Percepção dos estudantes de medicina sobre eutanásia, ortotanásia e distanásia
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21418Palavras-chave:
Atitude frente a morte; Conhecimento; Cuidados paliativos; Estudantes de medicina; Eutanásia.Resumo
Objetivos: Avaliar o nível de conhecimento sobre eutanásia, ortotanásia e distanásia entre estudantes de medicina das universidades de Aracaju; analisar se o conhecimento sobre eutanásia, distanásia e ortotanásia foi aprimorado, com o passar dos anos, nos cursos de medicina e averiguar se os estudantes de medicina concordam/discordam com as práticas da eutanásia, ortotanásia e distanásia. Metodologia: Estudo exploratório, descritivo, transversal e quantitativo; realizado através de questionário aplicado nos acadêmicos de Medicina de duas universidades em Aracaju. Dados analisados com estatísticas descritivas e nível de significância fixado em p <0,05. Resultados: Participaram 222 estudantes de medicina (51% da universidade pública e 49% da particular). Destes, 19% não sabem definir ortotanásia, 7%, eutanásia e 17%, distanásia. Observou-se que do 10º ao 12º período, apenas 15% sabiam definir eutanásia, 15%, distanásia e 16%, ortotanásia. Sobre aprovação, 54% aprovam a eutanásia, 74%, a ortotanásia e 43% aprovam a distanásia sem saber o seu conceito. Considerações finais: A graduação médica é incipiente nesta temática, pois, errar definição é indicativo básico de desestruturação, causando despreparo cotidiano. Concordar/discordar com as práticas é influenciado pelo conhecimento, assim, quase metade dos estudantes aprovaram a distanásia sem saber seu significado, aumentando probabilidade de futuro erro médico, imperícia ou outras infrações graves. Existe diminuição nos acertos dos estudantes que estão na iminência da formação, demonstrando que não há intervenções para aprimoramento do conhecimento ao longo da faculdade. Incluir disciplinas bioéticas com conhecimento sobre eutanásia, distanásia, ortotanásia e processo de morte, seguida por oportunidades de atuação, indicam bom começo nas intervenções necessárias.
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