Além do SARS-CoV-2, as implicações da Síndrome Pós Covid-19: o que estamos produzindo?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i15.22738

Palavras-chave:

SARS-CoV-2; COVID-19; Expectativa de vida livre de incapacidades.

Resumo

Objetivo: Analisar a produção científica em periódicos nacionais e internacionais referente à síndrome Pós Covid-19, no período de 2019-2021. Questão norteadora: “Quais as consequências decorrentes da infecção pelo SARS-CoV-2 para o organismo humano?” Métodos: Trata-se de um estado da arte a respeito da síndrome pós Covid, cuja busca foi realizada na base de dados LILACS e Medline com os termos “COVID-19”, “Doença por Coronavírus-19”, “Infecções por SARS-CoV-2”, “Infecções por Coronavírus”, “Pós COVID-19”, no recorte temporal de 2019-2021, tendo como critério de inclusão: artigo disponível na íntegra e está publicado em língua portuguesa, Inglesa e Espanhola. Selecionou-se 16 artigos. Resultados: Enfrentar o SARS-CoV-2 vai além de enfrentar um vírus desconhecido, que resulta no desenvolvimento de uma doença igualmente desconhecida, mas que está nos levando ao confronto com nossas próprias limitações enquanto seres humanos, imperfeitos e limitados. Assim, surgem as sequelas físicas em pessoas que superaram a COVID-19. Conclusão: Nem sempre é a pessoa assistida em estado grave que apresenta comprometimentos significativos no pós adoecimento, permanecendo após a recuperação da infecção com algum tipo persistente de sequela. A síndrome pós COVID representa um quadro clínico que é resultante da repercussão do agravo no organismo e que é composto por um conjunto de sintomas inespecíficos. Em sendo um algo recente, ainda não se sabe muito a seu respeito, mas o que fica claro é que não acomete apenas pessoas que desenvolveram a forma grave da COVID-19 e que chegaram a ser internadas em UTI por longo período.

Biografia do Autor

Audrey Moura Mota Geronimo, Universidade Federal de Alagoas

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de Mato Grosso (2016) e em Ciências Biológicas com ênfase em Ecologia pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2003). Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em identificação de impacto ambiental, gestão social e Educação Ambiental. Formada no curso Técnico em Contabilidade pela Fundação Bradesco (Maceió/AL) em 1995. Desenvolvimento de diversas atividades voltadas à montagem e execução de projetos; atualização e tratamento de banco de dados; monitoramento de eventos, em especial na secretaria do evento (local, regional e nacional); estabelecimento de parcerias. Sólida experiência na área de atendimento ao público, inclusive no que diz respeito à recepção de palestrantes a nível local, estadual e nacional. Habilidades com Windows, Word, Power Point, Excel e Internet. Várias ações ligadas à capacitação de pessoal (montagem e execução), principalmente no que se refere a meio ambiente, turismo, gestão social, formação política, relações interpessoais e assuntos pertinentes à área da saúde. Competências/Habilidades: proativa, comunicação, ética, planejamento, trabalho em equipe e relacionamento interpessoal.

Isabel Comassetto, Universidade Federal de Alagoas

Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (1993). Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN (2007). Doutorado em Ciências pela Universidade de São Paulo - USP (2014). Atualmente é docente da Universidade Federal de Alagoas -UFAL. Pesquisadora do Grupo de Pesquisa PROCUIDADO; Grupo Cuidado em Saúde; Grupo REDE de Pesquisa e Prática em Trabalho, Educação e Saúde Coletiva. Tem experiência profissional com ênfase em Terapia Intensiva, Urgência e emergência; Enfermagem Médico-Cirúrgica, Oncologia e Segurança do paciente.. Atua principalmente nas seguintes áreas: Cuidados ao paciente crítico nos diversos espaços assistenciais; Segurança do paciente e qualidade em saúde; O cuidar do profissional, paciente e família na experiência de doença, morte e luto.

Cinthia Rafaela Amaro Gonçalves Andrade, Universidade Federal de Alagoas

Enfermeira Graduada e Mestre pela Escola de Enfermagem e Farmácia - ESENFAR - da Universidade Federal de Alagoas - UFAL. Especialista em Saúde Pública pelo IBF - Faculdade cidade verde. Pós-graduanda em Urgência, Emergência e UTI, pelo CEFAPP. Gerente do IV Distrito Sanitário do município de Maceió-AL. Responsável técnico da Clínica de Reestrutação Renovar. Enfermeira da Casa Lar Deus é amor.

Raíssa Rafaella Santos Moreno da Silva, Universidade Federal de Alagoas

Possui Graduação em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Alagoas (2021). Mestranda no Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Escola de Enfermagem da UFAL. Durante a graduação, foi: Monitora da Disciplina Métodos e Processos de Intervenção de Enfermagem 1, durante 6 semestres (2017.1 - 2019.2); Monitora do Projeto de Extensão Estimulação Precoce na Primeira Infância - PEPPI (2018-2019); Bolsista CNPq - Projeto de Iniciação Científica: Custos Relacionados ao Centro de Esterilização: Revisão Integrativa (2018-2019). Membro do Grupo de Pesquisa: Avanços em Tecnologia, Ensino e Gerenciamento para a Saúde do Adulto, Centro Cirúrgico (CC) e Centro de Material Esterilizado (CME) (2016.1 - 2021).

Referências

Allegrante, J. P.; Auld, M. E. & Natarajan, S. (2020). Preventing COVID-19 and its Sequela: “There is no Magic Bullet... It’s Just Behaviors”. American journal of preventive medicine, 59(2), 288-92.

Barreto, M. L.; Barros, A. J. D.; Carvalho, M, S.; Codeço, C. T.; Hallal, P. R. C.; Medronho, R. A.; Struchiner, C. J.; Victora, C. G. & Werneck, G. L. (2020). O que é urgente e necessário para subsidiar as políticas de enfrentamento da pandemia de COVID-19 no Brasil? Revista Brasileira de Epidemiologia, 23(e200032).

Brasil, República Federativa do. (2021). Ministério da Saúde. Painel Coronavírus. 2021. Recuperado de https://covid.saude.gov.br/.

Brasil, República Federativa do. (2020). Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência. Protocolo de manejo clínico da Covid-19 na Atenção Especializada. 1. ed. rev. Brasília: Ministério da Saúde. 48 p.

Campos, M. R.; Schramm, J. M. A.; Emmerick, I. C. M.; Rodrigues, J. M.; Avelar, F. G. & Pimentel, T. G. (2020). Carga de doença da COVID-19 e de suas complicações agudas e crônicas: reflexões sobre a mensuração (DALY) e perspectivas no Sistema Único de Saúde. Cadernos de Saúde Pública, 36(11).

Cornely, A. F. H. & Rocha, J. G. F. (2020). Avaliação e Manejo de sintomas prolongados de COVID-19. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia. TelessaúdeRS (TelessaúdeRS-UFRGS), Porto Alegre: TelessaúdeRS-UFRGS.

Daniel, C. R.; Baroni, M. P.; Ruaro, J. A. & Fréz, A. R. (2020). Estamos olhando para os indivíduos pós-COVID como deveríamos? Rev. Pesqui. Fisioter., Salvador, 10(4), 588-90.

Ferreira, N. S. A (2002). As pesquisas denominadas" estado da arte". Educação & Sociedade, 23(79), 257-272.

Mota, C. V. (2020). Coronavírus: a longa lista de possíveis sequelas da Covid-19. BBC News Brasil, São Paulo. Recuperado de https://www.bbc.com/portuguese/geral-53654692.

Nogueira, T. L.; Silva, S. D. A.; Silva, L. H.; Leite, M. V. S.; Rocha, J. F. A. & Andreza, R. S. (2021). Pós covid-19: as sequelas deixadas pelo Sars-Cov-2 e o impacto na vida das pessoas acometidas. Archives of Health, Curitiba, 2(2), 457-71.

Nunes, M. J. M.; Silva, J. C. S.; Oliveira, L. C.; Marcos, G. V. T. M.; Fernandes, A. C. L.; Santos, W. L. S.; Guzen, F. P.; Cavalcanti, J. R. L. P. & Araújo, D. P. (2020). Alterações Neurológicas na Covid-19: uma Revisão Sistemática. Revista de Neurociências, Mossoró, 28, 1-22.

Oda, A. M. G. R. & Leite, S. (2020). A pandemia de COVID-19 no Brasil: em busca de sentidos em meio à tragédia (Editorial). Rev. Latinoam. Psicopat. Fund., São Paulo, 23(3), 467-73.

OPAS, Organização Pan-Americana da Saúde & OMS, Organização Mundial da Saúde. (2020a). Transmissão do SARS-CoV-2: implicações para as precauções da prevenção e infecção. https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/52472/OPASWBRA COVID-1920089_ por.pdf?sequence=1&isAllowed=y.

OPAS, Organização Pan-Americana da Saúde & OMS, Organização Mundial da Saúde. (2020b). Alerta epidemiológico: complicações e sequelas da COVID-19. ttps://www.paho.org/bra/dmdocuments/covid-19-materiais-de- comunicacao-1/Alerta%20epidemiologico%20-%20Complicacoes%20e%20sequelas%20da%20COVID-19.pdf.

Padilha, A.; Neto, C.; Menezes, P. & Sousa, S. (2021). Significado de Sequela. Recuperado de https://www.significados.com.br/sequela/.

Paz, L. E. S.; Bezerra, B. J. S.; Pereira, T. M. M. & Silva, W. E. (2021). COVID-19: a importância da fisioterapia na recuperação da saúde do trabalhador. Rev Bras Med Trab., 19(1), 94-106.

Peres, A. C. (2020). Dias que nunca terminam: sintomas persistentes relacionados à Síndrome Pós-Covid surpreendem pacientes e pesquisadores. RADIS: Comunicação e Saúde, 218, 26-31.

Santana, A. V.; Fontana, A. D. & Pitta, F. (2021). Reabilitação pulmonar pós-COVID-19. J Bras Pneumol., 47(e20210034), 3 p.

Silva, L. C. O.; Pina, T. A. & Ormond, L. S. (2021). Sequelas e reabilitação pós-covid-19: revisão de literatura. Revista das Ciências da Saúde e Ciências aplicadas do Oeste Baiano - Higia, 6(1), 169-84.

Downloads

Publicado

27/11/2021

Como Citar

GERONIMO, A. M. M. .; COMASSETTO, I.; ANDRADE, C. R. A. G. .; SILVA, R. R. S. M. da . Além do SARS-CoV-2, as implicações da Síndrome Pós Covid-19: o que estamos produzindo?. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 15, p. e336101522738, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i15.22738. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/22738. Acesso em: 27 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão