Prevalência dos casos de sífilis em gestantes no período de 2010 a 2019 em Sergipe
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21617Palavras-chave:
Doença infectocontagiosa; IST; Sífilis; Gravidez de alto risco; Doença de notificação compulsória; Cuidado pré-natal.Resumo
Objetivo: Delinear o perfil epidemiológico de mulheres positivas para a sífilis durante a gestação no estado de Sergipe no período de dez anos. Métodos: Estudo transversal retrospectivo realizado entre 2010 e 2019. Os dados foram obtidos no DATASUS. Todos os cálculos foram realizados com o software Excel do próprio banco de dados. As variáveis selecionadas incluídas foram: infecção de sífilis na gestação, escolaridade, etnia, faixa etária e idade gestacional. Resultados: Houve um aumento do quantitativo dos casos de sífilis em gestantes do período de 2010 a 2019, com aumento de, aproximadamente, 17,1% ao ano. Foi encontrado que 74,8% dos casos ocorreram em mulheres são pardas, 50,3% em mulheres na faixa etária dos 20 a 29 anos, 27% em mulheres apresentam nível educacional da 5ª a 8ª série incompleta e 38% dos casos foi diagnosticado no terceiro trimestre de gestação. Conclusão: Este estudo apresentou o crescimento dos casos de sífilis em gestantes no estado de Sergipe na última década, sendo predominante em mulheres pardas, jovens e com baixa escolaridade.
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