Reconstrução mandibular com enxerto microvascularizado após ressecção de ameloblastoma: série de casos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i15.22594Palavras-chave:
Ameloblastoma; Transplante ósseo; Mandíbula; Microcirculação.Resumo
O ameloblastoma é um tumor localmente agressivo e altamente infiltrativo, com alta taxa de recidiva. Na sua forma multicística, o tratamento preconizado é a ressecção da lesão com margem de segurança, o que resulta em grandes defeitos orofaciais, com repercussões estéticas e funcionais. A cirurgia microvascular revolucionou a reconstrução de grandes defeitos, pois essas técnicas de enxertia permitem um reestabelecimento estético e funcional mais satisfatório. Este estudo objetivou relatar uma série de casos de reconstruções de defeitos mandibulares utilizando enxerto microvascularizado de fíbula após a ressecção de ameloblastomas. Para isso, seis pacientes foram incluídos neste estudo e os dados relacionados ao procedimento cirúrgico, diagnóstico, complicações e proservação foram coletados. Os pacientes foram caracterizados como quatro do sexo feminino e dois do sexo masculino, com idade média de 23,8 anos diagnosticados com ameloblastoma em mandíbula localizados em sua maioria no corpo, ângulo e ramo mandibular. Esses pacientes foram submetidos a ressecção da lesão, resultando em defeitos maiores que 5 cm, o que justificou a utilização de enxerto microvascularizado de fíbula para sua reconstrução. Os pacientes evoluíram bem, com bons resultados e sem recidivas ou complicações num acompanhamento pós-operatório de 2 a 5 anos. O ameloblastoma é uma lesão que atinge grandes dimensões e acarreta grande prejuízo cosmético e funcional. O enxerto microvascularizado é uma alternativa na reconstrução de grandes defeitos e permite um reestabelecimento morfofuncional satisfatórios com mínimas complicações.
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