Realidade do aleitamento materno cruzado em Maternidade Filantrópica de Aracaju, Sergipe
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21633Palavras-chave:
Amamentação cruzada; Aleitamento materno; Amamentação; Leite materno.Resumo
Objetivo: Analisar o conhecimento de mulheres sobre a prática do aleitamento cruzado. Metodologia: Estudo observacional, prospectivo e analítico realizado em Maternidade Filantrópica de Aracaju, de agosto a novembro de 2021. A população utilizada na pesquisa consistiu em mães encaminhadas ao alojamento conjunto e ambulatório de especialidades do Hospital e Maternidade Santa Isabel, sendo aplicado questionário pelos pesquisadores. Resultados: A prevalência do aleitamento cruzado foi de 49,16%, sendo que 31,11% (n=42) amamentaram uma ou mais crianças que não o seu filho e 18,05% (n=24) tiveram seu filho amamentado por uma ou mais nutrizes. 62,22% delas não sabiam o que era aleitamento cruzado. 52,59%, encontrava-se na faixa etária entre 21 a 30 anos. Quanto à raça, a maior parte se configurou como não branca. Moravam em zona rural 16,30%. Menos da metade, 40,60%, declarou-se como casada ou união estável. 74,81%, vivia com menos de um salário a 1 salário mínimo ao mês e também não exerciam atividade formal remunerada, 87,41%. 65,19% delas recebiam auxílio Bolsa Família. Apenas 5,19% nível superior completo ou incompleto. Comparando as variáveis, foram notados dois P-valores com níveis de significância, p=0,002 e p=0,031, correspondendo a se as mães conheciam o risco do aleitamento cruzado ou se elas tinham sido amamentadas por outra mulher além da própria mãe, respectivamente. Conclusão: Apesar de ser uma prática proibida no Brasil, o aleitamento cruzado é ainda recorrente e nota-se escassez de informação acerca do tema.
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