Prevalência de sintomas de refluxo gastroesofágico e o impacto na qualidade de vida em estudantes de Medicina em uma Instituição de Ensino Superior do Centro-Oeste

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.21899

Palavras-chave:

Refluxo gastroesofágico; Qualidade de vida; Doença crônica.; Doença crônica

Resumo

A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) foi definida pelo como uma doença crônica consequente do fluxo retrógrado, apresentando parte do conteúdo gastroduodenal para o esôfago e/ou órgãos adjacentes a ele. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo avaliar a prevalência dos sintomas de refluxo gastroesofágico e seu impacto na qualidade de vida nos estudantes de medicina do 1º ao 8º período de uma instituição de ensino superior da região Centro-Oeste. Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, descritivo, transversal e de natureza quantitativa e apresenta um cálculo amostral de 264 estudantes. Em relação a prevalência dos sintomas da DRGE, a maior delas a azia, seguido de se sentir estufado ou cheio após uma alimentação normal. Estudantes que praticam exercícios físicos regularmente são menos acometidos pelos sintomas de DRGE, e, apesar de alguns entrevistados tomarem remédio para controle dos sintomas, a maioria ainda relata sofrer com a presença destes. Mostrou-se ainda uma relação inversa (fator de proteção) entre pratica de exercício físico estufamento; e uso de medicamentos e a presença de azia, regurgitação, dor no peito e estufamento. Em relação ao escore final do questionário “GERD Score” foi observado uma média geral de 5,068, resultado que considera significativo o impacto dos sintomas da DRGE. Já sobre o questionário “HBQOL”, a média geral dos domínios foi de 16,12, indicando ótimo nível de qualidade de vida. Entretanto, percebeu-se que apesar da média da qualidade de vida ser boa, os sintomas da DRGE interferem em todos os domínios de qualidade de vida dos indivíduos.

Referências

Aguero, G. C., Lemme, E. M., Alvariz, Â., Carvalho, B. B., Schechter, R. B., & Abrahão Jr, L. (2007). Prevalência de queixas supra-esofágicas em pacientes com doenças do refluxo erosiva e não-erosiva. Arquivos de Gastroenterologia, 44, 39-43.

Arivan, R., & Deepanjali, S. (2018). Prevalence and risk factors of gastro-esophageal reflux disease among undergraduate medical students from a southern Indian medical school: a cross-sectional study. BMC research notes, 11(1), 1-5.

Barros, S. G. D. (2005). Gastroesophageal reflux disease: prevalence, risk factors and challenges... Arquivos de Gastroenterologia, 42, 71-71.

Biccas, B. N., Lemme, E. M. O., Abrahão Jr, L. J., Aguero, G. C., Alvariz, Â., & Schechter, R. B. (2009). Maior prevalência de obesidade na doença do refluxo gastroesofagiano erosiva. Arquivos de Gastroenterologia, 46, 15-19.

Chan, Y., Ching, J. Y. L., Cheung, C. M. Y., Tsoi, K. K. F., Polder-Verkiel, S., Pang, Shy, & Wu, J. C. Y. (2010). Desenvolvimento e validação de um questionário de qualidade de vida específico para doenças para a doença do refluxo gastro-esofágico: o questionário GERD-QOL. Farmacologia alimentar e terapêutica , 31 (3), 452-460.

Chazan, A. C. S., & Campos, M. R. (2013). Qualidade de vida de estudantes de medicina medida pelo WHOQOL-bref-UERJ, 2010. Revista brasileira de educação médica, 37, 376-384.

Conselho Federal de Medicina/Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. Estudo de Projeção “Concentração de Médicos no Brasil em 2020” https://portal.cfm.org.br/images/stories/pdf/estudo_demografia_junho.pdf.

Correia, A. P. D. S. (2019). Atividade física e refluxo gastro-esofágico (Doctoral dissertation).

Costa, A. J., Silva, G. A., Gouveia, P. A., & Pereira Filho, E. M. (2004). Prevalência de refluxo gastroesofágico patológico em lactentes regurgitadores. Jornal de pediatria, 80, 291-295.

Cury, M. D. S. (2005). Validação de questionário e avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes com doença do refluxo gastroesofágico antes e após o tratamento com pantoprazol.

Flook, N. W., & Wiklund, I. (2007). Contabilizando o efeito dos sintomas de DRGE na qualidade de vida relacionada à saúde dos pacientes: apoiando o gerenciamento ideal da doença por médicos de atenção primária. Jornal internacional de prática clínica , 61 (12), 2071-2078.

Fraga, P. L., & Martins, F. D. S. C. (2017). Doença do Refluxo Gastroesofágico: uma revisão de literatura. Cadernos UniFOA, 7(18), 93-99.

Gonçalves, A. R. N., Pimenta, L. G., & Neto, J. (2004). Doença do refluxo gastroesofágico. Revista Médica de Minas Gerais, 15.

Gurski, R. R., Rosa, A. R. P. D., Valle, E. D., Borba, M. A. D., & Valiati, A. A. (2006). Manifestações extra-esofágicas da doença do refluxo gastroesofágico. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 32, 150-160.

Jozkow, P., Wasko-Czopnik, D., Medras, M., & Paradowski, L. (2006). Gastroesophageal reflux disease and physical activity. Sports medicine, 36(5), 385-391.

Gastroesofágico, R., de Revisão, L., & Diferencial, C. D. Refluxo Gastroesofágico: Parte I Epidemiologia, Fisiopatologia e Manifestações Clínicas.

Lee, S. W., Lee, T. Y., Lien, H. C., Peng, Y. C., Yeh, H. J., & Chang, C. S. (2017). Correlation between symptom severity and health-related life quality of a population with gastroesophageal reflux disease. Gastroenterology research, 10(2), 78.

Madisch, A., Kulich, K. R, Malfertheiner, P., Ziegler, K., Bayerdörffer, E., Miehlke, S., & Wiklund, IK (2003). Impacto da doença de refluxo na qualidade de vida geral e relacionada à doença - evidências de um estudo metodológico comparativo recente na Alemanha. Zeitschrift für Gastroenterologie , 41 (12), 1137-1143.

Martins, M. D. A., Silveira, P. S. P., & Silvestre, D. (2013). Estudantes de medicina e médicos no Brasil: números atuais e projeções. Projeto avaliação das escolas médicas brasileiras: relatório I [Internet]. São Paulo.

de Souza Meireles, L., dos Santos Holanda, B. L., de Faria, M. A., Castro, D. L., Coutinho, I. H. I. L. S., & Mucari, T. B. (2014). Prevalence and aggravating factors of symptom of gastroesophageal reflux in medical students of the Federal University of Tocantins. Scientia Medica, 24(3), 274-277.

Menon, V., Sarkar, S., & Kumar, S. (2015). Barriers to healthcare seeking among medical students: a cross sectional study from South India. Postgraduate medical journal, 91(1079), 477-482.

Moraes Filho, J. P. P., & Hashimoto, C. L. (2000). I Consenso Brasileiro da Doença do Refluxo Gastroesofágico. Foz do Iguaçu.

Naliboff, B. D., Mayer, M., Fass, R., Fitzgerald, L. Z., Chang, L., Bolus, R., & Mayer, E. A. (2004). The effect of life stress on symptoms of heartburn. Psychosomatic medicine, 66(3), 426-434.

Nebel, O. T., Fornes, M. F., & Castell, D. O. (1976). Symptomatic gastroesophageal reflux: incidence and precipitating factors. The American journal of digestive diseases, 21(11), 953-956.

Nocon, M., Labenz, J., & Willich, S. N. (2006). Lifestyle factors and symptoms of gastro‐oesophageal reflux–a population‐based study. Alimentary pharmacology & therapeutics, 23(1), 169-174.

Norton, R. C., & Penna, F. J. (2000). Refluxo gastroesofágico. Jornal de pediatria, 76(Supl 2), S219.

Oliveira, S. S. D., Santos, I. D. S. D., Silva, J. F. P. D., & Machado, E. C. (2005). Prevalência e fatores associados à doença do refluxo gastroesofágico. Arquivos de gastroenterologia, 42(2), 116-121.

Parron, R., Tiyo, R., & Arantes, V. P. (2017). Tratamento farmacológico para doença do refluxo gastroesofágico drge: uma revisão de literatura. Revista uningá review, 29(3).

Pehl, C., Wendl, B., & Pfeiffer, A. (2006). White wine and beer induce gastro‐oesophageal reflux in patients with reflux disease. Alimentary pharmacology & therapeutics, 23(11), 1581-1586.

Pereira, G. I. D. N., Costa, C. D. D. S., Geocze, L., Borim, A. A., Ciconelli, R. M., & Camacho-Lobato, L. (2007). Tradução e validação para a língua portuguesa (Brasil) de instrumentos específicos para avaliação de qualidade de vida na doença do refluxo gastroesofágico. Arquivos de Gastroenterologia, 44, 168-177.

Sharma, A., Sharma, P. K., & Puri, P. (2018). Prevalência e fatores de risco da doença do refluxo gastroesofágico em estudantes de medicina. Jornal médico das forças armadas da Índia , 74 (3), 250-254.

Suzuki, N. M., Nakae, T. K., de Castro, P. C., & Bonadia, J. C. A. (2011). Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE): epidemiologia e qualidade de vida em estudantes universitários/Gastroesophageal reflux disease (GERD): epidemiology and health-related quality of life in college students. Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, 56(2), 65-67.

Whoqol Group. (1995). The World Health Organization quality of life assessment (WHOQOL): position paper from the World Health Organization. Social science & medicine, 41(10), 1403-1409.

Wang, J. H., Luo, J. Y., Dong, L., Gong, J., & Tong, M. (2004). Epidemiology of gastroesophageal reflux disease: a general population-based study in Xi’an of Northwest China. World journal of gastroenterology: WJG, 10(11), 1647.

Wahlqvist, P. (2001). Symptoms of gastroesophageal reflux disease, perceived productivity, and health-related quality of life. The American journal of gastroenterology, 96(8), S57-S61.

Wei, T. Y., Hsueh, P. H., Wen, S. H., Chen, C. L., & Wang, C. C. (2019). The role of tea and coffee in the development of gastroesophageal reflux disease. Tzu-Chi Medical Journal, 31(3), 169.

Downloads

Publicado

06/11/2021

Como Citar

CARDOSO, T. C. A.; FLEURY, L. G. .; CARVALHO, J. C. .; CARNEIRO, R. M. .; LINS, A. F. .; REBELO, B. R. R.; OLIVEIRA, D. A. de . Prevalência de sintomas de refluxo gastroesofágico e o impacto na qualidade de vida em estudantes de Medicina em uma Instituição de Ensino Superior do Centro-Oeste. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 14, p. e392101421899, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i14.21899. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/21899. Acesso em: 18 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde