As causas locais de superlotação em um serviço hospitalar de emergência de Sergipe
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i15.22936Palavras-chave:
Serviço hospitalar de emergência; Aglomeração.Resumo
A superlotação é um problema presente mundialmente que assola os mais diversos países e serviços públicos de saúde, assim, a identificação de suas causas é um desafio para gestores e líderes governamentais. Diante disto, este estudo objetivou descrever as principais causas locais de superlotação em um serviço de emergência do estado de Sergipe. Alguns dos passos galgados para chegar lá foram conceituar superlotação em serviços hospitalares de emergência e apresentar as principais causas de superlotação, descrever as características do serviço estudado bem como apontar seus dados estatísticos de superlotação, comparar estes dados com as causas apresentadas e diante disso a possível causa para a superlotação. Para tanto, foi utilizado como método para coleta de dados a pesquisa documental, através do estudo de dados estatísticos frente a referenciais teóricos acerca da Superlotação de Serviços Hospitalares de Emergência e suas causas e dados publicados pelo DATASUS. A partir da análise dos dados foi possível identificar alguns fatores causais desencadeadores da superlotação no serviço estudado. Observou-se um grande influxo de pacientes ao serviço, bem como uma média de permanência elevada devido à escassez de recursos para atender a demanda do serviço. Enfim, por meio de todo o estudo realizado e dos dados apresentados foi possível se identificar que a superlotação no serviço estudado possui causas multifatoriais e há a necessidade de uma maior investigação. Desta forma, faz-se necessário o incentivo a mais pesquisas e ao aprimoramento da disponibilidade de dados para análise.
Referências
Asplin, B. R., Magid, D. J., Rhodes, K. V., Solberg, L. I., Lurie, N., & Camargo, C. A. (2003). A conceptual model of emergency department crowding. Annals of Emergency Medicine, 42(2), 173–180. https://doi.org/10.1067/mem.2003.302
Bittencourt, R. J., Stevanato, A. de M., Bragança, C. T. N. M., Gottems, L. B. D., & O’Dwyer, G. (2020). Interventions in overcrowding of emergency departments: An overview of systematic reviews. Revista de Saúde Pública, 54, 66. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2020054002342
Brasil. (2019). Ministério da Saúde. Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil—CNES. TabNet Win32 3.0: CNES - Recursos Físicos - Hospitalar - Leitos de internação - Sergipe. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?cnes/cnv/leiintse.def
Brasil. (2019). Ministério da Saúde. Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS).
Brasil. (2019). Ministério da Saúde. Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). TabNet Win32 3.0: Procedimentos hospitalares do SUS - por local de internação - Sergipe. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sih/cnv/qise.def
Brasil. (2020). PAINEL GERAL: FICHAS TÉCNICAS DOS INDICADORES. Consórcio de Indicadores de Qualidade Hospitalar, 4. https://www.gov.br/ans/pt-br/arquivos/assuntos/prestadores/qualiss-programa-de-qualificacao-dos-prestadores-de-servicos-de-saude-1/1-indicadores-gerais-versao-i-publicacao-ans-pdf/view
Cameron, P., Little, M., Mitra, B., & Deasy, C. (2019). Textbook of Adult Emergency Medicine E-Book. Elsevier Health Sciences.
Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. Atlas.
Grabois, V., & Bittencourt, R. (2019). Superlotação dos serviços de emergência (p. 315–334). https://doi.org/10.7476/9788575416419.0017
Habib, M. I., & Khan, K. M. (2017). Overcrowding and possible solutions for a busy paediatric emergency department. JPMA. The Journal of the Pakistan Medical Association, 67(9), 1398–1403.
Higginson, I., & Boyle, A. (2018). What should we do about crowding in emergency departments? British Journal of Hospital Medicine (London, England: 2005), 79(9), 500–503. https://doi.org/10.12968/hmed.2018.79.9.500
Hoot, N. R., & Aronsky, D. (2008). Systematic review of emergency department crowding: Causes, effects, and solutions. Annals of Emergency Medicine, 52(2), 126–136. https://doi.org/10.1016/j.annemergmed.2008.03.014
Hsu, C.-M., Liang, L.-L., Chang, Y.-T., & Juang, W.-C. (2019). Emergency department overcrowding: Quality improvement in a Taiwan Medical Center. Journal of the Formosan Medical Association, 118(1, Part 1), 186–193. https://doi.org/10.1016/j.jfma.2018.03.008
Idil, H., Kilic, T. Y., Toker, İ., Dura Turan, K., & Yesilaras, M. (2018). Non-urgent adult patients in the emergency department: Causes and patient characteristics. Turkish Journal of Emergency Medicine, 18(2), 71–74. https://doi.org/10.1016/j.tjem.2017.10.002
Lakatos, E. M., & Marconi, M. de A. (2021). Fundamentos de Metodologia Científica (9a edição). Atlas.
Lin, C.-C., Liang, H.-F., Han, C.-Y., Chen, L.-C., & Hsieh, C.-L. (2019). Professional resilience among nurses working in an overcrowded emergency department in Taiwan. International Emergency Nursing, 42, 44–50. https://doi.org/10.1016/j.ienj.2018.05.005
Lindner, G., & Woitok, B. K. (2021). Emergency department overcrowding: Analysis and strategies to manage an international phenomenon. Wiener Klinische Wochenschrift, 133(5–6), 229–233. https://doi.org/10.1007/s00508-019-01596-7
Morley, C., Unwin, M., Peterson, G. M., Stankovich, J., & Kinsman, L. (2018). Emergency department crowding: A systematic review of causes, consequences and solutions. PloS One, 13(8), e0203316. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0203316
Moskop, J. C., Geiderman, J. M., Marshall, K. D., McGreevy, J., Derse, A. R., Bookman, K., McGrath, N., & Iserson, K. V. (2019). Another Look at the Persistent Moral Problem of Emergency Department Crowding. Annals of Emergency Medicine, 74(3), 357–364. https://doi.org/10.1016/j.annemergmed.2018.11.029
Rasouli, H. R., Aliakbar Esfahani, A., & Abbasi Farajzadeh, M. (2019). Challenges, consequences, and lessons for way–outs to emergencies at hospitals: A systematic review study. BMC Emergency Medicine, 19(1), 62. https://doi.org/10.1186/s12873-019-0275-9
Sakamoto, C. K., & Silveira, I. O. (2019). Como fazer projetos de iniciação científica. Pia Sociedade de São Paulo - Editora Paulus.
Salehi, L., Phalpher, P., Valani, R., Meaney, C., Amin, Q., Ferrari, K., & Mercuri, M. (2018). Emergency department boarding: A descriptive analysis and measurement of impact on outcomes. Canadian Journal of Emergency Medicine, 20(6), 929–937. https://doi.org/10.1017/cem.2018.18
Salway, R., Valenzuela, R., Shoenberger, J., Mallon, W., & Viccellio, A. (2017). EMERGENCY DEPARTMENT (ED) OVERCROWDING: EVIDENCE-BASED ANSWERS TO FREQUENTLY ASKED QUESTIONS. Revista Médica Clínica Las Condes, 28(2), 213–219. https://doi.org/10.1016/j.rmclc.2017.04.008
Sergipe. (2018). 90% da demanda do Huse deveria ir para as unidades básicas. Saúde. https://www.saude.se.gov.br/90-da-demanda-do-huse-deveria-ir-para-as-unidades-basicas/
Sergipe. (2019). Superintendente do Huse fala sobre situação de superlotação do hospital. Saúde. https://www.saude.se.gov.br/superintendente-do-huse-fala-sobre-situacao-de-superlotacao-do-hospital/
Zgaya, H., & Hammadi, S. (2016). Logistics Engineering and Health. Elsevier.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Romário Torres Alcântara; André Luiz Baião Campos; Jessika Valeska Martins Ramos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.