Os desafios da mulher frente a necessidade da realização do exame preventivo: uma visão panorâmica dos diferentes diagnósticos cervicais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i15.22875Palavras-chave:
Lesões de baixo grau; HPV; Lesões precursoras; Saúde pública.Resumo
O câncer de colo do útero é quarto tipo de câncer que mais acomete mulheres no mundo e tem forte correlação com a incidência do papiloma vírus humano (HPV), e apesar de existir um programa nacional de rastreio do mesmo no Sistema Único de Saúde a cobertura ideal desse tipo de serviço nunca foi atingida. Nesse contexto, há um aumento dos índices de subnotificação e acompanhamento das lesões precursoras de baixo grau que, ao falhar, deixa de prevenir casos que poderiam ser tratados antes de complicações. Este artigo discute três questões importantes nessa dinâmica: a) quais os fatores que levam a não realização do exame preventivo? b) Quais os métodos preventivos que impedem o contágio pelo vírus e suas eficácias? c) Quais os métodos de detecção da presença do HPV e de lesão precursora e quão eficientes estes são? Conclui-se que há coesão na literatura sobre os motivos que levam a não realização de exames preventivos, sendo eles de causas psicológicas, socioeconômicas e de conscientização. Há indícios de que os métodos preventivos tem sido avaliados para homens e mulheres, e são baseados no do uso de preservativos e na vacinação em massa de jovens contra o HPV. Ao final, os métodos de detecção disponíveis atualmente são capazes de diagnosticar a infecção específica presente no examinado, e quando esses métodos são utilizados em conjuntos específicos possibilitam a previsão do desenvolvimento maligno ou não inerente a cada caso.
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