Perfil da mortalidade de mulheres na região Nordeste do Brasil em decorrência de depressão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.22155

Palavras-chave:

Mortalidade; Saúde da mulher; Depressão.

Resumo

Introdução: A depressão é um transtorno que afeta mais de 300 milhões de pessoas no mundo, contudo, o número de mulheres que apresentam esse transtorno é alarmante. Objetivo: Analisar o perfil de mulheres que morreram de alguma causa associada à depressão na região Nordeste do Brasil, entre 2014 a 2019. Métodos: Usamos uma tabela de contingência para apresentar um resumo das variáveis, matriz de correlação para identificação das relações e para reduzir a dimensionalidade sem perder informações e explicar essas variáveis em termos de suas componentes aplicamos a Análise de Componentes Principais. A coleta de dados foi realizada a partir dos dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), selecionando também a categoria do CID-10 que correspondem a episódios depressivos e transtorno depressivo recorrente (F32 e F33). As variáveis selecionadas foram raça, estado civil e escolaridade levando em consideração apenas pessoas do sexo feminino. Os dados foram tabulados no Excel e analisados no programa estatístico R versão 3.5.2. Resultados: Ocorreram 613 óbitos no sexo feminino nesse período, sendo principalmente mulheres pardas e casadas. As variáveis estão fortemente correlacionadas e hipóteses são levantadas: preconceito, vulnerabilidade social, falta de suporte social, relacionamento abusivo, mulheres procuram mais ajuda do que os homens. Conclusão: O perfil de mortalidade varia em função de raça e estado civil, sendo Bahia e Ceará os dois estados que obtiveram os índices mais significativos. Logo, se fazem necessárias políticas públicas, investimento na prevenção e promoção de qualidade de vida, rede de apoio a mulheres que passam por alguma situação que seja considerada fator de risco para um quadro depressivo.

Referências

American Psychiatric Association. (2014). DSM-5: Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Artmed Editora.

Baptista, M. N., Baptista, A. S. D., & Oliveira, M. D. G. D. (1999). Depressão e gênero: por que as mulheres deprimem mais que os homens?. Temas em psicologia, 7(2), 143-156.

Caixeta, J. E., & Barbato, S. (2004). Identidade feminina: um conceito complexo. Paidéia (Ribeirão Preto), 14, 211-220.

Campos, J. R., Del Prette, A., & Del Prette, Z. A. P. (2014). Depresión en la adolescencia: habilidades sociales y variables sociodemográficas como factores de riesgo/protección. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 14(2), 408-428.

Capela, M. V., & Capela, J. M. (2011). Elaboração de gráficos box-plot em planilhas de cálculo. In congresso de matemática aplicada e computacional da região sudeste–cnmac Sudeste (Vol. 1).

Cordás, T. A., & Emilio, M. S. (2017). História da melancolia. Artmed Editora.

Dell'Aglio, D. D., & Hutz, C. S. (2004). Depressão e desempenho escolar em crianças e adolescentes institucionalizados. Psicologia: Reflexão e Crítica, 17, 351-357.

Departamento de informática do sus - datasus. Informações de Saúde, Mortalidade: banco de dados.

Fortin, M. F., Côté, J., & Filion, F. (2009). Fundamentos e etapas do processo de investigação.

Fundação Oswaldo Cruz: uma instituição a serviço da vida (2020). Desigualdades sociais provocam aumento do sofrimento mental em meio à pandemia da covid-19 [Internet]. https://www.cee.fiocruz.br/?q=desigualdades-sociais-provocam-aumento-do-sofrimento-mental-em-meio-a-pandemia-da-covid-1

Gomes, L. F. E. (2019). Ser Pardo: o limbo identitário-racial brasileiro e a reivindicação da identidade. Cadernos de Gênero e Diversidade, 5(1), 66-78.

Kuehner, C. (2017). Why is depression more common among women than among men? The Lancet Psychiatry, 4(2), 146-158.

Lin, S. C., Tyus, N., Maloney, M., Ohri, B., & Sripipatana, A. (2020). Mental health status among women of reproductive age from underserved communities in the United States and the associations between depression and physical health. A cross-sectional study. Plos one, 15(4), e0231243. PLoS ONE 15(4): e0231243, 2020. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0231243

Loesch, C., & Hoeltgebaum, M. (2017). Métodos estatísticos multivariados. Saraiva Educação SA. São Paulo: Saraiva, 2012.

Ministério Da Saúde. Depressão: causas, sintomas, tratamentos, diagnóstico e prevenção. https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/depressao.

Ministério da Saúde. Saúde e Vigilância Sanitária https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/bahia-recebe-mais-de-r-8-milhoes-para-ampliar-atendimentos-em-saude-mental-no-sus.

Ministério da Saúde. Saúde e Vigilância Sanitária. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/ceara-recebe-mais-de-r-4-8-milhoes-para-ampliar-atendimentos-em-saude-mental-no-sus.

Organização Mundial da Saúde. (1994). CID-10: Classificação Estatística Internacional de Doenças com disquete Vol. 1. Edusp.

Organização Pan-Americana da Saúde, Organização Mundial da Saúde para as Américas. Artigo. Depressão.https://www.paho.org/pt/topicos/depressao.

Paradis, E., & Schliep, K. (2019). ape 5.0: um ambiente para a filogenética moderna e análises evolutivas em R. Bioinformatics , 35 (3), 526-528.

Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Santa Maria/RS. Ed. UAB/NTE/UFSM

R Core Team. Manual. R: A Language and Environment for Statistical Computing. R Foundation for Statistical Computing. Austria: Vienna, 2014. http://www.R-project.org/

Ramos, E. Estatística: poderosa ciência ao alcance de todos. website: http://www. ufpa. br/beiradorio/arquivo. Beira21/opini ao. html.

Santos, A. M. C. C. D. (2009). Articular saúde mental e relações de gênero: dar voz aos sujeitos silenciados. Ciência & Saúde Coletiva, 14, 1177-1182.

Silva, M. N. M. D., Brito, L. M. O., Chein, M. B. D. C., Brito, L. G. O., & Navarro, P. A. D. A. S. (2008). Depressão em mulheres climatéricas: análise de mulheres atendidas ambulatorialmente em um hospital universitário no Maranhão. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, 30, 150-154.Soares, M. B.Enfrentando a violência contra a mulher. Brasília: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, 2005.

União dos Municípios da Bahia. (2015). Bahia tem alto índice de pessoas com depressão [Internet]. http://www.upb.org.br/noticias/bahia-tem-alto-indice-de-pessoas-com-depressao-aponta-ibge

Wickham, H., Averick, M., Bryan, J., Chang, W., McGowan, L. D. A., François, R., ... & Yutani, H. (2019). Welcome to the Tidyverse. Journal of open source software, 4(43), 1686, https://doi.org/10.21105/joss.01686

Wilhelm, F. A., & Tonet, J. (2017). Percepção sobre a violência doméstica na perspectiva de mulheres vitimadas. Psicologia Argumento, 25(51), 401-412.

Downloads

Publicado

09/11/2021

Como Citar

SILVA, M. G. P. da .; CAMÊLO, E. L. S. .; AGUIAR, D. C. Perfil da mortalidade de mulheres na região Nordeste do Brasil em decorrência de depressão . Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 14, p. e445101422155, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i14.22155. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/22155. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais