuam em duas Estratégia Saúde da Família (ESF), sendo uma localizada na zona urbana e outra na zona do rural. Para coleta de dados, utilizou-se um roteiro de perguntas, que levou em consideração características sociodemográficas dos participantes. Os dados foram agrupados segundo a análise de conteúdo categorial de Bardin. A pesquisa respeitou a resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde e foi submetido Junto ao Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade do Estado do Pará (UEPA) sob CAAE: 20314619.7.0000.5174 e parecer de aprovação número: 3.619.147. Os resultados das entrevistas, foram organizados segundo as percepções dos profissionais de saúde e usuários em relação aos eixos temáticos estudados: 1: itinerário na promoção a saúde e na busca do tratamento de doenças; 2: potencialidades e fragilidades encontradas no acesso ao serviço. Constatou-se que a UBS é o primeiro local de procura pelos usuários, quando estão doentes. Quanto ao eixo temático 2, o agendamento de consultas é tido como uma das potencialidades da ESF, entretanto, o número reduzido de profissionais, caracterizou-se como uma das fragilidades assistenciais. Assim, por meio desta pesquisa percebeu-se que os itinerários terapêuticos são característicos de cada indivíduo, baseados em suas experiências e crenças.
Referências
Albuquerque, M. D. S. V. D., Lima, L. P., Costa, A. M., & Melo Filho, D. A. D. (2013). Regulação Assistencial no Recife: possibilidades e limites na promoção do acesso. Saúde e Sociedade, 22, 223-236.
Alves, P. C. B., & Souza, I. M. (1999). Escolha e avaliação de tratamento para problemas de saúde: considerações sobre o itinerário terapêutico. Experiência de doença e narrativa, 1, 125-38.
Arakawa, A. M., Lopes-Herrera, S. A., Caldana, M. D. L., & Tomita, N. E. (2012). Percepção dos usuários do SUS: expectativa e satisfação do atendimento na Estratégia de Saúde da Família. Revista CEFAC, 14, 1108-1114.
Ascari, R. A., Ferraz, L., Buss, E., Rennau, L. R., & Brum, M. L. B. (2014). Estratégia saúde da família: automedicação entre os usuários. Revista Uningá review, 18(2).
Bardin, L.(2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.
Barros, M. M. A. F., Mendes, M. D. L. C., Frota, L. M. A., & de Sousa Almeida, J. R. (2018). Acolhimento em unidade de atenção primária à saúde: potencialidades e desafios. SANARE-Revista de Políticas Públicas, 17(2).
Bizinelli, B. M., Neto, P. P., de Albuquerque, G. S. C., Conde, R. E. S., & Scarin, F. C. (2019). Acesso à Atenção Primária à Saúde em Curitiba: a percepção dos usuários que frequentam uma unidade de pronto atendimento (UPA). APS EM REVISTA, 1(3), 198-205.
Brasil (2017). Política Nacional de Atenção Básica. Portaria n. 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Sa.de (SUS). Diário Oficial da União, Brasília, DF.
Cabral, A. L. L. V., Martinez-Hemáez, A., Andrade, E. I. G., & Cherchiglia, M. L. (2011). Itinerários terapêuticos: o estado da arte da produção científica no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 16, 4433-4442.
Carlomagno, M. C. (2018). Conduzindo pesquisas com questionários online: Uma Introdução as Questões Metodológicas. Estudando cultura e comunicação com mídias sociais, 31.
Corrêa, A. C. P., Ferreira, F., Cruz, G. S. P., & Pedrosa, I. C. F. (2011). Acesso a serviços de saúde: olhar de usuários de uma unidade de saúde da família. Revista Gaúcha de Enfermagem, 32, 451-457.
Dowbor, T. P., & Westphal, M. F. (2013). Determinantes sociais da saúde e o Programa Saúde da Família no município de São Paulo. Revista de Saúde Pública, 47, 781-790.
Fernandes, A. M., Bruchêz, A., d'Ávila, A. A. F., Castilhos, N. C., & Olea, P. M. (2018). Metodologia de pesquisa de dissertações sobre inovação: Análise bibliométrica. Desafio online, 6(1).
Formiga, B. G. (2016). Programa Saúde da Família, as potencialidades e limitações para o Sistema Único de Saúde: uma revisão integrativa.
Guedes, J. D. S., Santos, R. M. B. D., & Di Lorenzo, R. A. V. (2011). A implantação do Programa de Saúde da Família (PSF) no Estado de São Paulo (1995-2002). Saúde e Sociedade, 20, 875-883.
Guerin, GD, Rossoni, E., & Bueno, D. (2012). Itinerários terapêuticos de usuários de medicamentos de uma unidade de Estratégia de Saúde da Família. Ciência & Saúde Coletiva , 17 , 3003-3010.
Instituto brasileiro de geografia e estatística[IBGE]. Dados da Cidade de Santarém – Pará. Brasília, DF, 2021.
Kleinman, A. (1980). Pacientes e curandeiros no contexto da cultura . Imprensa da Universidade da Califórnia.
Maliska, I. C. A., & de Souza Padilha, M. I. C. (2007). AIDS: a experiência da doença e a construção do itinerário terapêutico. Revista Eletrônica de Enfermagem, 9(3).
Marin, M. J. S., Moracvick, M. Y. A. D., & Marchioli, M. (2014). Acesso aos serviços de saúde: comparação da visão de profissionais e usuários da atenção básica [Health service access: comparing professionals’ and users’ views of primary care]. Revista Enfermagem UERJ, 22(5), 629-636.
Mendes, E. V. (2010). As redes de atenção à saúde. Ciência & saúde coletiva, 15, 2297-2305.
Merino, MDFGL e Marcon, SS (2007). Concepções de saúde e itinerário terapêutico adotado por adultos de um município de pequeno porte. Revista Brasileira de Enfermagem , 60 , 651-658.
Milanez, TCM, Soratto, J., Ferraz, F., Vitali, MM, Tomasi, CD, Sorato, MT, & Bittencourt, LTG (2018). Satisfação e insatisfação na Estratégia Saúde da Família: potencialidades a serem exploradas, fragilidades a serem dirimidas. Cadernos Saúde Coletiva , 26 , 184-190.
Minayo, M. C. S. (2010). O desafio do conhecimento: metodologia de pesquisa social em saúde. Rio de Janeiro: Editora Hucitec.
Paes, K. D. S. M., Nascimento, J. C., & Oliveira Negrini, L. D. (2018). O uso da atenção intermediária como porta de entrada preferencial ao sus: a percepção dos usuários classificados como não urgentes na upa 24 horas dr. Valdir de camargo, bragança paulista, sp. Ensaios USF, 2(2), 1-13.
Temer, A., & Tuzzo, S. A. (2017). A entrevista como método de pesquisa qualitativa: uma Leitura Crítica das memórias dos jornalistas. CIAIQ 2017, 3.
Santos, K. T. D., Saliba, N. A., Moimaz, S. A. S., Arcieri, R. M., & Carvalho, M. D. L. (2011). Agente comunitário de saúde: perfil adequado a realidade do Programa Saúde da Família?. Ciência & Saúde Coletiva, 16, 1023-1028.
Santos, D. D. S., Tenório, E. D. A., Brêda, M. Z., & Mishima, S. M. (2014). Processo saúde/doença e estratégia de saúde da família: o olhar do usuário. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 22, 918-925.
Secretaria municipal de saúde de santarém [SEMSA] Informações de Saúde do Município de Santarém.. Santarém, PA, 2020.
Visentin, A., & Lenardt, MH (2010). O itinerário terapêutico: história oral de idosos com câncer. Acta paulista de enfermagem , 23 , 486-492.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Camila dos Santos Freitas; Vanessa Mello da Silva; Georgia Silvestri Traesel; Franciane de Paula Fernandes; Sheyla Mara Silva de Oliveira; Marcelo Silva de Paula; Livia de Aguiar Valentim; Gabriel Cunha da Silva
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.