A Violação dos Direitos Humanos nas Prisões Brasileiras e o Papel do Superior Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.22420Palavras-chave:
Direitos Humanos; Prisões; Supremo Tribunal Federal; Conselho Nacional de Justiça; Presidiários.Resumo
Esta pesquisa pretende avaliar qual o papel do Poder Judiciário brasileiro na proteção dos direitos humanos nas prisões, à luz das ações do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Para tanto, inicialmente, a partir da divisão dos Poderes nos Estado brasileiro, pretende-se realizar uma pesquisa estrutural das competências no Estado brasileiro na tutela das prisões e da proteção dos direitos humanos nas prisões; na sequência, pretende-se o estudo de qual tem sido a atuação do Poder Judiciário na proteção desses direitos, a partir da análise de ações do STF e do CNJ. Inicialmente, constatou-se que a violação dos direitos humanos nas prisões não é algo recente no Estado brasileiro e reflete outros problemas estruturais da sociedade brasileira, como a grande desigualdade social e o racismo estrutural. Essa violência é pior para mulheres e minorias sexuais, em virtude tanto da ação quanto da omissão do Estado. Ao final, constatou-se que o STF possui importantes decisões em prol da proteção dos direitos humanos das prisões; no entanto algumas decisões da mesma corte, as quais endurecem medidas de encarceramento, provocaram impactos no agravamento da situação caótica do sistema prisional brasileiro. Adicionalmente, o CNJ tem desempenhado um importante papel para a monitorar e promover a proteção dos direitos humanos nas prisões. O método aplicado no desenvolvimento da pesquisa em curso é o método indutivo, pelo qual se busca alcançar uma conclusão geral a partir de dados particulares.
Referências
Banco Nacional de Monitoramento de Prisões. (n.d.). Cadastro Nacional de Presos. https://portalbnmp.cnj.jus.br/#/estatisticas
Brazil. (1984). Law of Penal Execution - Act n. 7.210, 11st July 1984. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm
Fórum Brasileiro de Segurança Pública. (2018). Anuário Brasileiro de Segurança Pública - 2014 a 2017. https://www.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2018/09/FBSP_ABSP_edicao_especial_estados_faccoes_2018.pdf
Fundo Penitenciário Nacional. (2021). Departamento Penitenciário Nacional. Retrieved March 09, 2021, from https://www.gov.br/depen/pt-br/assuntos/funpen#:~:text=O%20Fundo%20Penitenci%C3%A1rio%20Nacional%20%2D%20Funpen,e%20apoiar%20as%20atividades%20e
GOFFMAN, E. (2001). Manicômios, Prisões e Conventos. Editora Perspectiva.
Inter-American Commission on Human Rights. (1969, November 22). American Convention on Human Rights. https://www.cidh.oas.org/basicos/english/basic3.american%20convention.htm
Ministério Público do Rio Grande do Sul. (2017). Grupo Temático da Execução Criminal - Fiscalização de Estabelecimentos Penais. https://www.mppi.mp.br/internet/wp-content/uploads//2020/04/cartilha_fiscalizacao_01.pdf
National Council of Justice. (n.d.). Attention Policy for Persons Leaving the Prison System (Social Offices). National COuoncil of Justice. https://www.cnj.jus.br/sistema-carcerario/politica-de-atencao-a-pessoas-egressas-do-sistema-prisional-escritorios-sociais/
National Council of Justice. (n.d.). Custody Hearings. National Council of Justice. https://www.cnj.jus.br/sistema-carcerario/audiencia-de-custodia/
National Council of Justice. (n.d.). Doing Justice - About the Program. National COurt of Justice. https://www.cnj.jus.br/sistema-carcerario/fazendo-justica/sobre-o-programa/
National Council of Justice. (n.d.). Prison Task Force. National COuncil of Justice. https://www.cnj.jus.br/sistema-carcerario/mutirao-carcerario/
National COuncil of Justice. (n.d.). Restorative Justice. National COuncil of Justice. https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/justica-restaurativa/
National Council of Justice. (n.d.). Who we are. National Council of Justice. Retrieved March 10, 2020, from https://www.cnj.jus.br/sobre-o-cnj/quem-somos/
National Council of Justice. (2017, October 11). Number of women prisoners multiplies by eight in 16 years. https://www.cnj.jus.br/numero-de-mulheres-presas-multiplica-por-oito-em-16-anos/#:~:text=Com%20o%20Marco%20Legal%20da,de%20at%C3%A9%2012%20anos%20incompletos.
National Council of Justice. (2018). Pre-trial detainees: Piauí reduces rate of detainees awaiting trial. National Council of Justice. https://www.cnj.jus.br/presos-provisorios-piaui-reduz-taxa-de-detentos-a-espera-de-julgamento/
National Council of Justice. (2019). CNJ registry registers 685 pregnant or lactating women arrested. https://www.cnj.jus.br/cadastro-do-cnj-registra-685-mulheres-gravidas-ou-lactantes-presas/#:~:text=O%20Cadastro%20Nacional%20de%20Presas,s%C3%A3o%20gr%C3%A1vidas%20e%20265%2C%20lactantes.
National Council of public ministry. (n.d.). Manual de Inspeção a Unidades Prisionais. CNMP. https://www.cnmp.mp.br/portal/images/Publicacoes/documentos/2019/Manual_-_Formatado.pdf
National Council of Public Ministry. (2020). A Visão do Ministério Público sobre o Sistema Prisional brasileiro (Vol. IV). CNMP. CNMP
Reis, E. R. C. (1995). A privatização das prisões sob a ótica do direito administrativo. Revista dos Tribunais.
Supreme Federal Court. (2019). Constitution of the Federative Republic of Brazil. Secretaria de Documentação. http://www.stf.jus.br/arquivo/ cms/legislacaoConstituicao/anexo/CF_ingles.pdf
Supremo Tribunal Federal. (2016). Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 347.
United Nations. (1976). International Covenant on Civil and Political Rights. https://www.ohchr.org/en/professionalinterest/pages/ccpr.aspx
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Guilherme Aresi Madruga Lopes; Juliana Roman
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.