Disfunções do assoalho pélvico pós radioterapia para tratamento do carcinoma de colo uterino: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.22036Palavras-chave:
Distúrbios; Diafragma pélvico; Braquiterapia; Teleterapia; Colo do útero.Resumo
Objetivo: Verificar a literatura acerca das disfunções do assoalho pélvico promovidas pela radioterapia após o tratamento de carcinoma de colo uterino. Métodos: Revisão integrativa da literatura, na qual foi feita uma verificação de bibliografias publicadas nas bases de dados Pubmed, Scielo, Portal Capes, Lilacs, Cochrane, PEDro e Medline, no período de 2010 a 2021. As palavras-chave utilizadas foram “disfunções”, “assoalho pélvico”, “radioterapia” e “neoplasias do colo do útero” e suas correlatas na língua inglesa e espanhola. Resultados: No final da análise, sete estudos foram incluídos por se adequarem aos critérios da pesquisa, em que foi verificado que as disfunções pélvicas mais relatadas na literatura após a radioterapia para tratamento de câncer de colo de útero são a dispareunia e a incontinência urinária. Considerações finais: Foi possível inferir que esse tipo de intervenção traz inúmeros impactos para o assoalho pélvico, com destaque para a incontinência urinária e a dispareunia. Sugere- a inserção de forma mais ampla de atividades de recuperação através da fisioterapia para as alterações decorrentes desse tipo de tratamento, visando a melhora da funcionalidade dos músculos do assoalho pélvico e redução das alterações pélvicas, que trazem complicações no bem-estar físico e psicológico dessa população.
Referências
Aguiar, D. S., Rosa, M. D., Rosa, A., Lilio, A. C. O., Ronco, A., Mara, C., Paolini, G., Guerrero, L., Ferreira, V., Silvera, J., Terzieff, V., Alonso, I., Blanco, A. & Quarneti, A. (2015). Tratamiento con radioquimioterapia del cáncer de cuello uterino: resultados a largo plazo. Revista Médica del Uruguay. 31(4), 241-8. http://www.scielo.edu.uy/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1688-03902015000400003&lng=es&tlng=es.
Bae, H. & Park, H. (2016). Sexual function, depression, and quality of life in patients with cervical cancer. Support Care Cancer. 24,(24), 1277-83. https://doi.org/10.1007/s00520-015-2918-z.
Bernado, B. C., Lorenzato, F. R. B., Figueiroa, J. N. & Kitoko, P. M. (2007). Disfunção sexual em pacientes com câncer do colo uterino avançado submetidas à radioterapia exclusiva. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 29(2), 85-90. https://www.scielo.br/j/rbgo/a/JvcYhBNFGr8mQzV7LqqGk9z/?format=pdf.
Castaneda, L., Bergmann, A., Castro, S. & Koifman, R. (2018). Functioning in women with cervical cancer in Brazil: the perspective of experts. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 40(5), p. 260-265. https://doi.org/10.1055/s-0038-1646921.
Castaneda, L., Bergmann, A., Castro, S. & Koifman, R. (2019). Prevalência de incapacidades e aspectos associados em mulheres com câncer de colo do útero, Rio de Janeiro, Brasil. Cadernos Saúde Coletiva. 27(3), 307-15. https://doi.org/10.1590/1414-462X201900030440.
Corrêa, C. S. L., Leite, I. C. G., Andrade, A. P. S., Ferreira, A. S. S., Carvalho, S. M. & Guerra, M. R. (2016). Sexual function of women surviving cervical cancer. Archives of Gynecology and Obstetrics. 293(3), 1053-63. https://doi.org/10.1007/s00404-015-3857-0.
Correia, R. A., Bonfim, C. V., Ferreira, D. K. S., Furtado, B. M. A. S. M., Costa, H. V. V., Feitosa, K. M. A., & Santos, S. L. (2020). Quality of life after treatment for cervical cancer. Escola de Enfermagem Anna Nery – EEAN. 22(4):e20180130. https://doi.org/10.1590/S1980-220X2019029903636.
Einstein, M. H., Rash, J., Chappel, R., Swietlik, J., Hollenberg, J. & Connor, J. P. (2012). Quality of life in cervical cancer survivors: Patient and provider perspectives on common complications of cervical cancer and treatment. Gynecologic Oncology. 125(1), 163-7. https://doi.org/10.1016/j.ygyno.2011.10.033.
Ferla, L., Darski, C, Paiva, L. L., Sbruzzi, G. & Vieira, A. (2016). Synergism between abdominal and pelvic floor muscles in healthy women: a systematic review of observational studies. Fisioterapia em Movimento. 29(2), 399-410. • https://doi.org/10.1590/0103-5150.029.002.AO19.
Freire, G. M., Dias, R. S., Giordani, A. J., Ribalta, J. C. L., Segreto, H. R. C. & Segreto, R. A. (2010). Ressonância magnética para avaliação dos limites dos campos clássicos de radioterapia em pacientes portadoras de neoplasia maligna de colo uterino. Radiologia Brasileira. 43(3), 175-8. https://www.scielo.br/j/rb/a/CRwBjmYwqLPwXJywqKX659k/?lang=pt&format=pdf.
Fonseca, A. J. da, Ferreira, L. P., Dalla-benetta, A. C., Roldan, C. N. & Ferreira, M. L. S. (2010). Epidemiologia e impacto econômico do câncer de colo de útero no Estado de Roraima: a perspectiva do SUS. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 32(8), 386–92. https://doi.org/10.1590/S0100-72032010000800005.
Hazewinkel, M. H., Sprangers, M. A. G., Velden, J. V.D., Burger, M. P. M. & Roovers, J. P. W. R. (2012). Severe Pelvic Floor Symptoms After Cervical Cancer Treatment Are Predominantly Associated With Mental and Physical Well-Being and Body Image: A Cross-Sectional Study. International Journal of Gynecological Cancer. 22(1), 154-60 . https://doi.org/10.1097/IGC.0b013e3182332df8.
Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). (2021). Câncer de colo de útero. https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero.
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). (2019). Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil. https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2020-incidencia-de-cancer-no-brasil.pdf.
Mattos, R. C., Guimarães, I. S., Souza, L. T. & Melo, A. C. (2021). Evaluation of HIF-1α and VEGF-A expression in radiation induced cystitis: A case-control study. International Brazilian Journal of Urology. 47(2) 295-305. https://doi.org/10.1590/S1677-5538.IBJU.2020.0054.
Menezes, E. T. T., Rodrigues, R. D. S., Pontes, L. S., Dias, G. A. S., Latorre, G. F. S. & Nunes, E. F. C. (2017). Avaliação fisioterapêutica nas disfunções do assoalho pélvico consequente ao tratamento de câncer do colo do útero. Fisioterapia Brasil. 18(2), 189-196. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-884406.
Miguel, T. P., Laurienzo, C. E., Faria, E. F., Sarri, A. J., Castro, I. Q., Affonso-Júnior, R. J., Andrade, C. E. M. C., Vieira, M. A. & Reis, R. (2020). Chemoradiation for cervical cancer treatment portends high risk of pelvic floor dysfunction. Plos One. 15(6), 1-12. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0234389.
Oliveira, A. C. Z., Esteves, S. C. B., Feijó, L. F. A., Tagawa, E. K. & Cunha, M. O. (2005). Interstitial high-dose rate brachytherapy for recurrent cervical cancer after radiation therapy. Radiologia Brasileira. 38(2), 117-120. https://www.researchgate.net/publication/262652359_Interstitial_high-dose_rate_brachytherapy_for_recurrent_cervical_cancer_after_radiation_therapy.
Osann, K., Hsieh, S.; Nelson E. L., Monk, B. J., Chase, D., Cella, D. & Wenzel, L. (2014). Factors associated with poor quality of life among cervical cancer survivors: implications for clinical care and clinical trials. Gynecologic Oncology, 135(2):266-72. https://doi.org/10.1016/j.ygyno.2014.08.036.
Pfaendler, K. S., Wenzel, L., Mechanic, M. B. & Penner, K. R.(2015). Cervical cancer survivorship: long-term quality of life and social support. Clinical Therapeutics. 37(1), p.39-48. http://dx.doi.org/10.1016/j.clinthera.2014.11.013.
Ros, C. & Espuna, M. (2013). Impacto del tratamiento del cáncer de cérvix sobre la función miccional y sexual. Actas Urológicas Espanholas. 37(1) 40-6. https://doi.org/10.1016/j.acuro.2012.03.008.
Sacomori, C., Virtuoso, J. F., Kruger, A. P. & Cardoso, F. L. (2015). Pelvic floor muscle strength and sexual function in women. Fisioterapia em Movimento. 28(4), 657-65. https://doi.org/10.1590/0103-5150.028.004.AO02.
Santos, L. N., Castaneda, L., Aguiar, S. S., Thuler, L. C. S., Koifman, R. J. & Bergmann, A. (2019). Health-related Quality of Life in Women with Cervical Cancer. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 41 (4), 242-8. https://doi.org/10.1055/s-0039-1683355.
Souza, L. M., Pegorare, A. B. G., Christofoletti, G. & Barbosa, S. R. M. (2017). Influence of a protocol of Pilates exercises on the contractility of the pelvic floor muscles of non-institutionalized elderly persons. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. 20(4), 485-93. https://doi.org/10.1590/1981-22562017020.160191.
Souza, M. T., Silva M. D. & Carvalho, R. (2010). Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein. 8(1), 102-6. https://journal.einstein.br/wp-content/uploads/articles_xml/1679-4508-eins-S1679-45082010000100102/1679-4508-eins-S1679-45082010000100102-pt.pdf?x56956.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Laís Cabral de Lima; Thaynan Santos da Silva; Amanda Santos Vidal de Negreiros; Ana Carolina Queiroz Vieira; Samuel Cabral de Lima; Silvana Maria de Macêdo Uchôa; Érica Patrícia Borba Lira Uchôa; Valéria Conceição Passos de Carvalho
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.