O território do qualquer outro e o exercício de um ethos quase impossível
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.22074Palavras-chave:
Alteridade; Estruturações sociais; Interações; São Paulo; Ocupação 9 de julho.Resumo
No contexto capitalista neoliberal, o medo, reflexo dos permanentes e multiescalares processos de exclusão social, do desamparo do Estado, permeia o engendramento das próprias relações, solidificando-as em extratos. Nesse processo de estratificação, constrói barreiras nas quais o outro, a alteridade, é sinônimo de ameaça, perigo, alguém ou algo a ser evitado. Como resultado, acentua-se a polarização entre classes, crenças, etnias, ideologias, e, consequentemente, uma estruturação de interações homogêneas, uniformes, moldada a partir do pressuposto de que as diferenças devem ser reprimidas ou excluídas. Essa prática social favorece a emergência de indivíduos anempáticos, imunizados e, destrutivamente, autoimunizados. Propõe-se neste trabalho o entendimento do contexto urbano social da cidade de São Paulo por meio de revisão bibliográfica e a partir disso analisar, via objeto de estudo, como a Ocupação 9 de julho atua contrariamente a estes enclaves. Territorializados na cidade, muitas vezes, por meio de ocupações urbanas que buscam se posicionar de forma civil e urbana, são capazes de transmutações locais do cenário mundial; aqui, especificamente o da cidade de São Paulo.
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