Mapeamento científico e tecnológico de Bauhinia L. (Fabaceae): Uma projeção para o potencial antimicrobiano
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i15.23169Palavras-chave:
Metabólitos secundários; Microbiologia; Plantas medicinais.Resumo
Espécies de Bauhinia L. têm sido pesquisadas por apresentarem propriedades terapêuticas. Objetivou-se realizar um mapeamento tecnológico e científico envolvendo as atividades antimicrobianas de Bauhinia. Realizou-se uma prospecção científica e tecnológica em bases internacionais de dados de artigos e patentes, sobre as atividades antimicrobianas de Bauhinia. A Índia é o país que apresenta maior número de pesquisas que resultaram em publicações nas bases pesquisadas, com 28, 43 e 48 indexações nas bases Web of Science, Scopus e The Lens respectivamente, seguida do Brasil e Malásia. As áreas com maior número de trabalhos indexados foram: Farmácia, Toxicologia e Farmacêutica (31,8%). Os pedidos de depósitos de patentes iniciaram em 1984 (n=1) atingindo um limiar em 2004 (n=18). Nas bases pesquisadas os Estados Unidos da América são os maiores detentores de tecnologia entre os pedidos de depósitos (n=153). Com relação a CIP 48 patentes compreendem a subclasse A61K36. Conclui-se que o gênero é fonte de diversas pesquisas com ativos antimicrobianos e torna-se relevante a ampliação de produções tecnológicas e científicas com espécies do táxon.
Referências
Ajani, O. O., Owoeye, T. F., Olasehinde, G. I., Akinlabu, D. K., Owolabi, F. E., & Audu, O. Y. (2016). Characterization, proximate composition and evaluation of antimicrobial activity of seed oil of Bauhinia tomentosa. Journal of Biological Sciences, 16(4), 102-111.
Alharbi, N. S., Govindarajan, M., Kadaikunnan, S., Khaled, J. M., Almanaa, T. N., Alyahya, S. A., & Sudha, A. (2018). Nanosilver crystals capped with Bauhinia acuminata phytochemicals as new antimicrobials and mosquito larvicides. Journal of Trace Elements in Medicine and Biology, 50(1), 146-153.
Badgujar, N. V., Mistry, K. N., Chudasama, P. N., & Patel, J. S. (2017). In vitro antioxidant and cytotoxic effects of methanol extracts of Vitex negundo, Lantana camara, Bauhinia variegata and Bauhinia racemosa on human cancer cell lines. Indian Journal of Pharmaceutical Sciences, 79(3), 431-437.
Brito, V. P., de Freitas, M. C., Gomes, D. C., & de Oliveira, S. V. (2020). A fitoterapia como uma alternativa terapêutica complementar para pacientes com Diabetes Mellitus no Brasil: uma revisão sistemática. Saúde e meio ambiente: revista interdisciplinar, 9(1), 189-204.
BRASIL. (2019). Vigilância em saúde no Brasil 2003-2019. https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/setembro/25/boletim-especial-21ago19-web.pdf
CDC- Centers for Diase Control and Prevetion. (2019). Threats of antibiotic resistance in the United States. http:// www.cdc.gov/DrugResistance/Biggest-Threats.html
Chew, Y. L., Mahadi, A. M., Wong, K. M., & Goh, J. K. (2018). Anti-methicillin-resistance Staphylococcus aureus (MRSA) compounds from Bauhinia kockiana Korth. And their mechanism of antibacterial activity. BMC complementary and alternative medicine, 18(1), 1-9.
Conceição, G. M., Ruggieri, A. C., Araújo, M. D. F. V., da Conceição, T. T. M. M., & da Conceição, M. A. M. M. (2011). Plantas do cerrado: comercialização, uso e indicação terapêutica fornecida pelos raizeiros e vendedores, Teresina, Piauí. Scientia Plena, 7(12), 1-6.
Cordeiro, J. D. S., Carvalho, J. M., Feitosa, A. D. O., Pinheiro, E. A. A., Marinho, P. S. B., & Marinho, A. M. D. R. (2019). Brefeldin A and other chemical constituents from endophytic fungus Scedosporium apiospermum. Revista Virtual de Quimica, 11(1), 210-217.
De Carvalho, T. V., Nascimento, M. G. P., Bittencourt, C. B., & de Andrade, I. M. (2020). Prospecção Científica e Tecnológica de Malpighia emarginata DC.(Malpighiaceae): espécie economicamente importante do Brasil. Cadernos de Prospecção, 13(3), 862.
Erhabor, J. O., Omokhua, A. G., Ondua, M., Abdalla, M. A., & McGaw, L. J. (2020). Pharmacological evaluation of hydro-ethanol and hot water leaf extracts of Bauhinia galpinii (Fabaceae): A South African ethnomedicinal plant. South African Journal of Botany, 128(1), 28-34.
Farias, F. L., Pires, L. L. S., da Silva Júnior, R. I., Pavão, J. M. D. S. J., Rocha, T. J. M., & dos Santos, A. F. (2018). Avaliação da atividade antibacteriana de extrato etanólico da Bauhinia forficata L. Diversitas Journal, 3(2), 402-411.
Filho, V. C. (2009). Chemical composition and biological potential of plants from the genus Bauhinia. Phytotherapy Research: An International Journal Devoted to Pharmacological and Toxicological Evaluation of Natural Product Derivatives, 23(10), 1347-1354.
Fontes, A. R. (2019). Transferência de Biotecnologia. Revista Online de Pesquisa: Propriedade Intelectual, 2(2), 98-110.
Freitas, G. D., de Lima, C. P., Coelho, D. F. S., Moraes, M. O., Lima, G. L., & Alves, W. R. (2021). Uso de diferentes métodos no controle do desenvolvimento do Staphylococcus aureus: uma revisão da literatura. Research, Society and Development, 10(2), e40310212546-e40310212546.
Gil, A. C (2008). Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas.
Hasenclever, L., Paranhos, J., Costa, C. R., Cunha, G., & Vieira, D. (2017). A indústria de fitoterápicos brasileira: desafios e oportunidades. Ciência & Saúde Coletiva, 22(1), 2559-2569.
Hu, X., Yuan, S. S., Ye, X. J., & Zou, H. S. (2017). Study on extraction and antimicrobial constituents from Bauhinia blakeana Seeds. Wuyi Science Journal, 2017(1), 1-8.
Lacerda, G. M., Monteiro, Á. B., Tintino, S. R., de Araújo Delmondes, G., Fernandes, C. N., Lemos, I. C. S., & Kerntopf, M. R. (2017). Actividad modulador acerca de antibióticos por el extracto acuoso de las hojas de Bauhinia ungulata l. Revista Cubana de Plantas Medicinales, 21(3), 309-317.
Lima, C. C., Benjamim, S. C. C., & Santos, R. F. S. D. (2017). Mecanismo de resistência bacteriana frente aos fármacos: uma revisão. CuidArte, Enferm, 11(1),105-113.
Lorenti, A. S., Viale, A. A., Buschi, C. A., Gonzalez, M. D., Schteingart, C. D., Iribarren, A. M., & Pomilio, A. B. (1981). Antimicrobial activity of some Argentine higher plants. Fitoterapia, 52(2), 81-85.
Macêdo, D. G., Ribeiro, D. A., Coutinho, H. D., Menezes, I. R., & SOUZA, M. M. (2015). Práticas terapêuticas tradicionais: uso e conhecimento de plantas do cerrado no estado de Pernambuco (Nordeste do Brasil). Boletín Latinoamericano y del Caribe de Plantas Medicinales y Aromáticas, 14(6), 491-508.
Medeiros, S. R., de Melo Filho, A. A., da Costa, H. N., dos Santos Silva, F., dos Santos, R. C., Takahashi, J. A., & da Silva Paulino, F. (2016). Chemical profile, antimicrobial activity, toxicity on Artemia salina and anti-acetylcholinesterase enzyme essential oil from Bauhinia ungulata L. (Fabaceae) leaves. Journal of Medicinal Plants Research, 10(29), 442-449.
Nadvorny, A., Figueiredo, D. M. S., & Schmidt, V. (2004). Ocorrência de Salmonella sp. em surtos de doenças transmitidas por alimentos no Rio Grande do Sul em 2000. Acta Scientiae Veterinariae, 32(1), 47-51.
Oliveira, R. R., Yaochite, J. N. U., Braga, M. A., Sasahara, G. L., da Cruz Fonseca, S. G., de Vasconcelos Araújo, T. D., & Nagao-Dias, A. T. (2019). Antioxidant and anti-inflammatory activities of Bauhinia ungulata L. (Fabaceae) on LPS-stimulated RAW 264.7 Cells. Pharmacognosy Journal, 11(1), 20-28.
Oliveira, R. R., Yaochite, J. N. U., Sasahara, G. L., Albuquerque, A. A., da Cruz Fonseca, S. G., de Vasconcelos Araújo, T. D., & Nagao-Dias, A. T. (2020). Antioxidant, anti-inflammatory and healing potential of ethyl acetate fraction of Bauhinia ungulata L. (Fabaceae) on in vitro and in vivo wound model. Molecular biology reports, 47(4), 2845-2859.
Palludeto, A. W. A., & Felipini, A. R. (2019). Panorama da literatura sobre a financeirização (1992-2017): uma abordagem bibliométrica. Economia e sociedade, 28(1), 313-337.
Paula, C. S., Canteli, V. C. D., Hirota, B. C. K., Campos, R., de Oliveira, V. B., Kalegari, M., & Miguel, M. D. (2014). Potencial antioxidante in vitro das folhas da Bauhinia ungulata L. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, 35(2), 15-29.
Pereira, A. C. S., Ribeiro, G. E., Souza, L. C. R., Rufino, L. R. A., Cabral, I. S. R., Boriollo, M. F. G., & Fiorini, J. E. (2014). Atividade biológica do extrato hidroalcoólico de Bauhinia forficata Link sobre Herpetomonas samuelpessoai (Galvão.) Roitman. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 16(1), 585-592.
Radaelli, V., & Paranhos, J. (2015). Caracterização da trajetória de desenvolvimento da indústria farmacêutica na Índia: elementos para aprendizado. Parcerias Estratégicas, 18(36), 09-32.
Salvi, L. C., Bersch, B., Rempel, C., & Strohschoen, A. A. G. (2016). Percepção de indivíduos com Diabetes Mellitus sobre a utilização de plantas medicinais hipoglicemiantes. Revista Contexto & Saúde, 16(30), 55-63.
Serafini, M. R., Quintans, J. D. S. S., Antoniolli, Â. R., dos Santos, M. R. V., & Quintans-Junior, L. J. (2012). Mapeamento de tecnologias patenteáveis com o uso da hecogenina. Revista Geintec-Gestao Inovacao e Tecnologias, 2(5), 427-435.
Shukla, D., & Gahlot, K. (2018). Studies on antimicrobial potential of Bauhinia Vahlii Stem extracts. Journal of Drug Delivery and Therapeutics, 8(3), 106-108.
Silva, E. L. P., Soares, J. C. F., Machado, M. J., Reis, I. M. A., & Cova, S. C. (2020). Avaliação do perfil de produção de fitoterápicos para o tratamento de ansiedade e depressão pelas indústrias farmacêuticas brasileiras. Brazilian Journal of Development, 6(1), 3119-3135.
Silva, F. G. O., Araújo, A. D., da Silva Almeida, J. R. G., da Silva, M. V., & dos Santos Correia, M. T. (2020). Prospecção Tecnológica de Spondias tuberosa (Anacardiaceae). Revista Geintec-Gestao Inovacao e Tecnologias, 10(3), 5546-5552.
Silva, N. C. S., Vítor, A. M., da Silva Bessa, H. H., & Barros, R. M. S. (2017). A utilização de plantas medicinais e fitoterápicos em prol da saúde. Única cadernos acadêmicos, 3(1)1-5.
Silva, T. G. (2018). Medicamentos Fitoterápicos: Uma nova alternativa no tratamento das doenças negligenciadas. Open Journal of Aging Research, 1(5), 1-8.
Silveira, D., Faitanin, R. D., Gomes, S. M., Fagg, C. W., Fonseca-Bazzo, Y. M., Magalhães, P. O., & Jamal, C. M. (2016). Thrombolytic Activity Evaluation Of Extracts From Fabaceae Species Bauhinia Variegata, B. Rufa, and Stryphnodendron Adstringens. PharmacologyOnline, 3(1), 1-5.
Sousa, J. N., de Oliveira, A. B. M., Ferreira, A. K., Silva, E., de Sousa, L. M. S., França Rocha, M. C., & Medeiros Barreto, H. (2021). Modulation of the resistance to norfloxacin in Staphylococcus aureus by Bauhinia forficata link. Natural product research, 35(4), 681-685.
Souza, L. F.P., Martins, C. P. T., Martins, C. F., Caires, P. T. P. R. C., Aragão, V. S., Aragão, O. S., & Chaves, M. C. (2021). Fatores de risco e mortalidade em pacientes criticamente enfermos com infecções por microrganismos multirresistentes. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 13(4), e7319-e7319.
Flora do Brasil 2020 (2021). Bauhinia in Flora do Brasil 2020. http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB22811
Van Eck, N. J., & Waltman, L. (2010). Software survey: VOSviewer, a computer program for bibliometric mapping. Scientometrics, 84(2), 523-538.
Vijayan, R., Joseph, S., & Mathew, B. (2019). Anticancer, antimicrobial, antioxidant, and catalytic activities of green-synthesized silver and gold nanoparticles using Bauhinia purpurea leaf extract. Bioprocess and biosystems engineering, 42(2), 305-319.
WIPO- World Intellectual Property Organizacion. (2021). International Patent Classification (IPC). https://patentscope.wipo.int/search/pt/structuredSearch.jsf.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Davi Nascimento Costa; Ruanna Thaimires Brandão Souza; Regigláucia Rodrigues de Oliveira; Renata Brito dos Reis; Maria Gracelia Paiva Nascimento; Giovanna Santos de Souza; Maria do Amparo de Moura Macêdo; Nailton de Souza Araujo; Emerson Bruno Castro Mesquita; Graziela de Araújo Lima; Ivanilza Moreira de Andrade
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.