Epidemiologia da Sífilis Congênita no estado de Sergipe
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.22061Palavras-chave:
Sífilis congênita; Epidemiologia; Sergipe.Resumo
Objetivo: O objetivo desse trabalho é analisar a dinâmica temporal da sífilis gestacional e congênita em Sergipe, e descrever características associadas a variáveis sociodemográficas das mães cujos filhos tiveram sífilis congênita em Sergipe no período de 2007 a 2015. Metodologia: foi realizado um estudo descritivo, ecológico, analítico e do tipo série histórica de todos os casos de sífilis congênita ocorridos em Sergipe no ano de 2007 a 2015, incluindo as mães notificadas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN. Resultados: houve um aumento da taxa de incidência de sífilis congênita no período de 2007 a 2010, e uma tendência de estabilização da doença a partir deste ano a maioria das mães avaliadas, 68,46 % encontra-se entre 20 a 34 anos, 40,7% dessas mulheres possuem ensino fundamental incompleto e 85 % se declararam pardas, 72,7% realizaram o pré-natal e mesmo assim boa parte dessas mulheres foi diagnosticada tardiamente. Conclusão: este fato reflete a fragilidade da assistência de pré-natal prestada a estas mulheres no citado estado. Este fato reflete a necessidade de melhorias nas ações dos serviços de saúde em Sergipe.
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