Efeito de parâmetros nutricionais e físicos no crescimento celular e produção de pigmento de Serratia marcescens isolada de um nódulo de leguminosa da Amazônia
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21407Palavras-chave:
Bactéria de solo; Biopigmentos; Metabolismo microbiano.Resumo
A bactéria Serratia marcescens é uma das espécies produtoras de prodigiosina, pigmento vermelho com características de interesse nas áreas farmacêutica, alimentícia e têxtil. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de diferentes parâmetros nutricionais, e identificar aqueles que influenciam positivamente no crescimento celular e na produção de pigmentos em uma espécie de Serratia marcescens isolada de um nódulo de leguminosa. Inicialmente os ensaios foram realizados em fermentação submersa utilizando caldo Luria Bertani (LB), sendo modificado para a avaliação de diferentes fontes de carbono, nitrogênio, temperaturas e pHs. As leituras das amostras foram realizadas nos tempos entre 24 e 72 horas, medindo-se o crescimento celular por meio da densidade óptica (OD) a 600 nm em microplaca de 96 poços e a produção de pigmentos foi realizada por meio da extração do metabolito com auxílio de metanol e posterior leitura em espectrofotômetro a 470 nm. Como resultado a maior produção de biomassa foi obtida utilizando sacarose e glicose como fontes de carbono, NH4Cl como fonte de nitrogênio, em temperatura de 25 °C e pH variando entre 6,0 e 7,0. A maior produção de pigmento ocorreu quando o amido solúvel foi utilizado como fonte de carbono e o NH4Cl como fonte de nitrogênio, em temperatura de 25 °C e pH 8,0. Concluímos que partir dos resultados obtidos avaliando os diferentes parâmetros nutricionais, foi observado que fontes de carbono como sacarose e glicose estimulam a crescimento celular da Serratia marcescens, porém inibem significativamente a produção dos pigmentos, bem como a variação dos níveis de pH.
Referências
Becton & Dickison. (2010). Padrão de turvação preparado BBL: McFarland Turbidity Standard No. 0.5. USA.
Bhat, S. V., Khan, S. S., & Amin, T. (2013). Isolation and characterization of pigment producing bacteria from various foods for their possible use as biocolours. International Journal of recent scientific research, 4(10), 1605-1609. Obtido de http://www.recentscientific.com/sites/default/files/ Download_648.pdf
Borneman, J., & Triplett, E. W. (1997). Molecular microbial diversity in soils from eastern Amazonia: evidence for unusual microorganisms and microbial population shifts associated with deforestation. Applied and environmental microbiology, 63(7), 2647–2653. https://doi.org/10.1128/aem.63.7.2647-2653.1997
Carbonell, G. V., Della Colleta, H. H., Yano, T., Darini, A. L., Levy, C. E., & Fonseca, B. A. (2000). Clinical relevance and virulence factors of pigmented Serratia marcescens. FEMS immunology and medical microbiology, 28(2), 143–149. https://doi.org/10.1111/j.1574-695X.2000.tb01469.x
Chi-Zong, Z., Chiung-Wen, Y., Wei-Feng, C., Chia-Chi, L., Shu-Chen, K., Chwen-Jen, S. & Yung-Chuan, L. (2014). Identification and enhanced production of prodigiosin isoform pigment from Serratia marcescens N10612. Journal of the Taiwan Institute of chemical engineers, 45(4), 1133-1139. https://doi.org/10.1016/j.jtice.2013.12.016
Clinical and Laboratory Standards Institute – CLSI. (2015). Methods for dilution antimicrobial susceptibility tests for bacteria that grow aerobically: M07-A10. Wayne, Pennsylvania.
Constante, P. B. L., Silva, A. G., Borges, A. S., Melo, F. O., Fanchiotti, F. E.., Silva, F. L. A. T. & Stringheta, P.C. (2021) Microencapsulação do urucum e avaliação da estabilidade. Research, Society and Development, 10(9), e51910918179. 10.33448 / rsd-v10i9.18179.
Elkenawy, N. M., Yassin, A. S., Elhifnawy, H. N. & Amin, M. A. (2017). Optimization of prodigiosin production by Serratia marcescens using crude glycerol and enhancing production using gamma radiation. Biotechnology Reports, 14(3), 47–53. https://doi.org/10.1016/j.btre.2017.04.001
Filho, R. F. C. & Teixeira, M. F. S. (2013). Avaliação do potencial biotecnológico de pigmentos produzidos por bactérias do gênero Serratia isoladas de substratos amazônicos. Duque de Caxias, Brasil: Espaço Científico Livre.
Giri, A. V., Anandkumar, N., Muthukumaran, G., & Pennathur, G. (2004). A novel medium for the enhanced cell growth and production of prodigiosin from Serratia marcescens isolated from soil. BMC microbiology, 4(11). https://doi.org/10.1186/1471-2180-4-11
Guimarães, O. L. (2011). Metabolismo do amido em ruminantes (Seminário aplicado- Escola de Veterinária, Universidade Federal de Goiás, Goiânia). https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/67/o/semi2011_Leonardo_Guimaraes_1c.pdf
Gulani, C., Bhattacharya, S., & Das, A. (2012). Avaliação de parâmetros de processo que influenciam a produção aumentada de prodigiosina de Serratia marcescens e avaliação de seus potenciais antimicrobianos, antioxidantes e de tingimento. Malaysian Journal of Microbiology, 8(2), 116-122. https://doi.org/10.21161 / mjm.03612.
Hejazi, A., & Falkiner, F. R. (1997). Serratia marcescens. Journal of medical microbiology, 46(11), 903–912. https://doi.org/10.1099/00222615-46-11-903
Kim, C. H., Kim, S. W., & Hong, S. I. (1999). An integrated fermentation-separation process for the production of red pigment by Serratia sp. KH-95. Process Biochemistry, 35(5), 485-490. https://doi.org/10.1016/S0032-9592(99)00091-6
Kurbanoglu, E. B., Ozdal, M., Ozdal, O. G., & Algur, O. F. (2015). Enhanced production of prodigiosin by Serratia marcescens MO-1 using ram horn peptone. Brazilian journal of microbiology, 46(2), 631–637. https://doi.org/10.1590/S1517-838246246220131143
Lins, J. C. L. (2010). Produção e caracterização de prodigiosina isolada de Serratia marcescens UCP 1549 (Dissertação programa de Pós-graduação em ciências biológicas, Universidade Federal de Pernambuco). https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1725/1/arquivo2808_1.pdf
Lu, Y.G., Wang, L., Xue, Y., Zhang, C., Xing, X., Lou, K., Zhang, Z., Li, Y., Zhang, G., Bi, J., & Su, Z. (2009). Production of violet pigment by a newly isolated psychrotrophic bacterium from a glacier in Xinjiang, China. Biochemical Engineering Journal, 43(2), 135-141. https://doi.org/ 10.1016/j.bej.2008.09.009
Nigam, P. S. N. & Pandey, A. (2009). Microbial Pigments: Biotechnology for Agro-industrial residues utilization. Springer.
Palacio-Castañeda, V., Pérez-Hoyos, A., Carrascal-Correa, D. & Osorioecheverri, V. M. (2019). Antibacterial pigment production by Serratia marcescens using different casein types obtained from milk. Revista Colombiana de Biotecnología, 21(1), 82–90. https://doi.org/10.15446/rev.colomb. biote.v21n1.62435%20.
Ryazantseva, I. N., Saakov, V. S., Andreyeva, I. N., Ogorodnikova, T. I., & Zuev, Y. F. (2012). Response of pigmented Serratia marcescens to the illumination. Journal of photochemistry and photobiology. B, Biology, 106, 18–23. https://doi.org/10.1016/j.jphotobiol.2011.08.006
Silva, T. T., Silva, J. R., Queiroz, A. E. S. F. & Ribeiro, D. S. (2021). Estudo comparativo entre espécies de Monascus para a produção de pigmentos naturais utilizando resíduos agroindustriais como substrato. Research, Society and Development, 10(11), e315101119558. 10.33448 / rsd-v10i11.19558.
Singh, V., Mohammad, G., Tek, A. & Bhalla, C. (2017). Optimization of physicochemical parameters influencing the production of prodigiosin from Serratia nematodiphila RL2 and exploring its antibacterial activity. 3 Biotech, 7(5), 338-346. 10.1007 / s13205-017-0979-z
Solé, M., Rius, N., Francia, A., & Lorén, J. G. (1994). The effect of pH on prodigiosin production by non-proliferating cells of Serratia marcescens. Letters in applied microbiology, 19(5), 341–344. https://doi.org/10.1111/j.1472-765x.1994.tb00470.x
Sundaramoorthy, N., Yogesh, P. & Dhandapani R. (2009). Production of prodigiosin from Serratia marcescens isolated from soil. Indian journal of science and technology, 2(10), 32-34. 10.17485 / ijst / 2009 / v2i10.5
Vendruscolo, F., Schmidell, W., de Oliveira, D., & Ninow, J. L. (2017). Kinetic of orange pigment production from Monascus ruber on submerged
fermentation. Bioprocess and Biosystems Engineering, 40(1), 115-121. 10.1007/s00449-016-1679-5
Venil, C. K., Zakaria, Z. A. & Ahmad, W. A. (2013). Bacterial pigments and their applications. Process biochemistry 48(7), 1065-1079. https://doi.org/10.1016/j.procbio.2013.06.006
Venil, C. K., Zakaria, Z. A., Usha, R. & Ahmad, W. A. (2014). Isolation and characterization of flexirubin type pigment from Chryseobacterium sp. UTM-3T. Biocatalysis and Agricultural Biotechnology, 3(4), 103-107. https://doi.org/10.1016/j.bcab.2014.02.006
Wei, Y. H., & Chen, W. C. (2005). Enhanced production of prodigiosin-like pigment from Serratia marcescens SMdeltaR by medium improvement and oil-supplementation strategies. Journal of bioscience and bioengineering, 99(6), 616–622. https://doi.org/10.1263/jbb.99.616
Zarei, O., Dastmalchi, S., & Hamzeh-Mivehroud, M. (2016). A Simple and Rapid Protocol for Producing Yeast Extract from Saccharomyces cerevisiae Suitable for Preparing Bacterial Culture Media. Iranian journal of pharmaceutical research: IJPR, 15(4), 907–913. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28243289/
Zhang, J., Reddy, J., Buckland, B., & Greasham, R. (2003). Toward consistent and productive complex media for industrial fermentations: studies on yeast extract for a recombinant yeast fermentation process. Biotechnology and bioengineering, 82(6), 640–652. https://doi.org/10.1002/bit.10608
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 José Carlos Ipuchima da Silva; Ana Carolina Monroy Humphrey; Suziane Pinto Rodrigues; Janaina Maria Rodrigues dos Santos; Luiz Antonio de Oliveira
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.