A epidemiologia do trauma facial em uma cidade do Norte do Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21687

Palavras-chave:

Epidemiologia; Fracturas ósseas; Mandíbula; Redução aberta de fraturas.

Resumo

O objetivo do presente trabalho é realizar um levantamento epidemiológico com os pacientes vítimas de traumas de face e submetidos a cirurgia na cidade de Belém do Pará. Foi realizado um levantamento epidemiológico dos pacientes clientes de uma operadora de saúde. O levantamento foi realizado na cidade de Belém do Pará entre os anos de 2015 e 2020. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade São Leopoldo Mandic. As fraturas faciais em Belém do Pará tiveram uma incidência 3,5 vezes maior em homens do que em mulheres. Uma das explicações reside no maior número de homens envolvidos em agressão interpessoal, esportes violentos e em acidentes de trânsito. Houve predominância das fraturas na região zigomática e nariz. A grande maioria foi tratada com redução aberta. As fraturas faciais tem origem multifatorial, mas campanhas de consciência no trânsito e o abuso de álcool devem ser incorporadas nos projetos governamentais em todas as regiões.

Biografia do Autor

Elton Carlos Menezes, Faculdade São Leopoldo Mandic

Department of Oral and Maxillofacial Surgery

Rubens Gonçalves Teixeira, Faculdade São Leopoldo Mandic

Department of Oral and Maxillofacial Surgery

Referências

Abosadegh M M, Saddki N, Al-Tayar B, & Rahman S A.(2019) Epidemiology of Maxillofacial Fractures at a Teaching Hospital in Malaysia: A Retrospective Study. Biomed Res Int. 2019;2019.

Adeyemo W L, Iwegbu I O, Bello S A, Okoturo E, Olaitan A A, Ladeinde A L, et al. (2008). Management of mandibular fractures in a developing country: A review of 314 cases from two urban centers in Nigeria. World J Surg. 2008;32(12):2631–5.

Agudelo-Suárez A A, Duque-Serna F L, Restrepo-Molina L, & Martínez-Herrera E. (2015). Epidemiology of maxillofacial fractures due to traffic accidents in Medellin (Colombia). . Gac Sanit. 2015;29:30–5.

Bede S. (2015). Mandibular Fractures in Iraq: An Epidemiological Study. Craniomaxillofac Trauma Reconstr. 2015;8(1):59–63.

Boffano P, Kommers S C, Karagozoglu K H, Gallesio C, & Forouzanfar T. (2015). Mandibular trauma: A two-centre study. Int J Oral Maxillofac Surg. 2015;44(8):998–1004.

Brucoli M, Boffano P, Pezzana A, Benech A, Corre P, Bertin H, et al. (2019). The “European Mandibular Angle” Research Project: The Epidemiologic Results From a Multicenter European Collaboration. J Oral Maxillofac Surg. 2019;77(4):791.e1-791.e7.

Cabalag M S, Wasiak J, Andrew N E, Tang J, Kirby J C, & Morgan D J. (2014). Epidemiology and management of maxillofacial fractures in an Australian trauma centre. J Plast Reconstr Aesthetic Surg. 2014;67(2):183–9.

Chen Y T, Chiu Y W, Chang Y C, & Lin C W. (2020). Ten-year retrospective study on mandibular fractures in central Taiwan. J Int Med Res. 2020;48(7).

Elarabi M S, & Bataineh A B. (2018). Changing pattern and etiology of maxillofacial fractures during the civil uprising in Western Libya. Med Oral Patol Oral y Cir Bucal. 2018 Mar 1;23(2):e248–55.

Elgehani R A, & Orafi M I. (2009). Incidence of mandibular fractures in Eastern part of Libya. Med Oral Patol Oral Cir Bucal. 2009 Oct 1;14(10).

Eskitaşcioǧlu T, Özyazgan I, Çoruh A, Günay G K, Yontar Y, & Altiparmak M. (2013). Fractures of the mandible: A 20-year retrospective analysis of 753 patients. Ulus Travma ve Acil Cerrahi Derg. 2013;19(4):348–56.

Falcão M, & Leite Segundo A. (2005). Estudo epidemiológico de 1758 fraturas faciais tratadas no Hospital da Restauração, Recife/PE. Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-Fac. 2005;5(3):65–72.

Farage L, Colares V S, Capp Neto M, Moraes M C, Barbosa M C, & Branco J de A. (2002). Safety measures in traffic and hospital morbimortality in craniocerebral trauma in the Distrito Federal. Rev Assoc Med Bras. 2002;48(2):163–6.

Flandes M P, Galvão L B, & Júnior W P. (2019). Fratura de mandíbula: estudo epidemiológico de 93 casos. Brazilian J Heal Rev. 2019;2(5):4427–35.

Hage C A, Xavier T B, Arantes D C, Zampieri M S, & Nascimento L S. (2018). Traumas faciales y morbilidad bucal provocada por la violencia en Belém, estado de Pará, Brasil Facial trauma and oral morbidity caused by violence in Belém, Pará State, Brasil. Rev Pan-Amaz Saude. 2018;9(1):1–9.

Hassanein A G. (2019). Trends and outcomes of management of mandibular fractures. J Craniofac Surg. 2019;30(4):1245–51.

Horibe E, Pereira M, & Ferreira L. (2004). Perfil epidemiológico de fraturas mandibulares tratadas na Universidade Federal de São Paulo: Escola Paulista de Medicina. Rev Assoc Med Bras. 2004;50(4):417–21.

Kanala S, Gudipalli S, Perumalla P, Jagalanki K, Polamarasetty P V., Guntaka S, et al. (2021). Aetiology, prevalence, fracture site and management of maxillofacial trauma. Ann R Coll Surg Engl. 2021;103(1):18–22.

Lee K H. (2008). Epidemiology of mandibular fractures in a tertiary trauma centre. Emerg Med J. 2008;25(9):565–8.

Leporace A, & Paulesini Júnior W. (2009). Estudo epidemiológico das fraturas mandibulares em hospital público da cidade de São Paulo. Rev Col Bras Cir. 2009;36(6):472–7.

Liu X D, Wang Q X, & Liu W X. (2020). Epidemiological pattern of maxillofacial fractures in northern China: A retrospective study of 829 cases. Med (United States). 2020;99(9).

Macedo J L, Camargo L M, Almeida P F, & Rosa S C. (2008). Perfil epidemiológico do trauma de face dos pacientes atendidos no pronto-socorro de um hospital público. Rev Col Bras Cir. 2008;35(1):9–13.

Morris C, Bebeau N P, Brockhoff H, Tandon R, & Tiwana P. (2015). Mandibular fractures: An analysis of the epidemiology and patterns of injury in 4,143 fractures. J Oral Maxillofac Surg. 2015;73(5):951.e1-951.e12.

Moshy J R, Msemakweli B S, Owibingire S S, & Sohal K S. (2020). Pattern of mandibular fractures and helmet use among motorcycle crash victims in Tanzania. Afr Health Sci. 2020;20(2):789–97.

Motamedi M H K, Dadgar E, Ebrahimi A, Shirani G, Haghighat A, & Jamalpour M R. (2014). Pattern of maxillofacial fractures: A 5-year analysis of 8,818 patients. J Trauma Acute Care Surg. 2014;77(4):630–4.

Munante-Cardenas J L, Nunes P H F, & Passeri L A. (2015). Etiology, treatment, and complications of mandibular fractures. J Craniofac Surg. 2015;26(3):611–5.

Owusu J A, Bellile E, Moyer J S, & Sidman J D. (2016). Patterns of pediatric mandible fractures in the United States. JAMA Facial Plast Surg. 2016;18(1):37–41.

Queiroz M S, & Oliveira P C P. (2002).Traffic accidents: a qualitative approach from Campinas, São Paulo, Brazil. Cad saúde pública / Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, Esc Nac Saúde Pública. 2002;18(5):1179–87.

Rashid A, Eyeson J, Haider D, Van Gijn D, & Fan K. (2013). incidence and patterns of mandibular fractures during a 5-year period in a London teaching hospital. Br J Oral Maxillofac Surg. 2013;51(8):794–8.

Sand L, Gavelin P, Hirsch J, & Ramadhan A. (2014).A retrospective study of patients with mandibular fractures treated at a Swedish University Hospital 1999-2008. Ann Maxillofac Surg. 2014;4(2):178.

Scariot R, Oliveira I, & Passeri L. (2009).Maxillofacial injuries in a group of Brazilian subjects under 18 years of age. J Appl Oral Sci. 2009;17(3):195–8.

Silva J, Lima A, Dantas T, & Frota M. (2011).Fratura de mandíbula: estudo epidemiológico de 70 casos. Rev Bras Cir Plast. 2011;26(4):645–8.

Silva O, & Lebrão M. (2003).Estudo da emergência odontológica e traumatologia buco-maxilo-facial nas unidades de internação e de emergência dos hospitais do Município de São. Rev Bras Epidemiol. 2003;6(1):58–67.

Silva R, Roveda O, & Rosa T. (2009).Fraturas mandibulares na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul. RGO. 2009;57(3):329–34.

Siwani R, Tombers N M, Rieck K L, & Cofer S A. (2014). Comparative analysis of fracture characteristics of the developing mandible: The Mayo Clinic experience. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2014;78(7):1066–70.

Tatsumi H, Nakatani E, Kanno T, Nariai Y, Kagimura T, & Sekine J. (2015).Clinical features and treatment modes of mandibular fracture at the department of oral and maxillofacial surgery, Shimane University Hospital, Japan. PLoS One. 2015;10(9).

Del Valle R A, & Franzi S A. (2005).Traumas faciais por acidentes motociclísticos na região sul da cidade de São Paulo: estudo-piloto de trinta casos. Rev Ciênc Méd. 2005;14(4):351–5.

Verma S, & Chambers I. (2015).Update on patterns of mandibular fracture in Tasmania, Australia. Br J Oral Maxillofac Surg. 2015;53(1):74–7.

Zix J A, Schaller B, Lieger O, Saulacic N, Thorén H, & Iizuka T. (2011). Incidence, aetiology and pattern of mandibular fractures in central Switzerland. Swiss Med Wkly. 2011;141(MAY).

Downloads

Publicado

21/10/2021

Como Citar

MENEZES, E. C.; GRILLO, R.; TEIXEIRA, R. G. A epidemiologia do trauma facial em uma cidade do Norte do Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 13, p. e565101321687, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i13.21687. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/21687. Acesso em: 3 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde