Violência obstétrica institucional: uma questão sobre os direitos da mulher
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.22226Palavras-chave:
Violência Obstétrica; Direitos da Mulher; Obstetrícia.Resumo
Objetivo: Esta revisão integrativa tem como objetivo compreender através da literatura como se estabeleceu o processo institucional da violência obstétrica na mulher levando em conta que este fenômeno é reconhecido através de diferentes tipos de agressões que podem ocorrer no contexto da gestação, parto, puerpério, como também em situações de aborto, pós-aborto e ciclo reprodutivo. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura onde foram selecionados artigos utilizando as plataformas do SciELO, PUBMED e MEDLINE e foram escolhidos para o espaço amostral da pesquisa apenas artigos publicados em português, inglês ou espanhol e uma cartilha, que retrataram a temática referente à ocorrência da violência obstétrica e artigos publicados e indexados nos referidos bancos de dados dos últimos 21 anos. Nesta revisão integrativa, realizamos atividades de busca de informações, compilação e registro dos artigos selecionados. Resultados e discussão: A violência obstétrica ainda é uma realidade, ocorrendo principalmente com mulheres de baixa renda e escolaridade, expressando-se através de abusos verbais, procedimentos desnecessários, entre outras formas. Isso se dá pela falta de preparo da equipe de saúde, leis e a não conscientização da mulher. Conclusão: A Violência obstétrica caracteriza-se por práticas inadequadas contra a mulher no período gestacional. É notório o prejuízo psicológico a esta parturiente. Para diminuir essa realidade são necessários projetos de leis que amparam as mulheres, a conscientização das mesmas durante o pré-natal, e uma formação mais humanizada dos futuros profissionais da saúde.
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