O uso de jalecos e biossegurança

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i3.2303

Palavras-chave:

Biossegurança; Prevenção; Saúde pública.

Resumo

O uso de jalecos brancos tem por finalidade a proteção dos profissionais durante a realização de procedimentos a pacientes, que envolvam material biológico. No entanto, ainda não foi comprovado seu potencial para a ocorrência de infecções cruzadas por equipes multidisciplinares em saúde, uma vez que estes microrganismos necessitam de um ambiente úmido para sua sobrevivência. Desse modo, foi realizada uma revisão sobre artigos que tratam do uso de jalecos como meio de transmissão de microrganismos patogênicos. A pesquisa foi realizada no banco de dados indexados do PubMed®, SciELO e Google Scholar, e utilizou como estratégia de busca os termos MeSH (Medical Subject Headings): (("coats") AND ("cross infection")) OR "pathogenic microorganisms". Foram incluídos artigos de texto completo publicados nos últimos 30 anos (entre janeiro de 1990 a dezembro de 2019). As diretrizes PRISMA foram seguidas. A busca resultou em 167 artigos, dos quais 145 foram excluídos por não terem pertinência com o tema, restando 22 artigos. O estudo reitera a necessidade de campanhas de conscientização dos profissionais e da população, a respeito da restrição do uso de jalecos em áreas externas, assim como a rigorosa e frequente desinfecção dos mesmos.

Biografia do Autor

Marcel Vasconcellos, Centro Universitário Serra dos Órgãos

School of Medicine, Experimental Research.

Referências

Barrie, D., Hoffman, P. N., Wilson, J. A., Kramer, J. M. (1994). Contamination of hospital linen by Bacillus cereus. Epidemiol Infect 113:297-306.

Burden, M., Cervantes, L., Weed, D., et al. (2011). Newly cleaned physician uniforms and infrequently washed white coats have similar rates of bacterial contamination after an 8-hour workday: a randomized controlled trial. J Hosp Med 6:177-82.

Carvalho, C. M. R. S., Madeira, M. Z. A., Tapety, F. I., Alves, E. L. M., Martins, M. C. C., Brito, J. N. P. O. (2009). Aspectos de biossegurança relacionados ao uso do jaleco pelos profissionais de saúde: uma revisão da literatura. Texto Contexto Enferm 18(2):355-60.

Dos Santos, T., & Freitas, L. M. (2015). A proliferação de microrganismos provenientes da área laboratorial em região acadêmica: uso incorreto do jaleco. Projeto de Iniciação Científica, Faculdades Integradas Promove, Brasília, 11 p.

Ehrenkranz, N. J., & Alfonso, B. C. (1991). Failure of bland soap handwash to prevent hand transfer of patient bacteria to urethral catheters. Infect Control Hosp Epidemiol 12:654-62.

Faiz, K. W., Kristoffersen, E. S, Sundseth, A., Altmann, M. (2018). White coats and hand hygiene. Tidsskr Nor Laegeforen 10;138(20).

Farrington, R. M., Rabindran, J., Crocker, G, et al. (2010). ‘Bare below the elbows’ and quality of hand washing: a randomised comparison study. J Hosp Infect 74:86-8.

Fijan, S., & Turk, S. S. (2012). Hospital textiles, are they a possible vehicle for healthcare-associated infections? Int J Environ Res Public Health 9:3330-43.

Flandroy, L., Poutahidis, T., Berg, G., Clarke, G., Dao, M-C., Decaestecker, E., Furman, H. T., Massart, S., Plovier, H., Sanz, H., Rook, G. (2018). The impact of human activities and lifestyles on the interlinked microbiota and health of humans and of ecosystems. Science of The Total Environment 627:1018-38.

Henderson, J. (2010). The endangered white coat. Clin Infect Dis 50:1073-74.

Hochberg, M. S. (2007). The doctor’s white coat – an historical perspective. Virtual Mentor 9: 310-4.

Jacob, G. (2007). Uniforms and workwear: an evidence base for developing local policy. London, United Kingdom Department of Health.

Koh, K. C., Husni, S., Tan, J. E., Tan, C. W., Kunaseelan, S., Nuriah, S., et al. (2009). High prevalence of methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) on doctors’ neckties. Med J Malaysia 64(3):233–5.

Kotsanas, D., Scott, C., Gillespie, E. E., Korman, T. M., Stuart, R. L.(2008) What’s hanging around your neck? Pathogenic bacteria on identify badges and lanywards. Med J Aust 7; 188(1):5-8.

Nash, D. B. (2014). Keep the White Coat. American Journal of Medical Quality, 29(6), 465–66.

Nesle-Sletteng, S. A. (2015). OUS: Ikke absolutt krav om korte ermer. Bioingeniøren. Available in: https://www.bioingenioren.no/aktuelt/2015/ous-ikke-absolutt-krav-om-korte-ermer/ Access: November 20, 2019.

Moher, D., Liberati, A., Tetzlaff, J., Altman, D. G, The PRISMA Group (2009). Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses: The PRISMA Statement. PLoS Med 6(7): e1000097.

Pottinger, J., Burns, S., Manske, C. (1989). Bacterial carriage by artificial versus natural nails. Am J Infect Control 17:340-4.

Ribeiro, A., & Severiano, L. (2012). Porque e como deve ser punido o uso do jaleco fora do ambiente de trabalho. Olhar Vital – UFRJ. Ed. 275, jan. 2012. Disponível em: <http://www.olharvital.ufrj.br/2010/index.php?id_edicao=275&codigo=4>. Acesso 01 de dezembro de 2019.

Sheidt, K. L. S., Ribeiro, R. L, Araujo, A. R.V. F., Chagas, M. .S, Carneiro, M. S., Canuto, R., Corbelli, C. C. O. (2015). Práticas de utilização e perfil de contaminação microbiológica de jalecos em escola médica. Medicina 48(5):466-77.

Silva, M. D. Caracterização epidemiológica dos microrganismos presentes em jalecos dos profissionais de saúde de um hospital geral. (2011). Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, 102 p.

Sasahara, T., Hayashi, S., Morisawa, Y., Sakihama, T., Yoshimura, A., Hirai, Y. (2011). Bacillus cereus bacteremia outbreak due to contaminated hospital linens. Eur J Clin Microbiol Infect Dis 30:219-226.

Downloads

Publicado

01/01/2020

Como Citar

VASCONCELLOS, M.; CASTRO, T. N. de. O uso de jalecos e biossegurança. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 3, p. e22932303, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i3.2303. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/2303. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde