Insuficiência renal crônica como fator de risco para insuficiência cardíaca
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21496Palavras-chave:
doença renal crônica; Insuficiência cardíaca; revisão de literatura; Doença renal crônica; insuficiência cardíaca; Revisão de literatura.Resumo
O sistema renal e o sistema cardíaco estão intimamente ligados, ou seja, caso ocorra uma alteração nesses sistemas, essa alteração influi diretamente e/ou indiretamente no funcionamento do outro. Dentre as alterações mais comuns, relacionadas a esses dois sistemas, está a insuficiência renal crônica (IRC) e a insuficiência cardíaca (IC). A IRC é uma condição em que os rins perdem a sua capacidade de funcionamento. Já a IC é uma síndrome clínica caracterizada pela incapacidade do coração de funcionar adequadamente como bomba, ou seja, há alteração no déficit de contração e relaxamento, sendo este incapaz de enviar sangue para o restante do corpo. Este trabalho tem por objetivo realizar uma revisão integrativa de literatura para verificar a relação entre IRC e IC. Para o levantamento dos artigos na literatura, foi realizada uma busca nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem on-line (Medline), Scielo, Cochrane e Up to Date. Foram utilizados, os seguintes descritores e suas combinações nas línguas portuguesa, inglesa e espanhola: “Insuficiência Renal Crônica”, “Insuficiência Cardíaca”, “Doença renal crônica e doença cardíaca” e “Doença renal crônica relacionada à doença cardíaca”. A análise dos estudos da literatura demonstrou que insuficiência renal crônica se transforma em um fator de risco para a insuficiência cardíaca dependendo de fatores predisponentes, como: anemia por deficiência de ferro, arteriosclerose, hipertensão, lesão renal prévia, etc. Dessa forma, essa relação afirma que a IRC é um fator de risco para IC.
Referências
Abboud, H. & Henrich, W. L. (2010). Clinical practice. Stage IV chronic kidney disease. N Engl J Med. 362(1):56-65. doi: 10.1056/NEJMcp0906797.
Abensur, H. (2010). Deficiência de ferro na doença renal crônica. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia . (32), 84-8. https://doi.org/10.1590/S1516-84842010005000047
Amenós, A. C., López, R. O., Pérez, J. M. P. (2017). Insuficiencia cardíaca en la enfermedad renal y déficit de hierro: importancia de la ferroterapia. Revista de la Sociedad Española de Nefrologia, n. 381. DOI: 10.1016/j.nefro.2017.03.027
Amenós, A. L., González-Juanatey, J. R, Gutiérrez, P. C., Gilarranz, A. M, Costa, C. G. (2010). Prevalencia de insuficiencia renal crónica en pacientes de alto riesgo o con enfermedad cardiovascular. Rev Esp Cardiol., p. 225-228. doi: 10.1016/S0300-8932(10)70041-5.
Ammirati, A. L., Canziani, M. E. F. (2009). Fatores de risco da doença cardiovascular nos pacientes com doença renal crônica. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 31(1),p. 43-48. https://www.bjnephrology.org/article/fatores-de-risco-da-doenca-cardiovascular-nos-pacientes-com-doenca-renal-cronica/
Bastos, M. G., Vieira, A. L., Pazeli J.R., Galil, A. G. (2020). Diastolic dysfunction for nephrologists: diagnosis at the point of care. Rev Assoc Med Bras, v. 66(12), p. 1750-1756. https://doi.org/10.1590/1806-9282.66.12.1750
Bortolotto, L. A. (2008). Hipertensão arterial e insuficiência renal crônica. Rev Bras Hipertens, v. 15, n. 3, p. 152-5. http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/15-3/09-hipertensao.pdf
Bucharles, S. G. E.,Varela, A. M., Barberato, S. H., Pecoits-Filho, R.(2010). Avaliação e manejo da doença cardiovascular em pacientes com doença renal crônica. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 32, n. 1, p. 120-127. https://doi.org/10.1590/S0101-28002010000100019
Canziani, M. E. F. (2004). Doenças Cardiovasculares na Doença Renal Crônica. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. XXVI, n. 3. https://bjnephrology.org/wp-content/uploads/2019/11/jbn_v26n3s1a08.pdf
Denic, A., Mathew, J., Lerman, L.O., et al. (2017). Single-Nephron Glomerular Filtration Rate In Healthy Adults. N Engl J Med, 376-2349. DOI: 10.1056/NEJMoa1614329
Dizeo, C. et al. (2012). Síndrome cardiorrenal como predictor de mala evolución intrahospitalaria en pacientes añosos internados con insuficiencia cardíaca. Insuf. card., Ciudad Autónoma de Buenos Aires, v. 7, n. 3, p. 102-108. https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=321927799002
Dummer, C. D., Thome, F., S., Veronese, F. V. (2007). Doença renal crônica crônica, inflamação e aterosclerose: novos conceitos de um velho problema. Rev Assoc Med Bras., v. 53(5) p. 446-450. https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/67345/000716178.pdf?sequence=1
Guimarães, L. R. M., Ferreira, A. A., Leonichely R. M. (2010). V Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica, CESUMAR – Centro Universitário de Maringá – Paraná. http://www.cesumar.br/prppge/pesquisa/mostras/quin_mostra/leonichely_rodrigues_macario_guimaraes.pdf
Kumar, V., Abbas, A. K.; Fausto, N., Mitchell, R. N. (2013). Robbins. Patologia básica. 9. ed. Pag 366-541. Rio de Janeiro: Elsevier.
Kusumota, L., Rodrigues, R.A.P., Marques, S. (2004). Idosos com insuficiência renal crônica: alterações do estado de saúde. Rev. Latino-Am. Enfermagem, v. 12, n. 3, p. 525-532. https://doi.org/10.1590/S0104-11692004000300011
Lucca, L. J., Lobão, R. R. S., Kharol, C. (2011). Concentração de Cálcio no Dialisado e Hipercalemia na DRC. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 33. https://www.scielo.br/j/jbn/a/TkvxGdS5TdzzgCpTcf6pdFs/?format=pdf&lang=pt
Martins, H., Pedro, N., Castellano, M., Monteiro, P., Moura, J. J., Providência, L. H. (2011). Síndrome Cardiorrenal, os desafios no tratamento da insuficiência cardíaca. Serviços de Cardiologia e de Medicina Interna. Hospitais da Universidade de Coimbra. Coimbra. Acta Med Port, 24: 285-292. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22011601/
Pecoits-Filho, R., Stevinkel, P., Lindholm, B., Bergstrõm, J., Noronha , I., Abensur, H. (2002). Revisão: Desnutrição, inflamação e aterosclerose (síndrome MIA) em pacientes portadores de insuficiência renal crônica. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 24, n. 3, p. 136-46. https://bjnephrology.org/wp-content/uploads/2019/11/jbn_v24n3a03.pdf
Perkovic, V., Jardine, M. J., Neal, B., et al.(2009). Canagliflozin and Renal Outccomes in Type 2 Diabetes and Nephropathy. N Engl J Med, 380:2295. DOI: 10.1056/NEJMoa1811744
Porto , R., A., Truit, M. R., Bucharlis, S. E. G., Hauser, A. B. (2016). Hiperparatireoidismo secundário: uma complicação da Doença Renal Crônica. Revista RBAC, [s. l.], n. 80210-170. http://www.rbac.org.br/artigos/hiperparatireoidismo-secundario-uma-complicacao-da-doenca-renal-cronica-48n-3/
Romero-González, G. et al. (2020) Burden and challenges of heart failure in patients with chronic kidney disease. A call to action. Nefrología (English Edition), v. 40, n. 3, p. 223-236. DOI: 10.1016/j.nefro.2019.10.005
Souza, M. T., Silva, M. D., Carvalho, R.. (2010).Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein (São Paulo), v. 8, n. 1, p. 102-106. https://www.scielo.br/j/eins/a/ZQTBkVJZqcWrTT34cXLjtBx/?format=pdf&lang=pt
Truyst, C., Pecoit-Filho, M., Moraes , T. P., Jorgetti, V.(2021). Mortalidade cardiovascular em diálise peritoneal: o impacto dos distúrbios minerais. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 43, n. 182-90. https://doi.org/10.1590/2175-8239-JBN-2020-0040
Vasan, R., Larson, M., Benjamin, E., Evans, J., Reiss, C., Levy, D. (1999). Congestive heart failure in subjects with normal versus reduced left ventricular ejection fraction: Prevalence and mortality in a population-based cohort. Journal of the American College of Cardiology. DOI: 10.1016/s0735-1097(99)00118-
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Ana Lidia de Campos Lico; Leticia Freitas; Ana Luiza Barbosa de Oliveira Cerqueira; Julia Mendes Barbosa; Ana Claudia Garcia Rosa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.