Evolução da leishmaniose visceral em São Luís, Maranhão: uma análise epidemiológica e temporal dos casos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i2.2197

Palavras-chave:

Leishmaniose visceral; Saúde Pública; Epidemiologia.

Resumo

A Leishmaniose Visceral (LV), popularmente conhecida como calazar, febre dundun ou esplenomegalia tropical, é uma zoonose que acomete seres humanos e outras espécies de animais domésticos e silvestres. O presente trabalho possui o objetivo de realizar uma análise epidemiológica de 2008 a 2017 da leishmaniose visceral na cidade de São Luís–MA. Realizou-se um estudo retrospectivo, descritivo e quantitativo sobre os casos confirmados de leishmaniose visceral notificados no município de São Luís, capital do estado do Maranhão, entre os anos de 2008 e 2017. Todas as informações foram coletadas durante o mês de março de 2019 utilizando como fonte o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), base de dados disponibilizada pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) registrou 37.639 casos de leishmaniose visceral no Brasil, entre 2008 e 2017. Cerca de metade desse montante corresponde à região nordeste, que teve 19.841 (52,71%) casos confirmados nesse período. Podemos observar que a maior parte dos casos confirmados de leishmaniose visceral na cidade de São Luís entre os anos de 2008 a 2017 mostra que era do sexo masculino com 1.094 (64,28%), especialmente indivíduos de raça/cor parda, e crianças com idade entre 01 a 04 anos, com escolaridade de 1º a 4º série incompleta do ensino fundamental. Após concluir que as pessoas infectada são de grande maioria zona urbana, há uma precisão de um sistema de saúde mais amplo para que os pacientes não aborde o tratamento, porque é fundamental que a terapêutica seja realizada até o processo final de cura.

Referências

Barbosa, M. N., Guimarães, E. A. de A., Luz, Z. M. P. (2016). Avaliação de estratégia de organização de serviços de saúde para prevenção e controle da leishmaniose visceral. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 25(3): 563-574, jul-set.

Cardim, M. F. M., Guirado, M. M., Dibo, R. M., Neto, C. F. (2016). Leishmaniose visceral no estado de São Paulo, Brasil: análise espacial e espaço-temporal. Rev Saúde Pública, 50(48): 1-11.

Castro, J. M., Rodrigues, S. M., Tarso. S., Costa, F. L., Rodrigues, A, C. P. C., Viera, L. F, D., Lima, M, R., Borja-Cabrera, G. P. (2016). Conhecimento, Percepções de Indivíduos em Relação à Leishmaniose Visceral Humana Como Novas Ferramentas de Controle. Ensaios Cienc. Cienc. Biol. Agrar. Saúde, 20(2): 93-103.

Contreras, I. K., Machado, M. A., Rocha, C. O. J. M., Oliveira, G. R., Carvalho, F. C. G. (2019). Sinais clínicos apresentados por cães positivos para leishmaniose visceral no município de Vassouras, Rio de Janeiro. PUBVET, 13(4): a302, p.1-6, Abr.

Coutinho, A. C. C., Silva, E. L., Caldas, A. J. M. (2012). Análise dos casos e óbitos por leishmaniose visceral no estado do maranhão, no período de 2000 a 2008. Rev Pesq Saúde, 13(1): 11-15, jan-abr.

Hoffmann, R., Teodorico, N., Camargo, J., Valdair, E., Teles C., Mitsuka, B., Mendes, P. (2012). Leishmania amazonenesis em cão com quadro clínico de leishmaniose visceral no Estado do Paraná, Brasil-relato de caso. Rev. Ciências Agrárias, 33(2): 3265-3270.

Lima, M. E. S., Nascimento, C. E. C., Ericeira, A. J. P., Silva, F. J. L. A. (2018). Perfil epidemiológico de crianças internadas com leishmaniose visceral em um Hospital Universitário do Maranhão. Rev. Soc. Bras. Enferm. Ped. 18(1): 15-20.

Lucena, R. V., Medeiros, J. S. (2018). Caracterização epidemiológica da leishmaniose visceral humana no nordeste brasileiro entre 2010 e 2017. Journal of Biology & Pharmacy and Agricultural Management, 14(4): 285-298, out/dez.

Ortiz, R. C., Anversa, L. (2015). Epidemiologia da leishmaniose visceral em Bauru, São Paulo, no período de 2004 a 2012: um estudo descritivo. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 24(1): 97-104, jan-mar.

Pereira, A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1. Acesso em: 28 nov. 2019.

Pereira, R. S., Martins, B. M. M., Martins, B. (2001). Fatores associados à ocorrência de leishmaniose visceral em crianças de um hospital especializado de feira de Santana-Ba. 2 ed. São Paulo: Atheneu. cap. 10, p. 65-78.

Silva, R. B. S., Mendes, R. S., Santana. V. L., Souza, H. C., Ramos, C. P. S., Souza, A. R., Andrade, P. P., Melo, M. A. (2016). Aspectos epidemiológicos da leishmaniose visceral canina na zona rural do semiárido paraibano e análise de técnicas de diagnóstico. Pesq. Vet. Bras. 36(7):625-629, julho.

Sousa, R. T. L., Nunes, M, I., Freire, S. M. (2019). Perfil epidemiológico de pacientes com leishmaniose visceral Notificados em hospital de referência em Teresina – PI. Revista Interdisciplinar de Estudos em Saúde, 8(1): 126-135.

Toledo, C. R. S., Almeida, A. S., Chaves, S. A. M., Sabroza, P. C., Toledo, L. M., Caldas, J. P. (2017). Vulnerabilidade à transmissão da leishmaniose visceral humana em área urbana brasileira. Revista de Saúde Pública, 51(49): 1-11.

Zuben, A. V. B. P., Donalísio, M. R. (2016). Dificuldades na execução das diretrizes do Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral em grandes municípios brasileiros. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 32(6): e00087415, jun.

Downloads

Publicado

01/01/2020

Como Citar

SOUSA, E. P. de; FREITAS, A. J. S. de; PAZ, F. A. do N.; OLIVEIRA, E. H. Evolução da leishmaniose visceral em São Luís, Maranhão: uma análise epidemiológica e temporal dos casos. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 2, p. e167922197, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i2.2197. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/2197. Acesso em: 20 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde