Impacto da ultrassonografia doppler no exame clínico andrológico de reprodutores equinos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.22412Palavras-chave:
Fertilidade; Índice de Resistividade; Membranas espermáticas.Resumo
Objetivou-se avaliar a associação da ultrassonografia Doppler com o exame clínico andrológico para identificação da qualidade reprodutiva de equinos no Brejo paraibano. Foram utilizados 11 equinos da raça Quarto de milha, com idade entre três a 27 anos. Os ejaculados foram colhidos pelo método de vagina artificial e as amostras seminais submetidas à avaliação a campo (motilidade subjetiva, integridade celular) e em laboratório (motilidade objetiva, integridade celular). Após colheita seminal, os animais foram submetidos à avaliação do fluxo sanguíneo testicular por ultrassonografia doppler. Diferenças (p<0,05) foram observadas entre os parâmetros de motilidade subjetiva, avaliada a campo, e motilidade objetiva, no laboratório. A integridade da membrana plasmática espermática foi semelhante nos testes a campo e em laboratório. Nos parâmetros ultrassonográficos, observou-se que o Índice de Pulsatilidade tem correlação positiva com amplitude de deslocamento lateral de cabeça (ALH) do espermatozoide. Por fim, com o aumento da idade dos reprodutores, observou-se redução da motilidade e menor aporte sanguíneo na região testicular, resultando em menor potencial de fertilidade. Conclui-se que o exame clínico andrológico, quando isolado, não determina a capacidade fértil de garanhões; a ultrassonografia associada ao método doppler identifica animais subférteis e pode ser uma ferramenta auxiliar na seleção de reprodutores equinos.
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